MARIA JULIA #7 - DOIDAS POR UM TERNO NOVA ERA

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🌼 MARIA JULIA 🌼

A volta para casa foi um inferno! As ruas do estado estavam um caos por ser horário de pico e ninguém respeitava ninguém no trânsito. Meu celular não parava de tocar com mensagens no grupo da família, onde eles comemoravam e me marcavam nas coisas para me fazer inveja. Vocês acham que eles conseguiram me deixar com inveja? Pois é, eu também acho que sim.

Eu poderia muito bem estar lá com eles comemorando, bebendo e afogando as minhas lágrimas, mas na verdade eu estava entrando nesse exato momento no meu apartamento para pegar roupas para passar um tempo na chácara. Nunca mais fico sem ler uma única mensagem no grupo da família Magalhães. Guardem essa palavra: NUNCA MAIS!

Entro no meu closet, pego uma mala que estava na parte de cima de um dos armários. Não levaria tantas roupas, pois pelo o que li, só iríamos passar o final de semana lá e depois voltaremos para casa.

Então, pego alguns vestidos, shorts, calças, tênis, roupas íntimas, blusas de manga, camisetas, um casaco e dois pares de biquíni porque eu obviamente vou entrar naquela piscina magnífica.

Após pegar tudo, confirmo se está tudo em ordem em minha casa e vou novamente para o carro enfrentar mais algumas horas de viagem.

Faz tanto tempo que não viajo dentro do estado de São Paulo que eu havia me esquecido como qualquer coisa fica muito longe uma da outra.

[...]

Cheguei na chácara o Sol já não existia, pois dava lugar para a linda lua no céu.

A música no fundo da casa era muito alta, tanto que eu na porta conseguia ouvi -la, mas era uma música boa de se ouvir.

Eu estava com a mala nas mãos quando a minha pequena Maitê veio correndo em minha direção.

- Titia!- ela me abraça apertado.

- Oi, meu amor! - a abraço de volta.

- Muito obrigada, tia. Você ajudou o meu pai a conseguir a minha guarda e agora eu não preciso mais sentir medo de ser levada para longe de vocês.

- Você nunca precisou sentir esse medo, pequena.

- Mas eu sentia mesmo assim. - ela me olha com aqueles lindos olhos verdes quase azuis.

Ela parece muito com a Eduarda em fisionomia, mas os olhos não tem como enganar à ninguém, são do Matheus.

- Prometo que nunca mais sentirá isso.

- De dedinho? - ela suspende o dedo mindinho.

- De dedinho. - confirmo juntando o meu dedo com o dela em forma de promessa. - Agora vai lá comemorar, essa festa é sua!

- Vou sim, tia. Até mais. - ela diz voltando a brincar com as crianças da família.

As crianças estão crescidas desde a última vez que as vi. Bella tem 6 anos, Lorenzo tem 4, Maitê 9 e as gêmeas tem 6 meses.

Subo para o meu quarto e coloco todas as minhas coisas lá. Eu queria comemorar? Sim, mas eu ainda sinto lá no fundinho do coração que eu não devia, que não era direito meu. Então, fico no quarto organizando minhas roupas naquele closet imenso.