• Chapter 20 •

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Voltei s2

Quando enfim Ally conhece os sogrões... ;)

Nada muito bonito de ver, entretanto. Enjoy.☆

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Suas pálpebras estavam incrivelmente pesadas e não sentia nenhuma pressa em abri-las. Ela tinha perdido sua rotina de exercícios de manhã há uma hora, seu relógio interno dizia isso a ela. Mas havia um pequeno peso sobre ela que não a permitia se levantar.

Mia.

Ally sorriu.

Ela se mexeu um pouco na tentativa de obter uma melhor sensação apenas de onde ela e Aurora estavam se tocando. Era a mesma coisa que da última vez: a cabeça de Mia estava deitada em seu esterno, o nariz roçando no peito esquerdo de uma maneira que fez Ally corar. A mão estava abraçada firmemente ao seu corpo de uma maneira que a loira estava amando. Suas pernas, completamente nuas, entrelaçadas de maneira tão íntima a ponto de Ally ter que mexer com sua própria para descobrir de quem era qual. Sua perna roçou uma das panturrilhas nuas da ruiva e ela prendeu a respiração quando Mia gemeu algo inteligível em seu sono antes de virar.

Finalmente, Ally piscou os olhos nublados. Ela piscou até que sua visão clareou e ficou olhando para frente. Seus olhos rolaram para a janela e a luz do sol que brilhava no quarto, fraturado e esmaecido das persianas e cortinas azuis bebê. Ela seguiu um fluxo de luz para uma parede próxima das fotos de Mia que Ally tinha visto quando ela visitou pela primeira vez o quarto. Seu olhar varreu curiosamente sobre o quarto da ruiva em uma tentativa de familiarizar-se com todas as pequenas coisas que ela tinha perdido na primeira vez que o visitou. No canto mais distante do quarto, escondido entre a parede e uma cômoda havia uma pequena coisa vermelha... o que parecia ser uma raposa de pelúcia. Allyson sorriu amplamente com o coração quente. Isso explicaria os hábitos de dormir dela.

Uma mão subiu para limpar o sono dos seus olhos, a outra enterrada no cabelo ruivo de Mia, massageando levemente o couro cabeludo. A noite anterior tinha sido muito melhor do que ela pensava que seria. Não houvera drama, nem brigas, nada mais do que beijos completos e a bunda de Aurora sob suas mãos. E acima de tudo isso, Mia a pedindo para ser sua namorada.

Fora enquanto ela estava um pouco embriagada, mas ela contava.

Exceto que meio que não poderia contar com isso porque antes de Ally conseguir responder, Mia já tinha dormido. E nenhuma delas tinha retomado aquele instante da conversa, antes de dormirem. Ally não tinha coração para isso porque ter uma menina em sua cama já era um choque para ela. E Mia... Ally não tinha certeza se Mia lembrava ou não. Quanto de álcool era necessária para um apagão e perda de memória da noite anterior? Ela não sabia e, certamente, não poderia pesquisar no Google com Mia dormindo pacificamente em seu peito com um braço possessivo em volta dela para mantê-la no lugar.

Ally suspirou, enchendo o peito de ar e encolheu levemente os ombros. Quanto mais longe ela ia naquela relação, mais à beira ela se encontrava. Ela estava naquele instante na casa dos Montgomery com os pais Montgomery no corredor e a cabeça de sua filha em seu peito. Sua filha lésbica, fato que eles eram, aparentemente, completamente ignorantes, se as suas suposições a permitiam pensar assim. Ela olhou para a porta, certificando-se de que estava trancada antes que ela pudesse respirar um pequeno suspiro de alívio. Mas seria de curta duração. Porque, eventualmente, ela e Mia teriam que se levantar e ela ia ter que enfrentar os pais da que, para o conhecimento de Ally do que Mia havia dito a ela­—não eram normais e bebiam mais do que em ocasiões sociais.

Desconfortável, ela agarrou a mão de Mia que estava em sua cintura e lentamente a puxou. Ela estava ficando inquieta e não queria acordar Mia por causa de sua ansiedade. Quanto mais pensava sobre sua situação, mais nervosa ela ficava. Ela estava na casa dos Montgomery, as pessoas que queimaram as bruxas, as pessoas com quem Mia não podia conversar sobre ela—como no inferno Ally supostamente lidaria com aquela situação?

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