Cobras e Leões

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O início de novembro foi especialmente mais frio, com a chegada do outono, muitas pessoas começaram a parar de ir para os terrenos de Hogwarts para conversar e optaram por ficar dentro do castelo. Menos Harry, que estava sentado perto do lago, muito irritado pelo diretor continuar a ignorá-lo quando ele mais precisa dele. Ele continuava a ter os seus sonhos com a porta escura, ele sentia saber o que era a porta, lá no fundo de sua mente, ele sabia, nas por algum motivo ele não lembrava e o deixava muito irritado também.

Era início da tarde de sábado e Harry estava estudando no lago o que iriam aprender hoje à noite. Ele não queria que seus amigos não soubessem alguns feitiços um pouco mais letais, já que ele iria ensinar a se defender, iria também ensinar a atacar.

— Oi Harry. — ele olhou para o seu lado e viu Daphne, sentando-se ao seu lado — Preparado para ensinar nós hoje a noite? Espero que seja feitiços úteis novamente — ela disse com sua cara neutra, olhando fixamente para a Lula gigante.

— Ah, sim. Hoje iremos aprender o feitiço Confringo — ele disse ainda olhando para o livro, checando se havia algum outro feitiço importante.

— Eu já sei esse, é muito útil quando quer destruir algo.

— Sim, também sou bom nesse feitiço. — assim que terminou,  o silêncio criou uma tensão no ar, até que Harry, sendo o Grifinório que é, perguntou algo que queria há muito saber — Por que você quis se juntar ao nosso grupo? Achei que os sonserinos odiassem os grifinórios.

— Bom, não é exatamente só os grifinórios — ela começou, agora olhando um pouco para baixo — Eles odeiam algumas pessoas na própria casa. Alguns dias atrás, eles tentaram se aproveitar de uma garota apenas porque ela era nascida trouxa. Eu não conhecia ela muito bem, mas eu ajudei ela mesmo assim. Desarmei os idiotas e estuporei eles. Agora eles não tentaram mais nada com ela, mas eles sempre me xingam quando podem, maldito Malfoy.

— Espera — Harry se virou para ela que agora o olhava —, Malfoy tentou se aproveitar de uma garota?

— Sim, ele me ameaçou também, dizendo que com o lorde das trevas vivo de novo, eu não vou poder fazer isso novamente, pois serei punida. — ela apertou sua varinha com mais força — Não que eu me importe realmente, mesmo que muitos pensem que todos na sonserina são das trevas, eu sei o que é certo ou errado. Não sou como o que seu amigo ruivo pensa das cobras, por exemplo.

— O chapéu seletor queria que eu ficasse na sonserina. — ele disse de repente — Eu implorei para não ir porque Rony disse que apenas bruxos das trevas saem de lá e o Voldemort saiu de lá também. — Harry abraçou seus joelhos e ficou olhando para o nada — Eu tenho tido alguns sonhos desde que ele voltou, tenho ficado irritado mais facilmente e com vontade de atacar Dumbledore. Eu tenho medo de estar me tornando ele. — admitiu — Será que eu não deveria estar na sonserina?

— Não, com certeza não está se tornando ele. Eu ouvi histórias de como você sempre salvou os seus amigos, como no primeiro e segundo ano. Como quando você conjurou um patrono corpóreo e como pensou nos outros reféns na segunda tarefa do torneio. — Daphne o relembrou — Você-sabe-quem nunca teria feito metade das coisas que você fez em quatro anos. Com certeza você não é mal. Quanto a estar na sonserina, eu não sei, é a casa dos astutos e ambiciosos, não sei se você tem essas qualidades agora.

Quando Harry ficou mais relaxado, eles continuaram a conversar sobre coisas banais e coisas que gostavam. Daphne não era como ele imaginou que seria; ela era divertida, um pouco séria, mas salvará algumas risadas sobre algo bobo que ele falava, era também compreensiva e inteligente. Eles ficaram ali a tarde toda, olhando a Lula gigante nadar pelo lago negro e conversando.

Quando Harry recebeu uma mensagem pelo Galeão falso, perguntando onde ele estava, ele e Daphne foram para o castelo sob a capa de invisibilidade. Já era hora de estarem indo para a cama e eles não queriam ser vistos. Quando chegaram no sétimo andar, Harry olhou em volta e quando viu que era seguro, ele retirou a capa e guardou em sua mochila. Tornou-se um hábito ele andar sob ela no castelo, com todos achando que ele era um mentiroso e queria atenção, ele não quis mais ser visto apenas para se aborrecer.

Harry entrou na sala precisa junto com Daphne. Estava tão focado em ir ensinar que nem percebeu os olhares que Rony, os gêmeos, Cho, Gina e sua irmã de consideração, Hermione lhe deram. Assim que disse o feitiço que iriam aprender, muitos ficaram animados em saber lançar um feitiço bem ofensivo.

— Precisamos conversar. — Hermione disse, ao lado de Rony, para Harry — O que estava fazendo? Chegou junto com Greengrass e vocês pareciam bem amigos.

— Nós apenas estavam os conversando — disse na defensiva —, ela não é como os outros sonserinos, ela foi amigável e gentil comigo hoje mais cedo e, também não gosta de alguns sonserinos. Principalmente Draco.

— Bom, se ela não gosta de Draco mesmo sendo da sonserina, ela não deve ser má, deve? — Rony, pela primeira vez em alguns anos, estava sendo mente aberta.

— Não sei Ron, todos os sonserinos sempre adiaram Harry. Se bem que não lembro dela e uma outra garota que andava sempre com ela usando o "Potter fede". Lembro de todos os outros sonserinos estarem usando, menos elas duas.

Eles ficaram discutindo sobre se Daphne era realmente alguém confiável ou não. Rony disse que a família dela nunca apoiou o lorde das trevas, mas na verdade chegaram a ajudar algumas pessoas do lado da luz, na primeira guerra bruxa. O resto da noite foi legal para eles, Hermione revisou as aulas que Harry passou e deu algumas ideias de feitiços para ele ensinar e Rony disse que foi engraçado como o olhar de algumas pessoas quando ele e Daphne entraram juntos. Harry disse que só eram amigos, pelo menos ele achava isso e, esperava que ela também achasse.

Uma nova amigaOnde histórias criam vida. Descubra agora