𝐕𝐨𝐭𝐨 𝐏𝐞𝐫𝐩𝐞𝐭𝐮𝐨 (𝐕𝐨𝐥.𝟎𝟏)

15 - Beco diagonal

Nossas cartas de aceitação para o segundo ano em Hogwarts já haviam chegado, e Lúcio já tinha mandado a carta de confirmação da minha presença e da presença de Draco, o que era uma coisa boa, já que eu tinha grandes expectativas para esse novo ano que se iniciava.

Essas férias tinham sido diferentes; Draco e eu passamos um bom tempo juntos, o que nos aproximou bastante, deixando Narcisa cada dia mais animada, o que a fazia jurar que éramos perfeitos um para o outro, fazendo tirarmos várias fotos para levarmos de recordação para Hogwarts.

Draco estava treinando bastante para entrar no time de quadribol, então eu e Narcisa nos sentávamos todos os dias para assisti-lo, o que o deixava mais confiante. Eu também lia bastante para Draco, ainda mais quando ele se machucava, o que me fez dormir várias vezes no quarto dele e ir sorrateiramente para o meu durante a manhã.

Papai aproveitou que, nesse final de férias, eu ficaria com os Malfoys e foi em uma viagem de negócios. A proximidade dele e de Draco também havia aumentado; ele podia se enxergar em Draco, e isso causava um certo carinho por ele, mesmo que fosse à sua maneira. Draco ainda se mantinha contido com o meu pai, mas eu podia enxergar em seus olhos o brilho de entusiasmo quando meu pai o elogiava em alguma jogada que ele dizia ser brilhante, o que fazia até mesmo Lúcio soltar um pequeno sorriso de lado.

Hoje iríamos ao Beco Diagonal fazer as compras dos nossos materiais e de uniformes novos, o que estava deixando Draco e eu animados.

Logo escuto a porta ser aberta sem nenhum aviso, então já sabia que era Draco, pelo costume que ele havia adquirido nessas férias.

— Mamãe e papai já estão nos esperando no foyer — Disse, se jogando na minha cama.

— Só falta a capa e podemos ir — Me levanto para colocá-la. — Achei que iríamos só nós três hoje — falo, ajeitando com dificuldade os fechos da capa.

— Mamãe deve ter ameaçado papai para ir conosco — ele disse, se levantando e me ajudando a fechá-los.

— Então ele não deve estar de bom humor — falo com um pequeno sorriso, olhando-o.

— Acho que não, mas isso realmente não importa — fala, me olhando nos olhos e ficando vermelho com a proximidade. — Vamos, não queremos deixar ele ainda mais furioso — diz, se afastando, mas ainda assim olhando nos meus olhos.

Então, com um aceno de cabeça, seguimos para o foyer, logo vendo Narcisa passar as mãos pelo casaco de Lúcio, provavelmente querendo tirar qualquer ruga que pudesse existir, o que parecia estar deixando-o mais nervoso.