três.

308 40 38
                                    

Erguendo-se de leve, mordeu Jimin no queixo e então virou o rosto para lhe dar beijinhos no pescoço. O piercing em sua boca resvalando contra a pele dele.

— Como daquela vez? — quis saber, a antecipação lhe fazendo cravar os dentes no lábio inferior porque tinha sido tão bom.

Voltando a sentar, apoiou seu peso contra a mão que pousou no chão de madeira laminada para poder continuar avaliando as expressões do mais velho.

Park Jimin era como um Botticelli. Uma criatura nascida para estar nua, envolta em não mais que linho diáfano.

Duas tranças pequenas em uma das laterais do cabelo loiro na altura do queixo, presas por cetim. Margaridas nos brincos que usava. Blusa de seda caindo por um dos ombros.

Jungkook sorriu para a memória de como tinham se conhecido, em uma plataforma de arte digital. Park Jimin era o autor das gravuras em escala de cinza mais perturbadoras que já contemplara. Quase todas manchadas por escarlate. Como se papoulas sangrassem a partir de segredos improferíveis.

— Eu gostaria que sim — Jimin abraçou as panturrilhas ao dizer, trazendo os joelhos para perto do rosto e deitando uma das bochechas fartas sobre eles.

voyeur 🎨 jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora