c a p í t u l o 4

83 3 3
                                    

Era de manhã e o dia estava chuvoso lá fora. Eu só queria ficar o dia enteiro deitada na minha cama.

Bufei em pensamento saindo do meu quarto e logo vendo a Beatriz dormindo no sofá. Ela ficou com medo de dormir no quarto da Maya e então ficou na sala.

Me espreguiçei entrando no banheiro do dormitório, ta mais pra lavabo, porquê só tem um vazo e uma pia, por isso sempre tomamos banho em outro lugar.

Eu moro no segundo andar. Cada andar tem acho que, quatro banheiros, não sei bem.

Bocejo pegando minha escova e em seguida colocando a pasta. Hoje é domingo e eu ainda estaria deitada se não tivesse marcado de treinar com as garotas. Coloco a escova na boca e começo a escovar os dentes.

Sábado que vem, vai ter um jogo contra uma universidade muito boa, e temos que arrasar. Eu não deveria ser tão apresada assim, ainda faltam muitos dias.

Suspiro despejando o enchaguante bucal na pia, e saio do lavabo me espreguiçando novamente.

— Acorda, Bea. — Chamei ela, que rapidamente abriu os olhos. — Você sabe que não gosto de atrasos.

— Me deixa em paz. — Resmungou se levantando e indo para o banheiro.

Fui pra cozinha fazer o café da manhã, mas tive uma supresa quando vi a Maya fazendo, o que parecia ser panquecas.

— Milagre que você acordou cedo. — Murmurei ainda sonolenta, me sentando em um dos baquinhos da bancada. — Dormiu bem?

— Sim. — Sorriu animada. — O quarto da Beatriz é mil vezes melhor que o meu.

— Aquele seu quarto não tem nada de assombração, dormi a noite toda. — Bia resmungou se sentando ao meu lado.

— Ah, claro, e a garota que eu vi dormindo no sofá, era o fantasma do meu quarto que resolveu visitar a sala hoje.— Sorriu irônica, fazendo Beatriz bufar.

***

Eu andava junto as meninas pelos corredores daquele lugar, até ser puxada para dentro de uma porta e ser colocada contra a parede.

— Garoto. — Minha expressão se aliviou quando eu vi que era o Miguel. — Que velocidade é essa?

— Vantagens de...— Ele parou pra pensar.— Ser um atleta. — Sento algo quente passar pelo meu corpo quando ele desviou o olhar para minha boca.

Mordi o lábio inferior o puxando pela camisa. Observo sua mão ir para a minha coxa e a apertar contra seu corpo.

Miguel juntou nossos lábios em um beijo com desejo, minha língua entrou na sua boca sem permissão, fazendo o beijo ficar cada vez mais quente.

Miguel adentrou sua mão em meus cabelos os puxando, levemente, pra trás. Senti seus lábios molhados em contato com a pele do meu pescoço, o que fez os pelinhos do local se arrepiarem.

Suspirei tendo seus labios macios juntos aos meus de novo mordendo meu lábio inferior. Puta que pariu eu to no céu.

Ele tocou meu seio com o dedo indicador, mas logo tirou ficando um pouco sem jeito. Não entendi, será que ele sente quando tem leite!? Droga. Não pode ser isso.

— Minha filha temo... Meu deus! — Maya entrou falando mas logo em seguida gritou quando viu a cena. — Desculpe atrapalhar o casal, mas ainda temos um treino pra cumprir.

— Sim. — Pigarriei me afatando dele. — Tenho que ir. — Sorri para ele e saí, do que parecia um quarto onde guardavam algumas coisas.

— Safada. — Bea bateu no meu ombro, fazendo eu lançar um olhar ameaçador pra ela. — Agora conte para a gente como foi o terceiro beijo?

𝐌𝐞𝐮 𝐀𝐥𝐟𝐚| 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑛𝑎̃𝑜 𝑣𝑎𝑖 𝑚𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑎𝑟?Onde histórias criam vida. Descubra agora