Ciúmes

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Meredith

O Natal passou e já é quase ano novo, não é novidade que em tempos assim, por aqui aparece gente machucada de todos os modos inimagináveis.
Como eu não estava mais fugindo dele, via Derek pelo hospital com muita frequência, mas nunca falava ou me aproximava. Ocasionalmente pegava ele me olhando de longe, com olhar desejável[...] eu também tirava proveito e dava minhas breves olhadas despercebida.
Algumas vezes, entre minhas olhadas acidentais; ficava nítido que Renne já dava em cima dele com unhas e dentes, como se ele fosse um pedaço de carne; isso nunca me incomodou, nem quando estávamos juntos, mas agora me causava um incômodo a ponto de me proporcionar raiva.

Cristina queria que eu fizesse sexo com qualquer pessoa do hospital só para eu esquecê-lo, deu como exemplo os internos que davam em cima de mim. Na verdade eu achava engraçado a maneira que eles me paqueravam e como eram destrambelhados e embaraçosos quando vinham falar comigo,mas nunca faria sexo com algum deles. A não ser que um deles seja moreno, de olhos azuis, robusto, beije suave e amorosamente e que me faz arrepiar só de olhar...

— Pode ser qualquer um Mer...— Cristina ainda tenta me convencer

— A gente pode parar de falar da minha vida sexual pelo menos na hora do almoço?

—Você só precisa escolhar um.

— Eu não quero ficar com nenhum deles Cristina, olha pra eles... são internos...

— E um deles está vindo pra cá— um interno moreno de olhos claros vem em nossa direção. Sem enrolação ele me convida pra ir no Joe está noite.

— Ela aceita— Cristina responde por mim e o interno volta pro lugar satisfeito.

— Eu vou te matar Cristina.

— Aproveita...

[...]

— Curtiu o interno?— Cristina chega em mim animada.

— Ele é legal...— falo em tom de desânimo lembrando da noite passada.

— E o sexo? Foi bom,ruim?— indaga

— Normal...

— Normal?

— Normal.

Ela não parece satisfeita com as minhas respostas, mas não ficou me rondando, isso era uma das coisas que eu mais gostava nela. Não queria entrar em detalhes sobre a noite passada, muito menos falar que vi o Derek e a Renne de mãos dadas no bar.

Derek

Ela está tão perto e tão distante ao mesmo tempo; como eu à queria de volta.
Pensei em voltar pra Washington já que Meredith não vai me perdoar, mas, não queria ficar longe dela de novo; talvez, se algum milagre recair sobre o universo, ela me perdoe, até lá , gostava de olha-la de longe; andando pelo hospital; às vezes flagrava suas risadas e as admirava, o jeito que o cabelo esvoaçava quando corria. São essas pequenas coisas que alimentavam ainda mais o meu amor por ela; ela é viciante pra mim. Bom, agora, aparentemente, não só pra mim, pra alguns internos também...

— Esses internos são desocupados ou é impressão minha?— comento com Mark enquanto observava um deles rodeando a Meredith.

— E você está com ciúmes, ou é impressão minha?

— Não sinto ciúmes.

— A Meredith e você não tem mais nada, ela tá seguindo em frente, e você tem que fazer o mesmo.

— Esses internos são tão atrapalhados. Ela não ficaria com um deles, ficaria?

— Derek você ouviu o que eu disse?

— O que? O que você disse?

— Ah,esquece.

Assim que terminei o turno, Mark terminou o seu também e me chamou pra ir no Joe

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Assim que terminei o turno, Mark terminou o seu também e me chamou pra ir no Joe.
Assim que chegamos, me deparei com a Meredith, mas ela não estava sozinha, estava conversando alegremente com um interno, reconheci que era o que tinha visto pela tarde. Ignorei que tinha visto eles e sentei em um canto bem distante junto com Mark ,porém ainda dava para avistá-los.
Bebia e conversava com o Mark, até que alguém inesperado apareceu.

— Olá rapazes— cumprimentou Renne quando estava perto o suficiente . Mark deu um sorriso e começou a tirar proveito.

— Renne, que bom que você veio— nunca vi Mark tratando ela daquele jeito. E não acreditava que ele à chamou. — Eu vou buscar mais bebidas— Ele saiu me deixando sozinho com a Renne, que se sentou onde Mark estava.
Sem muita escolha comecei a conversar com ela, pela primeira vez em muito tempo, conversou comigo como se fôssemos apenas colegas, nada de comentários desnecessários.
Durante aquela conversa com a Renne meus olhos se voltavam para a Meredith e seu "par”, aquilo me embrulhava o estômago.

— Não quer pedir outra bebida?— perguntou Renne com um olhar sedutor, e em seguida pegou na minha mão.

— Não, já bebi o suficiente— respondo gentilmente, mas tiro a minha mão de perto da dela. — E você?

— Eu quero sair daqui[...] quer vir comigo? Quando ela me fez essa pergunta, olhei novamente pra Meredith, mas ela estava saindo com o acompanhante.

— Eu...tenho que ir pro hospital...ver um paciente. Desculpe.— foi a primeira desculpa que consegui pensar no momento. Ela não ficou nada contente. Eu ainda não estava pronto pra desistir da Meredith, não estava nem perto disso.

Evitando Compromisso ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora