Você quer as águas cristalinas
Aquelas que lhe permitem ver cada obstáculo
Anseia saber se é raso
Precisa ter a certeza antes de cada atoE esse é o problema
Você deseja saber que riscos poderá correr
Então como julga ser capaz de me amar?Eu sou as águas densas e obscuras
De raso em mim, só há a doçura
Sou salgada, e por vezes amarga
Meu gosto não é doce, mas dele ninguém se esquece
E não queira saber, o porquê isso aconteceA tempestade se atrai por mim
Minhas ondas devastam cidades
Conheço corações que queimam
Mas o meu não perece no fogo
Pois está inundado de amorO amor que nos outros sinto falta
Aquele que vejo faltar em você
Pois veio até mim, buscar refúgio
Mas eu estou longe de ser zona de confortoEm mim não encontrará calmaria
Sou um mar inteiro de impulsividade
Então se necessário, deixe a cidade
E retorne quando a paixão devorar seus medosVenha a mim pronto para se afogar
Porque se apenas tentar, meu amor lhe matará
E no fim, não terá ninguém para culpar
Além de você, que não soube me amar.
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Confissões Levadas Ao Vento
PoesíaAprendemos a ouvir a razão e a calar o coração. Quando falamos por meio da razão... Articulamos tão bem que enganamos qualquer um. Isso nos faz parecer sábios e atraentes. Mas quando falamos com o coração... Falamos tão enrolado que poucos entendem...