AUTORA: Togah (eu)
AQUILO QUE RESIDE NA CAPELA
Um rapaz encontra um espelhinho de bolso, bafeja-o para dar-lhe polimento, mas é surpreendido pelo reflexo de uma moça tristonha que parecia querer pedir-lhe algo. Assim que desaparece a névoa do espelho, desaparece o rosto da moça. O rapaz bafeja novamente e outra vez o reflexo tristonho lhe aparece...esse rapaz era eu;
Bom, deixe-me explicar tudo direitinho dessa vez.
Olá, meu nome é Sebastian Michaelis e eu fui atacado por uma criatura a dois dias atrás...
Bem, isso foi bem direto- diz o homem de óculos robustos.
Nos conte mais, como era exatamente esse fantasma Sr...??- diz o homem de cabelos rasos e pele morena cintilante sentando-se confortavelmente em uma cadeira enxugando gotas de água que escorriam pelo seu pescoço.
-...s-Sebastian Michaelis, m-Mas pode chamar-me apenas de Sebastian.
ah, sim...-disse o homem em um tom de risada.
De repente a porta à minha esquerda se abre rapidamente rangendo suas dobradiças com visível falta de óleo, passa por ela o homem de cabelos reluzentes e sussurrando coisas com uma expressão de preocupação em seu rosto sujo de graxa. Assustei-me com tal alvoroço dentro da sala em que estava e sem mais enrolações o homem de óculos robustos pede silêncio em tom de irritação.
Calem-se bastardos!- disse ele com uma expressão de raiva em seu rosto.
Todos se surpreenderam na sala, inclusive eu mesmo. Ele volta a se sentar na cadeira atrás da mesa de madeira ligeiramente bamba à minha frente.
Como dizia Sebastian?-diz o homem de pele morena de forma direta e informal.
-Como eu estava dizendo, eu fui até uma capela abandonada próxima da estrada que leva a cidade X. Já tinha a visto outras vezes e aparentemente ninguém a visitava então por pura curiosidade fui atrás de descobrir o que tinha dentro da tal capela, obviamente foi uma péssima ideia. Descobri que dentro da capela residia uma criatura estranha- disse com uma expressão levemente assustada.
O homem de cabelos reluzentes me questiona com um tom de sarcasmo. Está com medo por acaso?. Respondi com um tom invasivo dizendo-lhe com uma sobrancelha arqueada...Você por acaso está?...ele apenas me ignorou e virou de costas pegando um caderno de hastes grossas e uma caneta toda mordida e saiu da sala correndo, o homem de pele morena foi logo atrás dele com uma expressão confusa.
O'Que aconteceu depois de ter entrado dentro da capela?- dizia o homem de óculos robustos com um bloco de anotações e um lápis pequeno em mãos pronto para anotar o que eu iria dizer-lhe.
-Quando entrei senti arrepios por todo o corpo, vindo dos pés e subindo até minha nuca. Deveria ter saído daquele lugar logo que senti isso- fiz uma cara de desapontamento. Ele seguiu perguntando se eu escutei sons estranhos no local. Respondi-lhe que sim, então ele logo veio a anotar o que lhe disse em seu bloquinho de anotações meio amassado. Comentei sobre mais sinais que presenciei na capela e em seguida do que dizia o homem de óculos robustos anotava...; Algum tempo depois fui embora, enquanto deixava a sala o mesmo me disse para deixar alguns de meus dado com a sua secretária que estava na recepção no andar de baixo junto de seus companheiros de trabalho. E logo me despedi de forma educada, enquanto descia as escadas apertadas, com pouco espaço, escutei uma voz feminina que se aproximava cada vez mais. Chegando ao final da escada vi uma mulher de cabelos vermelhos cor de cereja e pele clara como neve. ela trazia junto de si uma caixa grande e atrás dela vi um homem com entradas horríveis em seu cabelo e o rosto e roupa todas sujas de graxa, igualmente o homem de cabelos reluzentes de mais cedo, logo deduzi que trabalhavam juntos. me ofereci para ajudar a linda moça.
-Quer ajuda, moça?-perguntei em um tom delicado de pura gentileza.
Não, que isso *sorriso de canto de boca*, mas obrigada por se oferecer.
Em seguida acenei-lhe em afirmação, achando que iria ir embora naquele instante, quando me viro para terminar de descer o último degrau da longa escada, sinto uma mão em meu ombro direito. Viro-me surpreso e vejo o mesmo homem calvo, ele sorri para mim e me pede ajuda para levar a caixa que estava em suas mãos. Eu sem entender bem o que estava acontecendo aceitei, de novo uma péssima decisão. Enquanto subia quase me matando com uma caixa que deveria ser mais pesada que eu, o mesmo subia as escadas tranquilamente com apenas uma caixinha de ferramentas em mãos e antes que pudesse questioná-lo já havíamos chegado no segundo andar novamente. Deixei a caixa no chão e simplesmente sai de cara fechada e com muita dor nos braços e nas costas, a moça de cabelos vermelhos logo veio atrás de mim e me deu 15 doláres em resposta ao favor que fiz a ela e seu companheiro de trabalho. Sem muita enrolação aceitei, não que eu seja de fazer coisas do tipo mas naquele caso eu merecia, então cedi a tentação dos 15 dólares que já poderiam me render um bom lanche na lanchonete próxima ao prédio em que estava.
-Oh que calor meu Deus, justo hoje que meu ventilador estragou- digo em voz baixa andando na rua tirando o casaco que vestia e ficando apenas com uma camiseta social branca de botões e levantando a barra da minha calça jeans até o meu tornozelo. Quando olho para o outro lado da rua vejo um homem vestido com uma fantasia tosca de sorvete, segurando em suas mão uma placa em forma de flecha fazendo propaganda para uma sorveteria atrás dele. Interessei-me um pouco e logo atravessei a rua em busca de refrescar-me, entrei na sorveteria com um sorriso de orelha a orelha, logo uma garçonete veio me atender e pediu para que me sentasse. Quando sentei-me em uma das mesas de plástico dentro da sorveteria a mesma me trouxe o cardápio, ela me olhou por um tempo com cara de dúvida, perguntei-lhe o que estava havendo e ela em tom de felicidade me respondeu...É VOCÊ?. Não entendia o que estava acontecendo ali e em resposta disse-lhe, Sim?, em tom de dúvida. Ela me responde sentando-se no acento à minha frente, É VOCÊ...NÃO TO ACREDITANDO!!!, ah desculpa por isso, disse ela envergonhada. Você não é o jornalista da revista X? De Nova York?. respondo em afirmação a sua pergunta balançando a cabeça e dando um sorriso de canto de boca. Ela responde me dizendo que no momento em que me viu entrando me reconheceu.
-Você quer um autógrafo?- disse sorrindo.
Pode tirar uma foto comigo?Por favor- disse a garçonete já arrumando o cabelo e pegando o seu celular do bolso de trás de sua calça. Após termos tirado a foto ela me agradeceu e foi buscar o meu pedido. Quando chegou dei o dinheiro e mais uma gorjeta para ela que logo arregalou os olhos e ficou com o rosto completamente vermelho ao me olhar nos olhos. Não a culpo...eu me pegaria com toda certeza do mundo, sou muito conhecido em minha antiga cidade pois era um jornalista muito famoso da revista X, desisti do trabalho a algumas semanas atras e resolvi passar uns dias aqui na cidade Y para relaxar um pouco e pensar o que vou fazer da minha vida daqui pra frente, agora que estou desempregado. Sigo meu caminho até o apartamento onde estou morando enquanto bebo meu milkshake de baunilha com morangos e calda de menta. Ao entrar no meu apartamento me lembro de que deveria ter deixado meus dados na recepção, do prédio dos especialistas, mas estava muito ocupado arrebentando as minhas costas levando aquela caixa até o segundo andar do prédio dos especialistas.
-Droga! o que eu faço agora caralho?!- falo colocando a mão na testa e fazendo uma expressão de irritação. Decidi ligar para a recepção e me expliquei, após ter passado meus dados para a recepcionista voltei a fazer minhas coisas em casa. depois de um dia super corrido ainda mesmo quando volto para minha casa não posso relaxar.
NOTA DA AUTORA:
Ps:Gente passando aqui pra avisar que o cap 2 vai sair daqui a pouco.
E ele vai apresentar uma "quebra no tempo".
Pra quem n sabe "quebra no tempo significa que as cenas continuam acontecendo de acordo com oque foi relatado, mas não sera contado. Vcs podem imaginar oq aconteceu na "quebra no tempo".
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Aquilo que reside na capela (Em Andamento)
Random(ALERTA DE GATILHO) Um homem encontra um espelhinho de bolso dentro de uma capela abandonada. Mas ele não sabia oque morava dentro da capela e nem a historia da criatura vista dentro do espelho, a partir dai ele se arrisca em uma breve aventura em b...