Pedidos 03

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anneluvchoisan

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anneluvchoisan

[...]

San pov

--- Demitido? Eu não posso ser demitido. Eu não fiz nada de errado!

Eu não acredito no que está acontecendo. Não faz nem uma semana que recebi uma promoção, e agora perdi meu emprego, por conta de uma novata.

--- San, eu sei que está a alguns anos trabalhado conosco, e recentemente ganhou uma promoção, mas a perda foi grande e era sua responsabilidade.

Meu superior, falava enquanto lia alguns papéis, que continham uma lista enorme com nomes de produtos e de algumas empresas que fornecemos.

--- Mas podemos recuperar. - estava aflito e nervoso. Não posso perder esse emprego. - Eu posso tentar resolver isso mais rápido.

--- Desculpa, San, mas não podemos contar mais com você na nossa equipe. Pode juntar suas coisas do escritório e passar no recursos humanos. - Diz triste mas sabia que essa era sua decisão final.

Não insisto mais e a penas saio da sua sala. Assim que fecho a porta, vi a culpada dessa situação. Ela era a última pessoa que queria ver naquela momento.

--- E aí, o que ele falou? - Ela perguntou nervosa, mas somente a encarei com raiva e continuei calado. - Ele te demitiu?

--- Se não tivesse mexido no meu computador, nada disso teria acontecido. - Falei frio e comecei ir em direção a minha sala.

--- Foi um acidente. - Ela diz me seguindo e nervosa. - Estávamos trabalhando no mesmo setor, então achei que não teria problema.

--- Você acha muita coisa, S/n. - Falei sem olhar para ela. - E por conta dessa sua inconsequência, perdi meu emprego e uma promoção que eu passei um ano para conseguir. - Paro de andar e a encaro. - E perdi tudo em uma semana, e sabe quanto tempo você está aqui? Não faz nem um mês.

--- Como assim perdeu tudo? Ele te demitiu? - Ela põe as mãos na cabeça e começa a andar para lá e para cá. - Eu resolvo, eu posso resolver tudo.

--- Não da mais, S/n. - Me viro. - Pode mexer no computador a vontade, ele é seu de qualquer forma. - Volto a andar em direção a minha sala e dessa vez ela não me segue.

[...]

2 semanas depois

Estava indo em uma entrevista de emprego, e enquanto esperava o sinal abrir, olhei para o espelho do carro e arrumei alguns fios de cabelo. Vi os carros do outro lado da rua pararem, e voltei a prestar atenção no semáforo. Ao abrir, não andei nem meio metro, e bateram na lateral do meu carro.

Não tive ferimentos, mas bati a cabeça no vidro da janela. Estava doendo um pouco, mas nada grave. Mas isso com certeza vai me custar tempo e vou perder a entrevista. Ao olhar para o outro carro, vi uma mulher saindo desesperada e não acredito quem é que estava dirigindo.

S/n.

--- Só pode ser sacanagem com a minha cara. - Falei enquanto tirava o cinto de segurança. - Essa garota de novo.

[...]

--- Cara, você esta me perseguindo? - Perguntei a S/n, que estava no mesmo elevador da empresa que estava fazendo entrevista.

--- Não, eu só tinha que entregar um contrato para o CEO. - Ela diz arrumando a pasta em suas mãos. - Foi uma coincidência nos encontrar, só isso.

--- E que coincidência, em. - estava bravo, mas ainda sim, não queria parecer grosso idiota com ela. - Então, como esta o trabalho?

--- Estamos tentando reverter o incidente. Mesmo falando que não teve culpa, eles não acreditaram e falam que estava tentando te proteger.

--- Típico. - acabo soltando o ar frustrado. - Mas está tudo bem. Eu vou dar a volta por cima.

--- Tenho certeza que vai conseguir.

--- Valeu.

[...]

Dias depois...

Além de encontrar S/n, por conta do carro, nos encontramos em outros ambientes e sempre era algo programado ou até mesmo em algum esbarrão ou "acidente".

Como não poderia ir a academia hoje, aproveitaria para fazer uma caminhada. Era quase cinco minutos de carro, mas a pé, demorava um pouco mais.

Enquanto estava observando alguns legumes, alguém acabou esbarrando em mim e já não era nem novidade de quem seria.

--- Isso está virando rotina. - Falei rindo. - Você está me seguindo, S/n?

--- Quê, não! - Ela vem ao meu lado, e começa a escolher alguns legumes também. - Eu moro aqui perto, e estava faltando algumas coisas para a minha carne cozida.

Estava começando a me acostumar com a sua presença repentina, e acabei reparando em uma pulseira que estava no seu braço esquerdo. Eu tinha uma igual.

--- Sua pulseira é bonita. - Falei apontando para seu braço.

--- Ela é um presente antigo. - Ela sorri, olhando para a peça. - Ganhei de um amigo a muitos anos, mas perdemos o contato semanas depois de ganhar ela.

--- Eu também tenho uma dessas. - Falei enquanto amarrava a sacolinha. - Também dei uma para a minha amiga de infância. Gente fina, mas perdemos o contato, quando fui morar com meus avós. Às vezes me pergunto como ela está. Fizemos uma promessa aquele dia.

--- Eu também fiz uma com o meu amigo.

--- Qual?

--- Fala você primeiro.

--- Falamos juntos.

"Prometemos que vamos ser amigos para sempre. E se possível, vamos nos casar quando for adulto".

Ficamos nos encarando por alguns segundos.

--- (seu apelido)? - Falei receoso.

--- Sanie-sshi?

Acho que esses nossos encontros, era somente o destino, querendo nos juntar novamente.

[...]

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