13-Capitulo

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O tempo passou.

As coisas mudaram.

As pessoas mudaram.

As estações mudaram.

E acima de tudo, eu mudei.

Mas continuarei a sua espera.

Porque os caminhos sempre me levaram até você.

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Dois anos se passaram desde que os dois garotos se viram pela última vez, Reki já estava no último ano do ensino médio. Muitas coisas aconteceram desde então, mas nada muito importante.

Reki mandou mensagem para Langa na primeira semana no Japão, mandou mensagem todos os dias e nem sequer uma resposta. Na segunda semana, ele já estava perdendo as esperanças, mas não desistiu e continuou a mandar mensagens com a esperança do maior responder.

O menor acreditava nas promessas que fizeram, em tudo que viveram e tinham sentido, aquilo não poderia ser tudo uma grande mentira, não é? O jovem preferia pensar assim. Depois de quase um mês e nenhuma resposta, o ruivo desistiu de mandar mensagens, quando deu 2 meses sem notícia alguma do maior, resolveu esquecer do azulado e seguir em frente.

“Afinal, eu fui só um passatempo, uma diversão momentânea.” Pensamentos que naquela época, surgiram na cabeça do jovem.

Reki havia se entregado de corpo e alma para Langa, e depois que o mesmo sumiu sem nenhuma explicação, o menor entendeu que tudo aquilo não tinha valido nada para o azulado.

Com o passar do tempo, o seu coração apertava mais e mais, então resolveu se livrar te tudo que carregava em relação a Langa, amaçou a carta, excluiu as fotos que tinha junto a ele, queria esquecê-lo, queria que parasse de doer tanto.

Depois de tudo isso, Reki jurou nunca confiar em mais ninguém, não do jeito que confiou em Langa, nunca iria entregar seu coração a alguém novamente.

Então nunca, nunca mais sentira essa dor e esse abandono novamente.

O garoto ainda amava andar de skate, sempre fazia de tudo para ver os seus amigos felizes, tirando o fato de sair bem mais, e ir em várias festa, o garoto até tentou namorar duas ou quatro meninas, mas falhou miseravelmente, não tinha conseguido ficar com ninguém, mesmo que o tempo tivesse passado, as memorias com Langa ainda estavam frescas em sua mente.
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Já com Langa a história era diferente, nem por um segundo tentou esquecer o menor, sempre o deixou as risadas de Reki gravadas em sua mente, nunca tentaria esquecer o tempo dos dois juntos e muito menos a carta, que era a lembrança mais preciosa daquela época. O jovem guardava aquela carta como se fosse ouro e sempre que se sentia sozinho ou vazio novamente a lia e relia.

Langa sempre se perguntava sobre o ruivo. Quando foi assaltado, o mesmo perdeu o celular, cujo, o único meio de comunicação que tinha com o ruivo, e já não se falavam a tempos, mas o azulado ainda gostava do mesmo, tanto que até melhorou seu japonês, não era perfeito, mas dava para o gasto.

Nesse tempo, Langa tentou arrumar um emprego de meio período para ajudar sua mãe, mas a mesma não deixou, depois que Langa passou pela situação do assalto, ela começou a ser um pouco superprotetora demais, tinha medo. Langa era a única coisa que ela tinha, não queria correr nenhum risco desnecessário, e parecia que a cada dia que passava Nova York ficava mais perigosa, então depois de pensar bastante resolveu voltar a seu antigo país e sua antiga cidade, lá se sentiria mais segura.

Agora Langa se encontrava no mesmo lugar que estava a dois anos atrás, em frente ao portão de embarque ao Japão, só que dessa vez ninguém estava indo embora, era apenas ele indo pegar o voo para sua nova vida, tantas recordações passavam por sua mente.

New York AgainOnde histórias criam vida. Descubra agora