Prólogo

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— Não estou acreditando nisso! -Grito atônita sentindo as lágrimas descendo pela minha bochecha e se perdendo na gola da blusa sem mangas

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Não estou acreditando nisso! -Grito atônita sentindo as lágrimas descendo pela minha bochecha e se perdendo na gola da blusa sem mangas. — Vocês não podem estar falando sério. -Murmuro mais para mim mesma do que para as duas pessoas paradas na minha frente com uma pose autoritária que exala toda a sua riqueza.

— Filha, é para o seu bem. -A voz da minha mãe soa distante apesar dela estar ao meu lado, esfregando suas mãos com a manicure perfeita no meu braço desnudo.

Dou alguns passos para trás, como se seu toque fosse corrosivo e de soslaio vejo meu pai se aproximando dela com uma expressão irritada.

— Vocês realmente acham que vou engolir essa história de que é para "o meu bem"? -Questiono com os braços cruzados. — Sei que é para o bem da empresa. O que deu nas suas cabeças em prometer minha mão em casamento para alguém que sequer conheço? Acharam mesmo que eu estaria de acordo com essa maluquice? -Continuo com a voz perigosamente calma para o momento e os dois entendem imediatamente o que isso significa.

— Makenna, só nos escute por favor. Temos que manter os negócios dentro da família! -O homem vestido com um traje absurdamente caro insiste e o desespero começa a tomar conta de mim.

— Mãe, você não pode estar de acordo com tudo isso... Quer que eu seja infeliz pelo resto da vida? -Sussurro em uma última tentativa de fazê-la entrar em razão, mas o olhar que ela troca com papai me deixa bem claras as circunstâncias.

— Com o tempo acabará se apaixonando por Stefan. Você não deve desperdiçar essa oportunidade, querida. Foi muito difícil convencer o filho dos Brennan, ele não é muito amante das garotas com... já sabe tatuagens e essas coisas, - diz sem conseguir disfarçar uma careta — mas ele entende que pelo bem da empresa deve fazer esse sacrifício. Além do mais, eu e seu pai não podíamos sequer nos olhar quando nos casamos, e agora olha só como nos amamos. -Termina de falar como se não fosse nada e arregalo meus olhos assustada e decepcionada ao mesmo tempo.

— E-eu... eu preciso de ar. Só me deixem pensar, por favor. -Gaguejo indo em direção à garagem. Preciso escapar daqui.

Sempre fui criada como um objeto de interesse pela minha família, no entanto, por um segundo pensei que eles poderiam me amar como filha e não como mais um de seus negócios.

A família Blair é milionária. Como sócios fundadores de uma das fábricas de cosméticos mais importantes do país, basicamente me colocaram no epicentro de toda essa merda da alta sociedade.

Quando era mais jovem, mamãe tentou de todas formas que eu virasse uma modelo para que ela me exibisse nos jantares e reuniões de outros ricos soberbos, o que me deixava enojada e me fazia odiar cada vez mais a classe alta. Por isso, quando tive idade suficiente, decidi que quem mandava no meu corpo era eu e ninguém mais.

Sua cara quando mostrei minha primeira tatuagem foi impagável.

Imagina quando ela descobrir que tenho um piercing no mamilo.

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