Eu te odeio, Potter

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Depois que as férias acabaram, Harry e os Weasleys voltaram para hogwarts. Ele estava na cabine apenas escutando a conversa de Luna com Hermione, que desenhava sobre algumas coisas que ela falava.

Harry se levantou dizendo que iria dar uma volta. Colocando sua capa sobre si, ele foi caminhar pelo trem e acabou vendo a cabine os Draco estava aberta.  Ele ficou entre o corredor e a porta, escutando o que ele dizia.

— Agora com lorde das trevas de volta, duvido que o santo Potter ou seus amigos tenham alguma chance de ficar vivos. Se eu conseguisse entregar ele para umbridge e ele fosse expulso, O lorde das trevas me agradeceria por deixar ele vulnerável. — disse estufando o peito como se ele fosse importante.

Harry colocou a ponta de sua varinha para fora e sussurrou um feitiço em Draco, que logo ficou desesperado vendo galhos crescer em sua cabeça.

Ele estava rindo quando sentiu seu braço ser puxado com força. Ele olhou para quem o puxava e a fina mão da loira estava o arrastando para o final do trem, sem se importar se os outros achassem estranho ela estar agarrando o nada.

— Posso entrar aí em baixo? — ela perguntou quando chegaram perto dos banheiros. Harry abriu uma fresta e ela entrou. — Harry, meu pai virou um comensal da morte.

— O que? — Harry arregalou os olhos — ele ajudou na última guerra, por que iria se juntar a eles agora?

— Eu não sei, mas eu vi ele com a marca e ouvi também uma conversa que envolvia eu, pelo visto.

— Mas você é menor de idade, Voldemort não quer crianças no seu exército.

— Eu sei, mas pode ser outra coisa. Agradeça por não ser criado em família sangue puro ou essa baboseira, mas eles fazem contratos de casamento com algumas outras famílias puro sangue as vezes. Não quero ter que me casar com um homem de trinta anos. — Harry notou que mesmo sendo um assunto preocupante, ela continuava com o rosto neutro, mas ele notou certa preocupação em sua voz.

— O que eu posso fazer pra te ajudar? — Harry perguntou depois de algum tempo olhando para os olhos verdes dela — Não quero ver você sendo usada por um comensal da morte.

— Não sei o que você poderia fazer. Terei que voltar para casa ao final do ano, então terei que fazer algo que eles queiram.

— Eu poderia falar com Dumbledore sobre isso. Agora que sei sobre oclumência e consigo bloquear os sonhos, ele vai falar comigo, pelo menos sobre isso.

Daphne não disse nada, apenas deu um rápido abraço em Harry e saiu debaixo da capa, indo para os banheiros. Harry voltou ao seus amigos e agiu normalmente.

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Harry seguia indo todas as noites para sessões de oclumência com Snape. Por mais que se odiassem, com o conhecimento prévio e treinamento que Harry fez, ele conseguiu, supreendentemente fazer o professor falar que seus escudos pelo menos não eram horríveis, mas que teria que melhorar.

Harry notou que Daphne estava mais reclusa nas aulas da armada; seus feitiços não saiam mais do jeito perfeito que ela fazia antes e agora não conversava tanto com os outros.

Nessa noite, Harry foi ao escritório do diretor, falar sobre o perigo que Daph estava correndo. Quando entrou, viu o diretor olhando para a penseira.

— Senhor — Harry chamou a atenção —, preciso falar com o senhor sobre Daph.

— Diga. Se veio até mim deve ser importante.

— Sim, bem. Ela me contou que o pai dela recebeu a marca negra e, talvez queira forçar um casamento ou algo parecido com ela. Queria saber se tem como ela ficar em outro lugar nas férias de verão.

— Entendo. — disse simplesmente — Como estão suas defesas?

— Não tão boas, senhor. Mas já consigo não ter os sonhos com a porta.

— É um progresso. Verei o que posso fazer por você e a senhorita Greengrass, lhe avisarei até o fim da semana. Boa noite.

— Obrigado senhor. Boa noite.

Harry estava caminhando pelos corredores sem sua capa. Ele estava olhando o mapa e observando Draco no salão comunal da sonserina, ele estava com Parkinson e seus guarda costas, mas não havia nenhum sinal de Daphne. Enquanto olhava para o mapa, alguém o puxou para uma sala vazia. Assustado, ele pegou sua varinha e fez o feitiço de desarmamento.

— Era somente eu. — disse Daph desfazendo o feitiço de desilusão e com um sorriso travesso no rosto. — Segui você até a sala do Dumbledore,  como foi?

— Foi bom. — disse se escorando na parede. — Ele vai ver um lugar para você ficar nesse verão.

— Perfeito, não quero assinar nem um papel nesse verão que não sejam os das atividades.

— Como você tá? — ele perguntou depois de se encararem por um tempo — Você pode ser a rainha de gelo da sonserina, mas nunca vejo você dando esses sorrisos para outras pessoas. — O sorriso de Daphne desapareceu e em seu lugar, impressionantemente em seu rosto, surgiu lágrimas.

— Se você contar para alguém, que eu chorei na sua frente, pode se considerar o último Potter. — ela disse e andou até ele, abraçando-o — Como que você consegue aguentar? Você passa todo o verão com seus tios horrorosos, perdeu os pais, lutou com você-sabe-quem ano passado, está se preparando para lutar com ele e ainda está aí, firme e forte, pronto pra outra. Como? — ela perguntou ainda com lágrimas nos olhos e abraçada à ele, mas olhando para baixo.

— Eu não sei. — ele respondeu devolvendo o abraço — Eu não sei como ou porque continuo, mas sei que não posso parar. Talvez seja porque tenho pelo que lutar.

Eles ficaram ali, abraçados, com Daphne chorando e Harry a consolando.

— Você foi a melhor coisa que aconteceu comigo. Esses últimos meses foram os melhores que eu já tive. A gente compartilhou coisas que poucas pessoas sabem. — ela disse — Eu te odeio Potter, te odeio pelo que fez comigo.

Ele estava pronto pra responder quando foi surpreendido pelas mãos da garota um pouco mais baixa que ele agarrando seu rosto e a puxando para baixo. Ela beijou Harry e ele por um instante achou que estava sonhando. Quando se deu conta do que estava acontecendo, apenas a abraçou e continuou o beijo.

— Eu te juro, Potter — ela começou, suas testas estavam coladas e seus olhos estavam fechados —, se você contar que eu chorei na sua frente e o beijei, para qualquer pessoa, eu te mato. Em hipótese alguma você deve contar a alguém sem ter minha permissão.

Ele concordou, recebendo mais um beijo antes de ela ir embora e deixar Harry ali, parado e relembrando o que aconteceu naquela sala de aula vazia. Ele queria saber o que eles eram agora.

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⏰ Última atualização: Apr 14, 2021 ⏰

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