Saio apressadamente do dormitório, verificando se meus seios estão vazando leite.
Supiro aliviada ao ver que eles não estão vazando. Fecho a porta atrás de mim e me viro começando meu trajeto.
Me lembro do dia em que o leite saiu dos meus seios, foi muito engraçado porque eu começei a me desesperar e falar que não tinha estudado aquilo na escola.
Nós vivemos até hoje as escondidas; não tanto. Embora eu sempre quis contar para todos quem sou, tenho um certo receio de que o que a tia Amália falava for verdade.
Ela sempre dizia que os lobos iriam querer nos usar como prisioneiras. Ou pior, fazerem experimentos com a gente. como já fizeram com algumas amigas dela.
É, isso é sinistro. Por isso, ela nos deu um colar que os imposibilitam de sentirem o nosso cheiro. Hoje todos acham que não existimos mais.
Amália morreu no meu aniversário de dezoito anos, ano passado.
Assim deixando, só eu e minhas amigas de infância; as unicas sobreviventes da minha raça.
Eu fiquei muito mal com a morte da minha tia. Ela era como uma mãe pra mim; nunca conheci meus pais.
A partir do falecimento dela, só foquei em estudar, era o que ela queria para mim. Um futuro. E agora, aqui estou eu, na Universidade dos sonhos. Harvard.
Durante a caminhada, perdida em meus
pensamentos, acabo batendo em algo alto
e forte por não estar olhando para frente.
Caio no chão igual uma jaca mole.Já falei que sou muito frágil? Com certeza a pessoa deve que estava parada e eu acabei caindo sozinha.
Coloco a mão na cabeça, tentando conter a dor. Eu sei que isso não fuciona.
- Ei, desculpa. - Olho para o garoto a minha frente, e puta que pariu, é o Miguel. Ta, calma, não é para tanto, ele é só o cara mais gato que eu já vi na vida.
Ele é o típico garoto popular que todas as garotas morrem de amores: o sorriso que mata qualquer uma; os dentes alinhados
e perfeitamentes brancos, brilham dentre seus lábios carnudos e rosados.O corpo esculpido pelos deuses, que às vezes me deixa desnorteada sem perceber quando ele entra sem camisa na quadra de esportes. O cabelo com perfeitos caixinhos castanhos escuros que chaqualham por aí de um modo estranhamente fofo, sempre que ele passa apressado por mim.
Ah, não podemos esquecer que: Miguel é o melhor jogador dessa Universidade. Enfim
o famoso pica de mel.Ele me ajuda a levantar, depois de segurar minha mão, o que fez eu sentir um choque estranho. Acho que ele também sentiu, por que fez uma careta.
- N-Nada. - Ôh merda, por que eu estou gaguejando? - Eu só... - Minhas palavras sumiram. - Eu só não estava prestando atenção.
Miguel me encarou por alguns segundos. Ele parecia... Ah, vai saber.
- Assim. - Assentiu com um sorriso de lado. - você ralmente está bem? - Me analisou.
- Sim. - Afirmo, mas na verdade, minha cabeça está doendo muito. Ta, chega de drama Sofia. - Relaxa, não foi nada.
- Irmão, deixa a garota em paz. - O tal do Scott chega ao lado do Miguel, o abraçando de lado. - Você não perde tempo, hein.
Bufo e saio de perto deles seguindo por aquele corredor, até porque eu estava atrasada para o treino.
Olha que interesante, uma pessoa que não gosta de atrasos, atrasada.
Já em uma certa distância, olho para trás e meu olhar logo se encontra com o de Miguel. Ele me encarava. Puta merda.
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𝐌𝐞𝐮 𝐀𝐥𝐟𝐚| 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑛𝑎̃𝑜 𝑣𝑎𝑖 𝑚𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑎𝑟?
RomanceSofia é uma fada lúpus, assim tendo o poder de controlar a natureza. Ela e suas amigas de infância, por serem as únicas sobreviventes de sua raça, não se revelam para ninguém. Com medo dos lobos a encontrarem - Você não vai me matar? - Abri os olho...