RAEL

     Um coisa que eu nunca vou esquecer é do meu último dia com a minha mãe. ela des-
cobriu seu câncer quando eu tinha 7 pra fazer 8 anos de idade.
     Lembro que passava noites acordado pedindo pra Deus que minha mãe escapace. pedindo pra ela conseguir passar por todas as fisioterapia. Mas não, ela não conseguiu, e com 9 anos me deixou.
     Lembro dos seus cabelos loiros, da sua voz, do seu abraço. de como ela me fazia pensar que eu era capaz de tudo nessa vida.
a dona Olívia me faz lembrar dos tempos bons, dos meus melhores anos. Desde pe-
queno fui muito mais próximo da minha mãe. Meu pai sempre quis ter uma menina, por isso não me deu o carinho necessário. E depois as coisas só pioraram, era só eu e ele, com aquela sua arrogância e sua dificuldade de mostrar seus sentimentos.
     E o Morgan foi o único amigo que me ajudou. e que sabe que até hoje sofro com isso, e que tem dias que eu só queria desapa-
recer. fugir... pra bem longe. E ele me ajuda, me levando pra sair, me tirando daquela casa. me distraindo um pouco.
     Naquele dia, quando encontramos Isis no restaurante eu não estava nada bem. Fiquei puto quando ele á chamou pra tomar sor-
vete com a gente e acabei sendo babaca com ela.
     Quando vi pela primeira vez, eu sabia que ela era diferente. ela não ficava ten-
tando me impressionar como a maioria. Ela tem uma paz, um olhar calmo e tranquilo. E eu gosto disso. Mas acabei adquirindo aquilo que eu mais odeio no meu pai.
     A dificuldade de mostrar sentimento, e de falar. até com Morgan eu sou assim, até com a única pessoa que me ajudou.
     E em relação ao beijo que dei na Isis, eu precisava disso. eu precisava desse beijo. E fiquei muito surpreso quando ela retribuiu.
quando ela passou a mão pelo meu cabelo.
     Depois do beijo eu ainda fiquei lá parado na árvore, tentando processar aquilo tudo. só vi quando ela entrou no carro com o Morgan. Isis parecia mal. Corri em direção à eles. Mas já tinham ido.

- Droga. - falei vendo o carro ir embora.

- A Isis passou mal. - Eva fala atrás de mim.

- Eva! - falei assustado. - Pensei que você tivesse ido com eles. a Isis tá muito mal?

-  Meu pai vai vim me buscar. eu combinei com ele! e a Isis ta mais ou menos, ela tava bem pálida e gelada.

- Entendi! - balanço a cabeça. - Ela já tava sentindo isso antes, ou foi depois que ela conversou comigo. - Perguntei preocupado.

- Foi depois que ela conversou com você, de-
ve ter comido algo que vez mal. - Eva fala.

     Uns 8 minutos depois o pai de Eva che-
gou, peguei a moto que eu tinha vindo e fui em direção a casa da Isis.
     Aquilo não fazia sentido, não fazia mesmo. ela passou mal depois da nossa conversa. depois do nosso beijo. só podia ser culpa minha. Em todo esse tempo ela nunca tinha passado mal. e eu não conseguia tirar isso da minha cabeça.
     E aquilo tava me matando eu só queria ir o mais rápido possível. Alcançar eles. olho pro lado mas acabo de me distraindo e quando viro pra frente, não consigo controla a moto. (um medo invade meu coração, o medo de morrer, medo de nunca mais ver meus amigos e a Isis). e um carro me acerta me cheio, só consigo fechar meus olhos, e sentir o impacto enquanto meu corpo é jogado pra longe. Depois apago.

...

 












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⏰ Última atualização: Apr 27, 2021 ⏰

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