— Vamos fazer o seguinte. - falei enquanto recuperava o fôlego. - Só vamos para o hospital, quando a bolsa estourar. A obstetra avisou que não teria chances de nascerem antes do dia marcado.
— Mas eu não gosto de ver você sofrendo com as contrações. - diz enquanto abria a porta. - Vai que no caminho, a bolsa possa estourar e não vai demorar muito para ser atendida. São três bebês, S/n. Tenho medo de perder vocês.
— Não vai acontecer nada com nós, meu bem. - beijo a ponta de seu nariz. - Já sabemos que eles possam nascer até o final da semana, e se caso formos novamente ao hospital, eles podem me deixar internada antes do tempo.
Horas depois...
S/n pov
Estava assistindo um filme, quando as contrações começaram novamente. Procurei uma posição na cama, e depois de umas cinco tentativas, obtive sucesso.
— Vocês fiquem calmos, que não está na hora. - falo acariciando a barriga. - O pai de vocês, já está paranóico o bastante e não estou afim de ficar quatro dias em um hospital, sem necessidade.
O filme acabou e estava procurando outro, quando meu estômago começou a roncar. Wooyoung, estava na sala, jogando videogame em call com o San, e nos comunicamos aos gritos, mensagem e por ligação. Mas para não o assustar, decido ligar. Não deu nem três toques, e ele atendeu.
Ligação on
— Diga meu amor.
— Fome.
— O que quer comer? Eu faço ou pego aqui na porta.
— Ok, vou pedir algo aqui para nós dois.
— Certo, e você, esta bem, precisa de mais alguma coisa?
— Estamos bem, não se preocupe. Pode voltar a jogar.
— Me avisa quando pedir.
— Tá
Ligação off
[...]
Depois de comer mais um pedaço de pizza, estava satisfeita. Sentia como se minha barriga estivesse sendo cortada, mas era por está esticando. Comi além da conta.
— Esta satisfeita?
— Sim. - falei com dificuldade. - Comi muita coisa.
— Três cochas de frango frito, quatro pedaços de pizza, duas porções de macarrão com queijo, dois hambúrgueres e duas latas de refrigerante. - Diz Wooyoung, rindo. - Você comeu quase o que comia antes, o problema é que seu estômago não tem mais espaço para expandir.
— Eu nem deveria está comendo tanto assim, porque só eu sei o que sinto quando termino de comer. - senti o sono começando a bater. - Daqui a pouco, a natureza me chama.
Os dias se passaram e na sexta-feira pela tarde, estava arrumando meu cabelo, quando senti algo molhado escorrer pela minhas pernas no banheiro.
— WOOYOUNG.
Gritei por meu marido, enquanto tentava manter a calma e ir para o quarto sem escorregar. Assim que sai do meio da "poça d'água", fui até o closet e peguei um dos meus vestidos.
— S/n, o que aconteceu? - Wooyoung, apareceu nervoso no quarto. - Esta na hora?
— Sim, a bolsa acabou de estourar. - já estava vestida, e pegando uma máscara.
— Ai meu pai, me ajuda nesse momento. - Wooyoung, vai até a cabeceira e pega a carteira e o celular. - Meus filhos irão nascer.
[...]
Assim que chegamos no hospital, fui levada imediatamente para a sala de parto, já que seria feita uma cesária de emergência.
— Wooyoung, segura minha mão. - pedi ao meu marido, que estava ao meu lado, mais nervoso que eu, mas não exitou em segurar minha mão com força.
Depois de alguns minutos, que mais pareciam horas, nossos bebês nasceram. Dois meninos e uma menina, fortes e saudáveis.
— Eu te amo, S/n. - Wooyoung, falou entre lágrimas, enquanto alternativa o olhar para as crianças e para mim.
— Eu também te amo, Wooyoung. Mas acho que ja deu por aqui, não é. - falo rindo. - Doutor, não tem como fazer uma laqueadura? Meu medo é que venha mais três.
Mesmo estando naquela situação, acabo fazendo piada.
