Capítulo 03 -

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Bill - Narrando

Chego em casa morrendo de dor de cabeça por causa da cansativa reunião, sinceramente, não sei como não acabei com aquela merda de imediato.

_ Senhor Skarsgård, o jantar já está pronto. - Margareth me avisa assim que ponho os pés na sala.

_ Obrigado por avisar, mas não estou com fome. - digo me sentando no sofá de couro preto, passando minhas mãos pelos meus cabelos tentando disfarçar a dor de cabeça.

_ O senhor deseja algo?. - pergunta a empregada.

_ Não, obrigado. - respondo sorrindo para ela, antes da mesma sair, uma dúvida surgiu em minha cabeça. - _ Margareth.

_ Sim, senhor?.

_ Como Angelina se saiu hoje?. - eu realmente estava curioso, já fazia três dias que ela estava trabalhando aqui em casa, e nenhum desses dias nos trombamos.

_ Para ser sincera com o senhor, Angel teve dificuldades em certas atividades. Mas se sobressaiu muito bem, digamos que de 0 a 10, ela chega no 8. - Conta Margareth animada.

_ Que bom, espero que ela esteja gostando do teste. É difícil encontrar mulheres jovens como ela dispostas a trabalharem de diarista. - falo.

_ Poisé. - concorda Margareth.

_ Bom, eu vou subir para o meu quarto. Caso chegue alguém querendo me procurar, diga que não estou em casa. - me levanto tirando meu palitó e indo até às escadas.

_ Boa noite, senhor Skarsgård.

_ Boa noite, Margareth.
...

Angel - Narrando

Tarefas de hoje:

Limpar a biblioteca da mansão.
Passar as roupas do patrão.
Colocá-las no closet.
E ir embora.

Lendo parece até fácil, até perceber que além de possuir uma biblioteca maior que um salão de festas, o bonito troca de roupa toda hora, deixando uma renca de roupas para lavar. Mas graças a minha força de vontade e determinação, estava terminando de coloca-las no closet cheiroso dele. Gente rica é tão chique.

Nesses quatro dias de testes na mansão, pude perceber o quanto Bill é reservado, praticamente ele só conversa com uma empregada, a senhora Margareth. Que aliás, é um amor comigo. Só ela que me chama de Angel, o resto praticamente só me classifica como " Harrier, vá fazer aquilo". É constrangedor ouvi-las me chamar pelo sobrenome, principalmente quando se tem um sobrenome tão feio quanto o meu.

_ Terminei. Amém. - digo levantando as mãos para cima, graças a Deus eu já podia ir embora para a casa e trabalhar no meu vestido.

Quando fui sair do closet, meu coração quase saiu pela boca ao ver o senhor Skarsgård de toalha com o peitoral todo molhado. Abençoado seja esse corpo.

_ Licença. - digo abaixando a cabeça e indo em direção a porta, mas ele me impede.

_ Angelina. - Bill me chama.

_ Sim, senhor?. - me viro tentando não olhar para aquele corpo.

_ Como está sendo a sua experiência aqui?. - pergunta Bill tomando um gole de whisky em seu copo, e como eu sei? Bom, eu leio fanfic. E também porque dá para perceber.

_ Muito boa. Acredite, é melhor do que servir mesas. - falo colocando as mãos na cintura, e Bill solta uma risada.

_ Não acho que servir mesas seja tão ruim. - diz ele dando mais um gole. Por que ele tem que ser tão sexy???

_ Bom, não é todo dia que você acorda de bom humor para tratar as pessoas com gentileza quando elas te tratam com desprezo. - ele me olha surpreso.

_ Espero que aqui, ninguém esteja te tratando com desprezo. - Bill se aproxima com o copo de whisky na mão.

_ Sabe o que é pior do ser tratada com desprezo?.

_ Não faço idéia. Me conte.

_ Ser chamada pelo sobrenome. Dê graças a Deus que Skarsgård é um sobrenome muito chique. - falo e ele sorri.

_ Harrier é um sobrenome muito bonito. Por que não gosta? - Bill se aproxima mais, se a intenção dele é me intimidar, está dando muito certo.

_ Me faz lembrar da minha família. - digo olhando fixamente para seus olhos.

_ É, isso é bem complicado. - diz ele rindo. - _ Quer um pouco?. - pergunta Bill se referindo ao Whisky.

_ Ah...Não obrigada. - falo mas logo uma curiosidade bate na minha nuca. - _ Na verdade, eu quero sim, sempre quis experimentar.

Bill me entrega o copo com um sorriso de lado, levo o copo até minha boca dando um gole e experimentando aquele gosto amargo. Sinto uma escorrer o líquido pelo canto da minha boca, antes que pudesse limpar, Bill passa o dedo sobre a minha pele limpando o líquido e levando até sua boca. Um movimento sexy e tentador, mais dois goles disso, eu sentaria fácil nele.

_ Gostou?. - Sussura Bill acariciando minha bochecha.

_ Arram. - Seu rosto se aproxima do meu, mas algo me faz pensar.

EU NÃO POSSO ME RELACIONAR COM O MEU CHEFE, NÃO AGORA.

_ Desculpa, eu preciso ir, tô cheia de trabalho em casa. - me afasto dele entregando o copo.

_ Eu não queria te deixar constrangida... - diz ele se aproximando.

_ Não, não é nada com o senhor. Eu só preciso ir mesmo. Até amanhã senhor Skarsgård. - não espero ele dizer nada, apenas saiu do quarto mantendo minha dignidade intacta.

Eu sei como isso termina nos filmes...

Call My Name • Bill SkarsgårdOnde histórias criam vida. Descubra agora