Evitando Compromisso ( Concluída)

Machucada

Meredith

Quando abri aquela porta e o vi, meu corpo simplesmente gelou, de repente, parecia que eu estava sem a gravidade no meu corpo. Ele perguntou gentilmente, com um brilho nos olhos (que saudade que eu estava daqueles olhos) se poderíamos conversar. Por um lado, sei que no fundo da minha, o meu maior desejo naquele momento, era de pular em seus braços e dizer que sentia sua falta; por outro, queria muito conversar com ele; e pelo meu lado orgulhoso que tomou a maior parte, recusei a conversa com frieza nos olhos.

Desde o início da reunião com a Bailey não prestei atenção em nada, minha mente revivia momentos antes;onde eu vejo Derek na porta, onde eu deixo ele na porta negando falar e olhar pra ele. Por mais que ele tivesse insistido, não quis ouvir nada do que ele queria dizer.

Sai da sala, pronta para o trabalho, não pensarei nele, nem mesmo me lembraria que ele está aqui em Seattle. Mas, durante todo o tempo, até mesmo nas cirurgias; em nenhum mísero segundo Derek Shepherd saiu da minha cabeça, talvez tivesse sido mais fácil se ele parasse de me ligar a cada cinco minutos; e esquivava dele quando o via por perto, porém ele ficou persistente, e a cada lugar que eu ia, alguém falava "Dr.Shepherd está te procurando".

Fisicamente e mentalmente falando eu estava exausta. Entrei no carro, respirei de alívio por ter chegado ao fim do dia sem cruzar com ele pela segunda vez no mesmo dia. Enquanto dirigia uma pequena coisa me intrigava: há quanto tempo Derek estava aqui? É claro que ele voltou quando estava em Los Angles,mas por que ninguém me contou?
Meus questionamentos são interrompidos quando algo bate com muita força na traseira do meu carro,me fazendo bater a cabeça no volante. Meu coração acelera de susto, desci do carro pra ver o que tinha me atingido; tinha sido um outro carro, um cara veio correndo em minha direção se desculpando e perguntando se eu estava bem.

— Eu sinto muito,eu perdi o controle da velocidade!— o cara estava muito nervoso,eu que taquei a cara no volante não estava tão nervosa. Eu o acalmo dizendo que estava bem — Você está sangrando! Quer que eu chame uma ambulância ?— disse apontando para minha testa. Passei a mão que ficou ensanguentada também. Falei que não precisava chamar nenhuma ambulância e entrei no carro.
Olhei pelo pequeno espelho do carro o corte, tinha sido só superficial mas precisava de pontos, se eu chegasse em casa assim Maggie iria surtar, então não tive escolha a não ser voltar pro hospital.

— Dr.Grey o que aconteceu?— perguntou a interna, Heather, que vinha correndo em minha direção assim que entrei na emergência.

— Eu bati a cabeça no volante,eu só preciso suturar isso aqui.

— Precisa de uma tomografia— fala enquanto examina o corte.

— Não preciso fazer um tomografia foi superficial.— Ainda intrigada, disse pra mim esperar sentada em uma das macas e saiu. Eu estava prestes a me suturar sozinha, minha paciência estava se esgotando.

— Meredith? O que aconteceu?— Ótimo, a pessoa na qual eu passei o dia todo fugindo estava aqui na minha frente. Olhei furiosa pro interno que veio atrás dele.

— Eu não preciso de um neuro cirurgião por causa de um corte na testa.— falo ainda furiosa olhando pro Derek .

— Ela bateu a cabeça no volante do carro— interrompeu Heather e olhei mais feio ainda.

— Precisa de uma tomografia— disse Derek.

— Eu não preciso de uma tomografia — contrario. Derek pede pra interna sair, ela obedece e em seguida ela fecha a cortina.
Ainda em silêncio, ele coloca as luvas.

— O que você está fazendo?— pergunto quando ele aproxima as mãos pra minha testa e eu afasto meu rosto de leve.

— Eu sei que está com raiva de mim,e você tem todo o direito de estar com raiva; mas você acabou de bater a cabeça em um volante e sua testa está machucada;eu sei que você sabe que precisa fazer uma tomografia...eu só quero ajudar.— não digo uma palavra, só concordo com a cabeça. Enquanto suturava, observava seu rosto que estava tão perto de mim...conseguia sentir seu cheiro, algumas vezes, ele olhava no fundo dos meus olhos e sorria de canto, quando fazia isso, sentia borboletas no estomago.

Depois que fiz a tomografia, que deu limpa, entrei em um quarto de paciente para poder tirar aquela camisola do hospital que tive que por. Quando já tinha terminado, Derek entrou no quarto fechando a porta atrás de si, mais uma vez, não consegui dizer nada.

— Eu...— começou a falar — Eu sabia que você não queria ir pra Washinton,e queria ir... Mer eu tive que fazer uma escolha, e escolhi errado, eu achei que D. C era tudo, e eu estava errado. — Um nó se formou na minha garganta e meus olhos começaram a se lacrimejar. — Você é tudo,eu te amo, e eu não consigo para de te amar, quando eu não estou com você é como se eu me afogasse de novo; eu não consigo ficar longe de você...— Vi lágrimas escorrendo em seu rosto, sem conseguir segurar, mais lágrimas quentes e silenciosas escorreram pelo meu.

— Derek...— finalmente consigo dizer alguma coisa— Eu não consigo fazer isso de novo,eu simplesmente não posso...