Carnal ⛓️ BDSM

prólogo

Esse prólogo é um tanto longo, mas apenas para não ficar vários enrolando para entrar no ritmo. Para quem leu a One em que essa fanfic foi derivada em Devillete, precisa ler esse prólogo também, porque muitas coisinhas foram adaptadas para a fanfic. É isso, boa leitura :)

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— Você não ouviu? — Jennie engoliu em seco, tentando segurar as lágrimas que tentavam surgir em seus olhos. — Jen, princesse?

A garota começou a chorar sem controle, deitando o rosto entre as mãos. Desesperada.

Era perfeito. Pierre era perfeito até o último fio de cabelo loiro. Eles se conheceram da forma mais romântica: em sua cidade, Paris, na fashion week a dois anos atrás, bem quando o CEO criativo da Gucci abraçava seu pai: O empresário multimilionário do marketing empresarial de várias empresas no ramo do entretenimento, inclusive, uma parte da Gucci, na qual ele era modelo.

Nas poucas horas que ele tinha livre, andou com ela por toda Paris, a apresentando os lugares sem saber que ela era de fato, metade francesa. Pierre era um pouco mais velho, o suficiente para ter a maturidade que ela gostava, sem ser estranho — Ela não gostava muito de age gap — tinha interesses parecidos com os seus, se dava bem com seus amigos e era gentil e precioso com ela sem ser grudento. Era alto, cerca de 1,80 com pele branca com pintinhas bonitas de sol, olhos azuis como o oceano e cabelo cacheado e loiro. Ele tinha até aprendido coreano por ela, e apreciava cada detalhe de sua luta por para se provar. As vezes, até mesmo estudava com ela para suas provas da faculdade, mesmo que ela fosse uma Herdeira que não precisaria trabalhar nunca se não quisesse.

E depois de dois anos maravilhosos juntos, ele segurava um cadeado nas mãos horas antes de um voo para França. 

Sim, ele era perfeito ao ponto de lembrar da coisa idiota que ela disse sobre querer ser pedida em casamento na ponte dos cadeados. Pierre era um namorado incrível em todos os aspectos. Menos um.

A dois anos eles estavam juntos. E a dois anos Jennie não tinha um orgasmo.

E o que era pior do que ser pedida em casamento no mesmo dia em que planejava confessar a falta de aptidão sexual ao namorado?

— Eu s-sinto muito, Pierre. — Ela chorava, lábios tremendo e respiração descompassada. — Eu queria... te dizer algo... e eu... você é incrível, e eu amo você. Desculpa, desculpa!

Ele simplesmente a abraçou, sem ter certeza do que fazer além de conforta-la. A puxou para seu colo, afastando os fios castanhos do rosto suado. 

— Jennie, ma fleur. Je ne supporte pas de te voir comme ça, chérie. Dites-moi ce que je peux faire, s'il vous plaît. Dis-moi, dis-moi ce qui s'est passé?

trad: Minha flor. Não suporto ver você assim, querida. Diga-me o que posso fazer, por favor. Diga-me, diga-me o que aconteceu?

— Você é tão perfeito, mon amour. Eu não aguento mais, eu preciso te dizer...

— Então diga-me, querida. Diga-me, amor. Qualquer coisa que seja, sei que podemos melhorar. Você não quer se casar, é isso? Não precisamos, amor. Esperarei o tempo que for preciso. Não fique assim, meu coração corta ao te ver chorando, amor...

Ela mexeu a cabeça como não diversas vezes, nervosa e assustada.

— Pode falar. Tá tudo bem. Sou eu, não é? Seu pipi.