29 - Árdua decisão

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*Mídia do capítulo:If you want love - NF

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*Mídia do capítulo:
If you want love - NF


O silêncio ensurdecedor dentro do carro no caminho de volta para casa me deixa inquieta.

Angel não disse nada desde que saímos da academia e sei que ele provavelmente deve estar pensando no meu encontro com a minha mãe.

Na verdade, ele com certeza deve estar pensando nisso. Me sinto horrível por não ser sincera com ele sobre o que está acontecendo, porém não quero preocupá-lo. Não quando faltam apenas algumas semanas para a luta mais importante da sua vida no momento.

No entanto, ao mesmo tempo, penso que talvez ele esteja ficando preocupado de qualquer jeito. Minha cabeça dá voltas e voltas confundida, e sinto como se eu desse um passo para frente, e três para trás.

Seus dedos batucam discretamente no volante acompanhando uma melodia existente apenas na sua imaginação e respiro fundo, tentando controlar o nervosismo.

No momento em que chegamos no apartamento, a tensão aumenta entre nós dois e percebo que ele está se controlando para não se exaltar.

— Vou tomar um banho. -Diz com a voz baixa caminhando até o seu quarto e tenho vontade de me dar um tapa.

— Angel... -Sussurro preocupada e ele me lança um sorriso triste.

— Daqui a pouco conversamos, okay? -Pede suavemente e continua caminhando sem esperar por resposta.

Por um segundo eu pensei que ele deixaria para lá o acontecimento de hoje, mas pelo visto, estava redondamente enganada.

Vou até meu quarto e decido tomar um banho também, quem sabe assim consiga pensar em uma forma de fazê-lo esquecer que minha mãe existe.

Demoro quase meia hora debaixo do chuveiro, lembrando de não colocar na temperatura mais quente, para evitar outro incêndio.

Observo a água escorrendo pelo ralo como se fosse a coisa mais interessante da face da terra e o meu reflexo distorcido me devolve um olhar zombeteiro, quase como se estivesse dizendo "você é uma idiota, Makenna."

E talvez meu outro eu tenha razão.

Saio do banheiro apenas com o roupão e visto uma roupa rapidamente, as mãos tremendo por pura inquietação.

Cruzo o corredor com o coração na mão e golpeio meus dedos levemente na porta de madeira.

— Pode entrar. -Sua voz abafada ressoa do outro lado, permitindo-me o acesso ao lugar que nos últimos dias foi palco de várias noites quentes como o inferno.

Giro a maçaneta lentamente e engulo seco ao vê-lo sentado na cama em uma posição abatida.

Seus braços estão apoiados nos joelhos e os dedos das suas mãos se cruzam como se estivesse fazendo uma prece silenciosa.

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