Capítulo Dois: Pessoas Educadas

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Aparentemente Win o odiava sem motivo algum, ou Bright havia feito alguma coisa? No fundo ele não sabia o que fazer, queria se aproximar e não sabia como.

Começou então a se aproximar de todos ao redor de Win e conseguir informações sobre ele. O tempo passou e ele ainda não tinha conseguido nada.

Win era o típico cara careta, que chegava na hora e só iria embora horas depois que o expediente acabava. Era muito focado e calado, nada parecido com o cara animado da balada aquele dia.

Como nenhuma tática de conversa decente fazia Win se abrir, Bright decidiu apelar para seu lado imaturo e começar a irritar o outro até que trocassem no mínimo uma palavra.

— Oi.

Ele não respondeu, nem ao menos o olhou. Mas Bright não iria desistir, ele sabia como irritar alguém, seus amigos diziam que era um dom, então ele tinha que funcionar agora.

— Normalmente pessoas educadas respondem quando alguém fala. — E ali estava ele, encarando Bright como se o que ele acabara de dizer tivesse sido como um  soco, sua expressão estava estranha.

— Oi.

— E ele fala! — A gargalhada de Bright ecoou pela sala, minutos antes silenciosa. — Achei que teria que roubar outro caso seu, para você finalmente falar comigo.

Win se mexe na cadeira, parece desconfortável, mas apoia a postura e cruza os braços para encará-lo. Bright devia ter tocado num assunto delicado, mas ele já tinha falado e não tinha como voltar atrás.

— Você se acha, não é?

— Sim.

— Eu preciso trabalhar, ao contrário de alguns eu trabalho de verdade e não fico rondando pelo escritório conversando com Deus e o mundo. — Win parecia irritado de verdade e Bright tentava não sorrir porque enquanto ele respondia as suas orelhas estavam muito vermelhas.

— Tudo bem, você tem que trabalhar duro mesmo, porque senão alguém que conversa com Deus e o mundo pode acabar roubando o título de melhor advogado daqui. 

Win piscou várias vezes, como se tentasse processar o que acabara de ouvir. Sim, Bright falou entre linhas para ele tomar cuidado se não roubaria seu lugar e aquilo claramente o irritou.

— Até mais, Win.

Como Bright tinha saído da sala do outro e falado aquilo tudo sem ter algum tipo de ataque cardíaco, era um mistério. Agora na sua sala ele respirava um pouco com dificuldade, Win tinha falado com ele, bem não tinha sido um diálogo, estava mais para uma troca de insultos, mas ele havia tomado coragem e falado. Ele estava no céu.

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