12- Capítulo

320 42 113
                                    

Uma viagem.

Uma biblioteca.

Duas almas, um reencontro.

Uma paixão.

Duas pessoas tão distantes uma da outra, mas tão conectadas.

Um amor de outra vida, separados por um destino cruel...

Seria essa a despedida que tanto precisavam? seria essa a despedida definitiva?
.
.
.
.
.
.
.
Reki já estava no avião, em um voo que certamente duraria horas. Deixando para trás um azulado, sua paixão de Nova York.

O ruivo havia ido apenas com a intenção de se divertir e levar na mala um troféu, mas muito além disso, estava levando metade do coração de Langa, e deixando metade do seu com o mesmo.

De material só carregavam um pedação de papel, mas em sentimento, levavam dor e saudade.

Quem diria que apenas papel valeria tanto para aqueles garotos? Papel que carregava consigo, palavras que os lembraria da pessoa amada e cada momento único que passaram juntos, aquele simples pedaço de papel levava algo que puderam experimentar em apenas uma semana, uma semana de sorrisos que deixaria qualquer um feliz e talvez, apaixonado.

Semana que no final, trouxe lágrimas de saudade para ambos.

Langa secava suas lágrimas, sabia que não poderia ficar ali no aeroporto para sempre olhando o avião partir, realmente ele estava indo embora.

“Por que dói tanto? Foram só alguns dias... eu não quero ficar sozinho.” Pensava o garoto.

O azulado andava pela rua ainda com a carta em suas mãos, ainda não havia tido coragem para ler e muito menos no local da despedida, mas como prometeu que leria, decidiu que leria na cafeteria do primeiro encontro deles. Assim que entrou no local lembrou-se de todos os momentos daquele dia, das risadas, do tempo que jogou conversa fora, ou de Reki falando de skate.

Ele se sentou no mesmo lugar que sentaram daquela vez, abriu a carta e começou a leitura.

“Meu amor, Langa.

Bom, eu realmente não sei por onde começar... é a primeira vez que vou escrever uma carta e espero que você consiga entender minha letra porque realmente não está fácil escrever em inglês, por favor, aprenda japonês.

Eu nem sei muito o que eu deveria falar, na realidade eu realmente não queria ter que escrever essa carta, queria poder ficar com você, de início eu estava tão nervoso em relação a Nova York que minhas mãos chegavam a suar e não foi muito diferente depois que te conheci, mas agora elas não suavam por essa cidade ou pelo campeonato, e sim porque você estava lá.
Quando te conheci foi uma mistura de sentimentos e por um milésimo de segundo meu coração parou e eu senti um calafrio, parecia que tudo tinha parado e eu estava gelado por dentro, e no outro segundo boom! ele já não parava de bater, sempre que você se aproxima, ele acelera tanto que eu posso jurar que ele vai sair do meu peito.

Acho que essa foi a melhor semana da minha vida, não acho, tenho certeza! E em tão pouco tempo você já tem tanto controle sobre mim, você tomou toda a minha mente, todo os meus sentimentos que por sinal, são mais do que eu podia imaginar, e o pior é que a maioria deles eu não entendo.

Muitas vezes eu me sentia tão perdido, mesmo antes de te conhecer e eu realmente achava que não merecia muitas das coisas que eu tenho, que tudo estava sendo um desperdício, essa viagem em muitas partes foi para eu me divertir e ir ao campeonato, mas eu realmente queria vir para encontrar a mim mesmo, mais algum tempo naquela cidadezinha e eu não aguentaria.

New York AgainOnde histórias criam vida. Descubra agora