141 - Bem vindos a mansão Malfoy

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Eu não tive uma madrugada tranquila; eu conseguia me lembrar da dor e da tristeza, e do brilho verde que eu acredito ser uma maldição da morte

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Eu não tive uma madrugada tranquila; eu conseguia me lembrar da dor e da tristeza, e do brilho verde que eu acredito ser uma maldição da morte. Eu também acredito que não foi um sonho; eu nunca tive um sonho tão realista como aquele, e aquelas emoções não eram minhas: o orgulho, a frieza, o amor incondicional paternalista, mas totalmente estranho e inesperado.

Também acredito que papai não se emocionaria à toa; havia tristeza e raiva em suas emoções. A magia que ele usou para me fazer dormir foi tranquila como sempre, mas não apaziguadora, e eu me lembro de tudo o que aconteceu. Então, acredito que o que papai viu o deixou realmente desestabilizado a ponto de esquecer de apagar a minha memória.

Sim, papai sempre faz isso quando acha que eu não devo saber de algo, mas eu sempre sinto o vazio de saber que algo está faltando. Papai acha que é para o meu bem, mas, no fundo, ele está enganando a si mesmo; ele está com medo da verdade, do que eu vou pensar. A mentira que ele guarda parece estar se tornando grande demais até para ele mesmo.

— Você está bem, amor? — Draco pergunta, me olhando de rabo de olho.

Ele passou a manhã toda me rodeando, de olho, fingindo que não estava tão preocupado quanto gostaria de demonstrar.

Tio Rodolphus, Lúcio e Narcisa me olhavam da mesma forma: cautelosos e preocupados. E tudo ficou pior quando percebemos que papai não apareceria para o café da manhã. Então, Tinker me avisou que ele tinha saído logo depois de cuidar de mim e, até o momento, não tinha retornado, o que fez a minha pele se arrepiar.

— Só foi um pesadelo, Draco; eu estou bem — Falo, lhe lançando um pequeno sorriso.

— Eu não vou quebrar se você me disser o que realmente está acontecendo, Lynx. Sou seu marido e, antes disso, seu melhor amigo... O que foi que você viu que te deixou tão assustada e fez Bart soltar literalmente lágrimas de tristeza? — Draco pergunta, vindo se sentar à minha frente.

— Eu não consegui ver nada além de um brilho verde; eu só conseguia sentir medo, dor e tristeza, mas não eram meus sentimentos, ao menos não todos — Falo, soltando um suspiro. — Eu também não entendo o que aconteceu; provavelmente papai sim, mas ele sumiu, então eu não sei o que era para eu ver, nem sei se aquilo foi realmente um pesadelo.

— Você parecia desesperada, Lynx; eu nunca te vi daquela forma. Você gritava e se debatia como se estivesse presa. Você murmurava que queria abrir os olhos para ver, mas era óbvio que não conseguia — Draco fala, me olhando sério.

— No sonho, vamos chamar assim, eu não conseguia ver nada; era tudo escuro, como se eu estivesse com os olhos fechados. Foi horrível não ter controle sobre meu corpo; eu tentava abrir os olhos, mas era como se algo me impedisse. Não foi uma sensação agradável — Falo, acariciando Fawkes.

𝐕𝐨𝐭𝐨 𝐏𝐞𝐫𝐩𝐞𝐭𝐮𝐨 (𝐕𝐨𝐥.𝟎𝟏)Onde histórias criam vida. Descubra agora