Capítulo 11

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A porta da casa de Violetta se fechou e León sabia que ali dentro Tomás a estaria esperando, será que ele iria fazer algo com ela? Cada vez que ele fechava os olhos, ele podia ver os roxos pelo corpo de Violetta. Ele estava dividido, uma parte sua dizia que era para ele ir embora e deixa-la, aquilo não deveria ser nada demais, afinal, Violetta teria falado algo, teria pedido ajuda, mas a outra parte, dizia totalmente ao contrário, mas seria errado invadir a casa de alguém e o acusar de fazer algo que León não tinha certeza, mas era Tomás, León sabia que ele não era flor que se cheire. Ele respirou fundo e colocou o cinto, não poderia agir por impulso, assim que girou a chave, ouviu um grito, abafado, baixo, mas ainda era um grito, ele desligou o carro novamente e retirou o cinto, poderia ser coisa de sua cabeça? No segundo grito, ele saiu correndo, tinha certeza de que era de Violetta e ele não deixaria Tomás machuca-la, em segundos ele entrou na casa, seu sangue fervia de raiva e ele correu para o quarto de onde vinha mais um grito.

León paralisou na porta vendo Violetta ao chão, desacordada, ele via o sangue escorrer por sua boca, o que aquele maldito tinha feito? León saiu de seu transe quando Tomás se abaixou, ficando por cima de Violetta, a raiva ficava cada vez maior em León, só dele imaginar o que Tomás iria fazer e ele estava tão cego naquele momento que nem percebeu a presença de León, o que deu a ele a chance do golpe surpresa. León fez Tomás parar longe de Violetta.

- Por que não experimenta bater em alguém do seu tamanho? - León disse com um sorriso irônico no rosto.

Tomás enfureceu mais do que já estava e tentou partir para cima de León, ele só não esperava que León fosse mais rápido que ele. León lhe desferiu o primeiro soco que fez Tomás se desequilibrar para trás, mas já retomou a postura e conseguiu acertar um soco em León, as ações seguintes, foram várias trocas, sempre um tentando acertar o outro e as vezes obtendo sucesso, mas por um descuido de Tomás, León conseguiu derruba-lo e ficou por cima dele, agora destilando diversos socos no rosto do Tomás, toda a raiva que León estava sentindo, ele descontava em cada soco que dava. Tomás foi perdendo suas forças e acabou desmaiando, fazendo León parar na mesma hora, queria que ele aprendesse uma lição e não morresse. Rapidamente saiu de cima dele e se aproximou de Violetta.

- Violetta? - Ele balançou ela devagar tentando a acordar. - Violetta!

Mas foi em vão, sua raiva já estava voltando, como Tomás podia se quer levantar um dedo para encostar nela? León passou a mão com cuida pelo rosto dela, limpando o sangue, ele passou a mão na blusa para limpar e repetiu o ato, parando depois para olhar sua expressão, tão linda, serena, parecia que nada tinha acontecido. León a pegou no colo, sem saber o que fazer, só queria proteger Violetta daquele homem, saiu da casa e foi até seu carro, a colocando deitada no banco traseiro, ele se sentou no lado do motorista e ficou a olhando pelo espelho retrovisor, León respirou fundo, isso era algo que acontecia regularmente com ela?

Minutos depois, ele chegava ao hospital, até tentou a acordar mais uma vez, mas sem sucesso, então entrou a segurando no colo e pedindo por ajuda, uma loira se aproximou dos dois rapidamente.

- Violetta! - Ela exclamou assustada quando viu quem estava no colo do homem.

León ficou confuso, mas depois pensou que Violetta poderia trabalhar naquele hospital. A mulher chamou os enfermeiros que vieram com uma maca onde León colocou Violetta e eles sumiram apressados para uma sala que León leu ser a de emergência. Outra moça, mais jovem se aproximou dele perguntando se ele estava bem.

- Sim, estou bem. - Ele disse sem tirar os olhos da porta onde Violetta estava.

- Você poderia se sentar para que eu te examinasse? - León levou seu olhar para a moça e estranhou o jeito que ela o olhava, como se estivesse com medo. - É que o senhor está sangrando.

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