Capítulo 8 - Comemoração.

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Anastasia estava próxima ao lugar marcado para o  encontro, as ruas do centro da cidade ficavam bastante animadas em dias de sexta-feira. A música ficava mais alta a cada passo que ela dava ao destino, os olhares curiosos reparavam da sua cabeça aos seus pés, tinha casais em beijos apaixonados, outros acalorados até demais para se fazer na rua, e como não poderia faltar, tinha gente comendo, assim como gente bebendo.

— “Um bar e um Zezinho” — Leu Anastasia ao vê o nome do estabelecimento. Ela passou por um corredor de pessoas que estava envolta da entrada. Os olhares a seguiram, normalmente esses olhares a deixavam desconfortáveis e envergonhada, pensamentos inseguros dominavam a si sobre a roupa que vestia, corpo ou sua aparência , mas ultimamente esses sentimentos tinham resolvido sumir, a mulher incrível e muito louca por gays não tinha nada a temer.

A porta já estava aberta, em seu interior tocava alguma música eletrônica que ela não conhecia, ela não estava por dentro dos grandes sucessos, principalmente se fossem eletrônica. Na entrada também ficavam mais pessoas agrupadas, conversavam ou olhavam ansiosos para pessoas que viam nas mesas, bar ou pista de dança, muitas das pessoas tinham vindo com o intuito de encontrar algum parceiro. Anastasia sua safadinha vai pegar quem? Ela prosseguiu entrando ainda mais no estabelecimento, as mesas estavam nas laterais, o centro era a pista de dança que estava lotada.
Anastasia ficou plantada na entrada revirando os olhos de ponta a ponta no bar a procura de alguém que ela conhecesse. Demorou um minuto para que ela conseguisse localizar alguém, ela avistou David e Maria sentados numa mesa no lado direito próximo ao balcão de drinks, eles estavam muito animados. Ela chegou a pensar em ir embora para não “atrapalhar”, ela estava muito nervosa, frequentar lugares assim não era do seu feitio, mas ela já estava lá, não poderia voltar atrás.

Ela planejou uma rota menos aglomerada, seguiu pela lateral evitando o máximo de contato com as pessoas, ela queria evitar a todo custo esbarrar em alguém e derrubar bebida na roupa dela.
— “Nessas cenas aparece um galã hétero para proteger a garota que esbarrou, justamente por isso eu preciso evitar esbarrar meu corpo em alguém, não vem um galã gay, ou vem? Falei nada com nada”. — Pensou ela.

— Controla esse pensamento mulher.

Passando devagar com mais tremedeira do que o linguiça e o scoobly Juntos fez ela presenciar situações adversas.

— Então, tu fez o quê? — Perguntou Izalda.

— Menina! Peguei aquele garoto de jeito. — Gabou Robertinha bebendo um copo de chopp.

— Robertinha que fogo é esse, ele só queria perguntar onde ficava a zona norte. — Disse a Angélica surpresa.

— Exatamente por isso amiga, eu disse: o norte é a minha boca e o sul... — Robertinha sorriu, pegadora ela.

— Meu deus a-rre-pi-a-da. — Disse a Mindy.

— V-vou aderir nos meus flerts, tô até tremendo. — Disse a Izalda.

— O sul era o que Robertinha? — Perguntou Angélica.

— Eu não pensei na hora, o sul... Era o Sul. —

— Robertinha se vc tivesse se elegido pra presidente, eu teria votado em você. — Disse a Mindy.

— "Depois de presenciar isso eu realmente deveria ir pra casa”. — Pensou Anastasia continuando em frente.

Após passar por mais uma mesa com conversa e pessoas normais ela se surpreendeu com o que acontecia.

— Ataco com bola de fogo. — Disse um dos quatro presentes na mesa.

— Certeza, bilbobolseibo? — Perguntou o mestre tentando fazer tensão.

— Toda. — Afirmou bilbobolseibo com extrema garra e determinação.

— Se aquele casal se beijar você acerta, se ele tomar um fora dele você erra. — Disse o mestre.

— Vamos lá bilbobolseibo, você tem que acertar essa bola de fogo. — Disse Gandalt o preto.

— Precisamos dessa bola de fogo pra derrotar o chefão. — Repetiu John fire.

— “Vai se beijem”. — Torceu Ana empolgada.

Todos olharam aflitos, eles precisavam se beijar, tinha que haver beijo para derrotarem o grande Drogva das terras de Murdar, suas chamas negras eram muito mais poderosas que o amateratu do Itachu de nareto.

— Beijaram! — Exclamaram os quatro que estavam na mesa.

— Nunca torci tanto para alguma união lgbt, é mágico. — Disse bilbobolseibo deixando escapar lágrimas de seus olhos.
Existe algo mais aleatório que isso, Ele realmente chorou.

— Eu não sabia que baladas eram tão boas. — Disse Anastasia com felicidade.

Depois de presenciar uma seção de rpg divina como esta ela prosseguiu pelo labirinto de pessoas podendo ouvir suas conversas.

— As vezes a gente tem que dizer aquilo que é pra dizer, vocês sabiam que todos nós homens estamos grávidos?

— Eu vou ser mãe e pai ao mesmo tempo, eu vou ter que me dar pensão cara.—

— Cê cheirou cara? Ah, todo mundo aqui tá muito doido. —

— Mais de milhões de filhos guardados aí embaixo meu amigo, a gente tá grávido, a verdade é essa.

—  Ferrou.  —

Ana até andou mais rápido, felizmente.

— Oi, me desculpem o atraso. — Disse Anastasia, ela sentou numa cadeira da mesa. — David você cortou o cabelo, nossa ficou tão legal. — Disse ela.

— Você foi a primeira a reparar, ainda não entendi como o resto das pessoas não percebeu. — Disse David sorrindo.

— Sério? Está tão na cara, não teria como eu não reparar. — Disse Anastasia colocando sua bolsinha na mesa.

— Não sei como uma certa pessoa não notou. — Disse ele olhando para Maria.
— E-eu estava nervosa, tá legal, frequentar baladas não é coisa que eu faça. — Respondeu Maria.

— Anastasia também não frequenta, mas notou de primeira. — Disse ele.

— Você está nervosa? Não, viu? Ela não tá. — Perguntou Maria não ligando para a resposta dela.

— É claro que eu tô, escrevi no meu diário que quase morri de vergonha cem vezes no meu bloco de nota, aqui olha. — Mostrou o celular.

— Ah! — Resmungou aborrecida. — Tá bom, desculpa não ter percebido, sou uma péssima amiga. —

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⏰ Última atualização: Jun 17, 2021 ⏰

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