ChristianMeu nome é ou melhor dizendo, era Christian Grey mudei para minhas iniciais CG quando passei a morar aqui nas ruas de Amsterdã.
Ai você se pergunta mas porque ele mora na rua? Sera que não tem família? O que aconteceu para ele parar aqui ?Vou lhe responder tudo isso, a uns 5 anos eu era um cara bem de vida, trabalhava no ramo das telecomunicações, era um empresário competente, sabia fazer negócios ,eu era realmente bom no que fazia, eu tinha minha família, meus pais, uma irmã mais nova e uma filha já adolescente que morava com meus pais. Eu tinha um lar Amável com pessoas amorosas e que me amavam. Naquele tempo eu tinha uma namorada também, mas vocês vão entender por que acabei assim.
Na empresa que eu trabalhava, eu poderia dizer que eu fazia o melhor, dava o melhor de mim, e cada vez tentava mostrar que eu era competente para meus chefes, eu estava em busca de uma promoção, deixava minha namorada muitas das vezes sozinha, perdia jantares importantes com ela, ou deixei de visitar os meus pais e minha filha, meu foco era crescer no trabalho e nada mais. Queria que eles me notassem, então tinhamos um trabalho para fazer, era eu e meu colega de trabalho Jack. Estavamos em busca de uma promoção, depois dessa promoção eu poderia enfim marcar meu casamento e dar uma vida boa a Leila, minha namorada. Mas então aconteceu, eu juro que eu ia ganhar aquela promoção, meus chefões mesmo disseram que estavam tão na cara que seria eu a ganhar, eles se surpreenderam, ate mesmo eu. Mas eu sabia, jack tinha me sabotado eu vooei para cima dele, brigamos feio e por um triz não perdi meu emprego , então dai eu decai, as constantes idas no bar próximo tão trabalho toda noite, continuava quando ia para casa, esses eram os motivos das brigas com Leila, ela não achava certo eu me perder na bebida, mas eu não ligava, eu me sentia um fracassado. As coisas so pioraram, perdi o emprego, quase perdi meu apartamento, meus pais tentaram me ajudar, mais eu já estava fundo no vicio. Meses depois sem mais aguentar, Leila rompeu, eu não culpava ela, ela merecia um homem melhor, digno de amar, de cuidar, de zelar pela vida dela, de mostrar que ele poderia dar um futuro para ela, eu não sabia mais o que era ser sóbrio, eu já não tinha mais dinheiro, não tinha o que comer, e nem como manter minha casa, um dia um pouco sóbrio, vi o semblante de dor da minha mãe, vi a repulsa nos olhos do meu pai e vi a pena no olhar da minha pequena irmã e da minha filha, a menina que eu deveria ter cuidado, ter dado um bom exemplo, ter estado perto, depois de ter perdido a mãe dela ter so a mim, o pai. Mas meus pais faziam um bom papel com ela, ela não merecia um fracasso como eu, os amiguinhos dela deveria debochar dela, ela deveria ter vergonha de mim.
Com o coração apertado que decidi sair de Seattle, pedi ajuda de Mia, minha irmã, ela ficou relutante, mas eu precisar mudar de ar, ver se eu conseguiria dar a volta por cima ou não.- Christian! Não! Voce não pode ir e abandonar todos aqui , irmão olhe para mim.
Ela segurou o meu rosto e me fez olhar para ela.
- Hey, por favor, Valentina precisa de você , nossos pais não vão aceitar isso, eles precisam de você aqui e eu também.
Me afastei dela com raiva.
- Eu não posso Mia, não posso ficar. Minha vida é uma porcaria, por mais que eu tente largar esse vicio, não consigo. Já tentei, já passei por varias instituições de apoio ao alcoólico mas nada adiantou, eu já não suporto ver seu olhar de pena, nem o da mamãe de dor, nem o de vergonha da minha filha e muito menos o de repulsa do meu pai. Desculpa se fracassei. Me desculpa ok ?
Grito e vejo minha irmã chorando. Caminho ate ela é abraço.
- Não chora baixinha, eu te amo . Mas eu preciso ir, se não puder ajudar entenderei.
Ela me apertou mais por uns minutos e me largou.
- So prometa que falara com a Tina, ela jamais sente vergonha de você, ela so quer o pai de volta e saber da sua partida, doera muito nela.
Concordei.
Eu falei com ela, com minha filha e ela como o previsto não aceitou e chorou tanto.- Papai, não vai por favor. Eu ajudo voce a se curar, só não vai.
Abracei ela forte.
- Eu preciso me curar filha, prometo voltar para você . Se cuide e toma conta dos seus avós e da sua tia. Promete bonequinha.?
Passei a ponta do dedo no nariz dela é ela fez o mesmo em mim, era nosso sinal, a única coisa que pude ter com minha filha, de demonstrar carinho. Ela assentiu, beijei seus cabelos, fiz ela subir pro seu quarto, mamãe apareceu, abracei ela que não estava entendendo nada e depois fui embora. Mas tarde naquele dia minha irmã apareceu com um pouco de dinheiro,uma passagem de ida a Amsterdã , um celular para me comunicar.
...
Agora aqui estou, anos depois, assim que coloquei os pés em Amsterdã eu pensei que tudo se resolveria, mas estava enganado, primeira semana acabei o pouco que tinha em bebidas e em mulheres da rua vermelha,depois dai fiquei pela rua mendigando, dia comia outro não. Por sorte encontrei amigos de um bar, ele não me dava bebida, mas me dava comida e deixava eu tomar banho e as vezes me dava algumas roupas, eu mantinha contato com minha filha uma vez por mês, mas era fachada, ela e minha irmã achavam que eu estava bem, elas tentaram vim atrás de mim, mas menti dizendo que estava em outro pais. Elas jamais poderiam me ver na lama , ver que eu continuava um viciado de merda. Que eu um homem de 36 anos era um cara que não tinha tomado vergonha na cara e permanecia no mesmo erro. Que não tinha o que comer, não tinha aonde morar e dormia pela rua e passava a metade do tempo bêbado. Isso era uma vergonha , eu sei. Eu ate tentei mudar, juro que tentei, mas não é tão fácil como a gente pensa.
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Predestinados
FanfictionAnastásia Steele era uma famosa escritora e estava de em viagem por Amsterdã e uma série de coincidências a levaram a se sentar justo em frente ao arbusto que um morador de rua usava como casa, Ele então a observou e perguntou a hora, ela o inform...