Capítulo 27 -

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Ver Debrah no hospital naquele estado, me deixou com pena dela. Por enquanto a mesma estava em estado de observação por causa das cirurgias, segundo o médico, ela teve vários desligamentos dos ossos além de quebrar o nariz. Meu estômago se revira só de lembrar de sua imagem toda enfaixada, mas ainda dando para imaginar a cena de como ela havia chegado no hospital.

_ Será que ela vai se recuperar?. - pergunto para Bill que estava preparando um lanche para nós dois, já que passamos o dia inteiro no hospital na espera de alguma informação sobre o estado de saúde de Debrah.

_ Eu não sei amor, mas tomara que sim. Mesmo depois de tudo que ela fez, não devemos desejar o mal para ninguém. - responde ele num tom calmo.

_ As vezes eu não entendo como o relacionamento de vocês não deram certo. Você é perfeito. - falo e ouço o mesmo rir baixo.

_ Tudo é questão de reciprocidade, meu anjo. Acho que Debrah nunca me amou, e não a culpo, também sei que não dei amor o suficiente para ela. Mas a questão é que, nós dois estávamos juntos por prazer, não por amor. - reviro os olhos.

_ Ótimo saber que vocês transavam. - digo irônica cruzando os braços, Bill se vira me olhando com uma cara de deboche.

_ Também me incomoda pensar que você já transou com outros caras antes de mim, sabia?.

_ Arram, sei. - faço bico, o mesmo saí da cozinha se aproximando de mim que estava sentada no banquinho de frente para o balcão.

_ Você é a única mulher do mundo que me satisfaz de uma forma inexplicável. - começa Bill apertando minhas coxas e beijando meu pescoço.

_ Sério?. - pergunto manhosa recebendo um aperto na cintura.

_ Sim, muito sério. - sussura o mesmo no meu ouvido aproximando nossos lábios e me dando um beijo. - _ Para foder agora, eu preciso de forças. Então vamos comer.

_ Bobo. - dou um tapinha fraco no ombro dele o abraçando em seguida. - _ Eu te amo.

_ Eu também amo você, meu anjo.
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Semanas depois...

_ Puta merda. - grito e Bill se assusta saindo do banheiro com a toalha na cintura e um pouco de shampoo no cabelo.

_ O que foi amor?.

_ Ella esta parindo aqui em Los Angeles. - falo animada quase pulando de alegria.

Me arrumo rápida colocando qualquer roupa no closet incluindo uma camiseta enorme de Bill, enquanto o mesmo vestiu se elegante mesmo com a pressão que botei em seus ombros de irmos logo.

_ Oh, ele é tão lindo. - digo segurando Simon nos braços.

_ Igual a mãe. - comenta Cristyni, mãe de Ella.

_ Graças a Deus. - sussura Bill sorrindo olhando para o bebê.

_ Oi...posso entrar. - de repente surge Dylan no quarto pedindo permissão para entrar, tenho certeza que Ella pediu para avisar ele do nascimento de Simon.

_ Pode sim. - responde Ella com sua voz doce.

Dylan se aproxima de mim com um sorriso fraco nos lábios olhando para o bebê nos meus braços, olho séria para ele antes de entregar a criança para o mesmo segurar. Ele pode ser o que for, mas admito que meu coração se aqueceu ao ver uma lágrima escorrer em seus olhos olhando para Simon.

Tivemos que deixar Ella e o bebê descansar, Bill e eu aproveitamos para ir ver como Debrah estava, já que a mesma ainda se encontrava no quarto do hospital se recuperando. Quando entramos meu coração se apertou, ela ainda aparentava estar muito machucada e fraca.

_ Oi... - digo me aproximando da mesma que sorriu fraco ao me ver.

_ Vocês...não precisam...vir. - diz ela baixinho com dificuldade por causa dos aparelhos. - _ eu...não mereço.

_ Apesar de tudo. Nós ainda queremos o seu bem. - comenta Bill me abraçando por trás.

_ Bill...você não sabe...como ouvir isso...me deixa feliz. - Debrah olha para mim com os olhos brilhando e um olhar entristecido. - _ Ele real...mente ama você.

_ Eu também o amo muito. - digo me aproximando dela colocando minha mão sobre a sua.

_ Me...perdoa. - pude perceber a dificuldade de Debrah para respirar, acariciei seu rosto devagar para que a mesma se acalmasse. - _ Porfavor...eu preciso do seu...perdão.

_ Eu te perdôo Debrah. - falo deixando uma lágrima cair.

Era tão triste vê-la assim, todo o rancor e ódio que sentia desapareceu ao ver seu sofrimento, isso eu não desejo nem para o meu pior inimigo.

_ Obrigado... - sussura ela fechando os olhos, de repente o aparelho de batimentos cardíacos começou a apitar, Debrah estava parando de respirar e isso me desesperou.

_ Não...não, porfavor não, você não precisa partir...eu já te perdoei. - meus olhos se encheram de lágrimas e minhas mãos tremiam, sinto Bill me abraçar por trás me afastando da cama de Debrah enquanto as enfermeiras se aproximavam junto com o médico.

_ Calma... - Bill disse baixinho no meu ouvido tentando me confortar, mas sei que isso também estava o machucando por dentro.

E assim veio a confirmação do óbito de Debrah.
Mesmo depois de tudo, ela não merecia partir.

Call My Name • Bill SkarsgårdOnde histórias criam vida. Descubra agora