Rastejo sobre as lâminas do machismo
Corro contra o vento da desigualdade
Mergulho no mar de negligênciaE ainda assim, sigo de pé
Porque apesar de sangrar, cansar e me afogar
Ainda assim, tenho forças pra continuarEu não paro
Não por você
Não pelo mundo
Não por ninguémMeus limites apenas eu crio
Os seus eu elimino
Porque não são suas correntes que irão me prender
Então não espere que eu vá me renderMinha garganta pode secar de tanto gritar
Mas não vou desistir de lutar
Porque sou mulher
Não sou Amélia, mas sou de verdade
E não me ajoelho diante de sua crueldadePode me matar se quiser
Mas não se esqueça que saiu do útero de uma mulher
A mesma que chora por sua dor não ter valor
Será essa a mesma que você ceifouMereço ser amada
Não humilhada
Então só venha falar comigo, quando a impunidade se resumir a nada.
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Confissões Levadas Ao Vento
ŞiirAprendemos a ouvir a razão e a calar o coração. Quando falamos por meio da razão... Articulamos tão bem que enganamos qualquer um. Isso nos faz parecer sábios e atraentes. Mas quando falamos com o coração... Falamos tão enrolado que poucos entendem...