Where Do You Think You Are Going?

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Honestly, i know where you're going

And i'll still love'u even if can't

See'u anymore









P.o.v's Will

-Oh, já ia me esquecendo, tenho que ir más da próxima eu trago um presente pra você, jaja eu volto - falei antes de sair do quarto onde Nico estava. Dei alguns passos pelo corredor em direção a saída e parei ao batente da porta, olhei pra cima e respirei, tinha que fazer isso toda vez que tivesse vontade de chorar, nunca dá certo más foi o que disse meu terapeuta. Abaixei a cabeça lentamente e limpei as lágrimas dos meus olhos e fui rumo a recepção pegar o ticket do estacionamento

- Oi Will, como foi a visita - falou Allie, a atendente que já estava acostumada com a minha presença regulat no local

- O mesmo de sempre Allie, vou ter que sair rápido hoje, tenho que ir a um casamento - falei mostrando o terno que estava usando

- Que bom, tenha uma Boa Noite e até semana que vem - disse ela me entregando o ticket e acenando. Agradeci e saí com pressa, estava um pouco atrasado más não estava me importando muito com isso, a cidade era pequena e eu poderia facilmente chegar ao local em 5 minutos. Não que eu estivesse com vontade de ir, depois de tudo que aconteceu eu fiquei em um estado um tanto quanto adormecido, como se uma parte importante de mim, aquela chama que me aquecia e me fazia sentir milhares de sensações boas fora trancada dentro de uma caixa de vidro, e tudo que eu posso fazer é assistir ela apagar. Continuei dirigindo por um certo período de tempo, até que eu cheguei ao local do casamento. Era uma daquelas chácaras pequenas onde se realizavam eventos particulares pequenos, entrei devagar observando um pouco do movimento das pessoas e fiquei aliviado em saber que eram menos de 30 pessoas, a grande maioria eram caçadoras, já a outra parte eram os amigos de sempre. Léo e Jason, que agora estavam namorando, Lucas... ops... Luke estava andando em círculos bem devagar, como se estivesse um tanto ansioso e Íris, que estava parada à um canto observando tudo com um olhar sereno e calmo. Léo me viu de longe e acenou com um olhar de pena que eu já estava me acostumando a receber das outras pessoas. Eu era o sobrevivente da trágica história de amor, e todos tinham pena de mim eu já estava ficando cansado disso. Ascenei em retorno e fui para um canto mais afastado, ficando aos redores apenas observando, tão distraído que nem cheguei a ver Íris se aproximando

- Olá Will, como ele está? - perguntou ela sem rodeios

- Do mesmo jeito de todas as vezes, continuo falando com ele, más não há nenhum sinal em resposta - falei sentindo uma leve pontada no peito

- Vocês dois passaram por muita coisa garoto, dê tempo ao tempo e as coisas se acertarão - disse ela enquanto olhava o vai e vem das pessoas

- Doi de mais ver ele daquele jeito - disse a ela enquanto enxugava uma lágrima silenciosa que escorria pelo meu rosto

- Will, você é um guerreiro, lutou uma batalha enorme e teve suas perdas, é normal sentir dor - falou ela olhando para mim, pegando no meu ombro e saindo logo em seguida, me deixando alí com aquele sentimento ruim

- Aceita uma bebida senhor? - perguntou o garçom se aproximando de mim com uma bandeja cheias de taça de vinho. Olhei para um delas e fiquei pensativo, estava mesmo precisando de um anestésico. Peguei logo duas e comecei a andar enquanto sentia o sabor amargo adocicado da bebida em minha boca. Não estava acostumado a bebida, más todo mundo começa de algum lugar né? Agora era a minha vez.

- Eae Will, ta tudo ok por lá no hospital? E você, como está se sentindo? - perguntou Léo que havia chegado sozinho até mim

- Não tem muito o que dizer Léo, eu só não sei por quanto tempo mais vou aguentar isso - falei enquanto entornava minha última taça

- Fique forte cara, ele vai sair dessa, só tem que esperar mais um pouquinho - disse ele se afastando em direção às cadeiras, por que pelo visto a cerimônia já estava para começar. Segui o mesmo caminho que ele, parando apenas para pegar mais uma taça de vinho. Fui lentamente até uma cadeira mais afastada no canto, me sentando na última fileira enquanto observava tudo acontecendo. Annabeth em um vestido simples e deslumbrante, e Luke emocionado ao altar. E foi alí que eu desabei, levantei em silêncio e fui saindo bem devagar dizendo aos poucos que viam que precisava urgentemente ir ao banheiro, quando na verdade, não conseguia suportar assistir aquele ato de amor quando Nico estava daquele jeito, principalmente a forma como o mundo continua girando e eu fico parado aqui. E como um clarão subto, decidi que precisava ver ele, precisava falar com ele, precisavar abraçar ele e estar com ele. Fui em direção a saída aos tropecos, e foi aí que senti uma mão segurando meu braço me impedindo de entrar no carro

- Aonde você pensa que vai? - disse Léo me puxando para trás

- Me solta Léo, eu preciso ver o Nico - falei quase aos prantos

- Ei, se acalma, eu não tô aqui pra te impedir não, eu só não vou deixar você ir sozinho - falou ele pegando a chave da minha mão e entrando no carro

- Vai ficar parado aí ou eu posso ir sozinho? - falou ele fechando a porta do carro

Nem respondi, apenas entrei no carro e fiquei tendo alguns devaneios enquanto a viagem seguia noite a dentro. Chegando no hospital, fui o primeiro a descer, fui para dentro ignorando os chamados das recepcionistas, percorrendo o caminho que apelidei de rota para o meu sofrimento. Quando finalmente cheguei ao corredor do quarto de Nico eu senti um arrepio, abri a porta do quarto e lá estava Nico, se debatendo e engasgando com o tubo que o ajudava a respirar

- ALGUÉM! AJUDA!

Gritei porta a fora com toda a força que pude. E como mágica um médico apareceu

- Isso, isso garoto, você consegue - disse ele me afastando e indo em direção a ele

- Ajuda ele, ele está sufocando, por favor ajuda ele - falei sem conseguir controlar o desespero

- Não, não, ele não está sufocando, ele está rejeitando o tubo - disse o médico desligando o respirador, e tirando o tubk logo em seguida

- Más ele precisa disso pra respirar! - falei sentindo uma pontada de agonia

- Não mais, se ele está rejeitando o tubo, quer dizer que ele já consegue respirar sozinho - disse ele ajeitando Nico na cama, que agora parecia mais calmo

- Isso é bom não é? - perguntei um tanto receoso

- Isso é ótimo, agora só depende dele para voltar pra nós - falou o médico dando um tapinha em meu ombro e saindo em seguida. Fui devagar até Nico que parecia estar dormindo novamente e comecei a falar

- Nico, por favor fica comigo

- Não sei se aguento ficar neste mundo sem você

- Só não desista de mim, e eu prometo que também nunca irei desistir de você

- Eu não estou me despedindo Nico, más você está livre para ir se você quiser - falei enxugando as lágrimas do meu rosto, me levantei e olhei ao batente da porta e lá estava Léo, parado com os olhos marejados. Me levantei e fui até ele que abraçou de forma leve, e foi aí que eu escutei algo

- Will... É você? - disse Nico com os olhos abertos do outro lado do quarto.

- Sou eu sim meu amor - falei correndo até ele com lágrimas nos olhos

- Eu tive um sonho... Muito estranho, sonhei que você ia embora - falou ele tentando se ajeitar na cama

- Não, não, foi só um sonho, eu nunca irei embora - falei rindo e acariciando seus cabelos

- Promete ficar comigo pra sempre ? - falou ele com uma voz cansada

- Sim Nico, eu prometo - disse a ele que abriu um sorriso

Selei os nossos lábios em um movimento rápido e fiquei alí, sentado segurando a sua mão, me deliciando na ideia de ficar com ele para sempre...



















Nunca Mais Voltarei à Amar - SolangeloOnde histórias criam vida. Descubra agora