|CAPÍTULO:18|

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Sophia

Assim que acordei, tratei da minha higiene matinal e preparei uma sanduíche de fiambre e queijo que fui comendo no taxi que me levava até ao hospital. Quando lá cheguei, me dirigi ao quarto do meu pai, que por acaso já está acordado. Parecia que estava a dar um sermão à enfermeira.

- Oi. - Disse entrando no quarto. - Bom dia. - Disse para à enfermeira que assentiu e logo em seguida fui dar um beijo e um abraço bem apertado no meu pai.

- Oi, minha flor. - Disse retribuindo o abraço e beijo. - Sentiu saudades?

- Muita... - Disse o soltando. - É impressão minha ou o senhor estava dando um sermão à enfermeira? - Perguntei com um leve sorriso.

- Ela estava a precisar. - Disse num tom meio brincalhão, me fazendo sorrir.

- Tadinha dela.

- Tadinho eu que tenho que ficar nesta cama sem poder me levantar e ainda ter que aturar comportamentos errados.

- Tá bom, papai. Eu acho que vou mudar de lado. - Falei sorrindo.

- Acho melhor. Agora vem aqui. - Puxou - me para um super abraço apertado.

{...}

Depois do hospital fui para empresa. Entrei na minha sala e vocês não imaginam com o que foi que eu me deparei... um enorme buqué de jasmim em cima da minha mesa. Fiquei divida entre pegar aquilo e jogar fora ( por conta da minha alergia ) Ou chegar perto para conferir quem as enviou. Quando estava prestes a decidir, o telefone na minha mesa chamou, atendi ao segundo toque.

- Senhor?! - Indaguei após atender.

- Venha pra minha sala com aqueles documentos, por favor. - Sua voz era calma e serena.

- Sim, senh... - Minha frase foi enterrompida por um espirro. - Desculp... - De novo.

- Traga logo. - Disse desligando em seguida.

Ainda espirrando, peguei nos documentos e fui até a sala dele. Bati na porta e entrei assim que me foi dada a permissão.

- Bom dia, senhor. Aqui estão os documentos. - Disse o entregando.

- Obrigado. Já pode sair. - Disse sem sequer olhar em meus olhos. Ele parecia diferente.

Reconheço que fui rude demais da última vez que conversamos, e isso me estava a sufocar naquele momento. Eu precisava me desculpar.

- Senhor, eu...

Fui enterrompida pelo som da porta sendo aberta, quando me virei encarei aquela mulher, ou melhor a " namoradinha" dele. Naquele instante não me restou outra alternatíva a não ser sair.

- Com licença. - Disse me retirando.

A medida que eu andava até à porta, pude perceber o olhar cruel da mulher em mim, apenas me contive e segui o meu caminho.
Parei na porta da minha sala, apenas encarando o buqué.

- Gostou delas? - Uma voz familiar tirou - me do transe. Virei - me para o encarar.

- Bom dia, senhor Dan... - O espirro atrapalhou a minha fala outra vez.

- Saúde! - Exclamou ele.

- Des... desculp. - Esperei de novo. Isso já estava a se tornar cansativo.

Afastei - me da porta para ver se os espirros diminuiam, e graças a Deus assim foi.

- As flores são lindas, só que tem um problema... - Sua expressão tornou - se curiosa. - Eu sou alérgica a elas.

O Babaca Do Meu Chefe ( Sem Revisão )Onde histórias criam vida. Descubra agora