priscila pov
natalie me guiou até o quarto que ficava ao lado do dela e foi para o seu, o quarto era enorme e luxuoso com uma bela vista pra piscina
mais nem mais bela paisagem do mundo tornaria aquela casa um lugar agradável para mim pelo contrário eu sentia ódio, que por vezes me assustava na velocidade que crescia dentro de mim, me apoiei na janela e deixei as lembranças povoar a minha mente
como minha vida mudou da noite para o dia, se eu era a criança mais feliz do mundo pela manhã, a noite eu era a mais triste, como se não bastasse perder meus pais, ainda por pouco não fui estuprada depois ainda fui mandada para um orfanato onde fui maltratada, abusada, passava fome e sede e era obrigada a fazer serviços forçados, não tenho família não tenho ninguém, meus pais eram os únicos que se importavam comigo, e cruelmente tiraram isso de mim
odeio me sentir fraca e frágil, por mais forte que pareço ser por vezes me sinto fraca e frágil
minhas lágrimas começaram a rolar, o fato de ter sofrido tanto, em um ímpeto peguei minha pistola e apontei pra minha cabeça, minha vontade é acabar com tudo aqui mesmo e mais uma vez me senti uma covarde por não ter coragem de apertar o gatilho e acabar com esse sofrimento larguei a arma na cama, depois de chorar muito fui ao banheiro e lavei meu rosto
desci até a cozinha pra pegar um pouco de água já passava da meia noite todos na casa já dormiam, enchi o copo e quando o levo a boca quase me afogo
-acordada essa hora priscila? - me virei e natalie estava atrás de mim
- vim beber água senhorita e voce o que faz acordada essa hora?
- o mesmo que voce! priscila voce não deveria andar com roupas tão íntimas pela casa mesmo que seja de madrugada, não sei se voce notou mais essa casa é infestada de seguranças que iriam adorar essa visão - ela se referiu ao fato de eu estar apenas com um shorts curto soltinho e uma camiseta que deixava minhas curvas em evidencia, fiquei vermelha
- desculpe senhorita isso não vai mais acontecer!!!
-não precisa ficar vermelha estamos só nós duas aqui e também não precisa de toda essa formalidade me chame de natalie
- ok...natalie !!-ela me olha profundamente nos olhos - pare de me olhar assim garota o que quer com isso? pensei mais correspondi seu olhar, ao contrário do olhar frio do matias, ela tinha um olhar doce
-vamos subir ? -eu disse quebrando o olhar
droga! essa garota não poderia me tratar mal? por que ela me trata tão bem? ela não poderia ser uma patricinha mimada e me tratasse mal? assim eu não teria pena dela, mais essa forma como ela me trata faz sentir-me bem
definitivamente isso está fora de cogitação não posso ter nenhum tipo de afeto por essa garota, o sangue do homem que desgraçou minha vida corre em suas veias
natalie pov
o dia amanheceu, levantei tomei um belo banho, passei em frente ao quarto de priscila provavelmente ainda dormia, então deixei ela dormir devia estar cansada fui até a cozinha e resolvi preparar uma cesta de café da manhã para ela assim que acordasse
-bom dia tia cida - falei quando vi minha tia e lhe dei um beijo no rosto
-bom dia meu amor, está com uma cara boa minha sobrinha
-é tia ter alguém da mesma idade pra conversar faz bem sabe, não que eu não goste de conversar com a senhora mais, as vezes precisamos conversar sobre namorados essas coisas
- está falando da priscila ? gostou mesmo dela não é ?
-gostei tia vou até preparar uma cesta de café da manhã pra ela, me parece ser uma garota legal e olha que raramente gosto de uma pessoa
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desarmada ( romance lésbico )
Acciónpriscila viu seus pais serem assassinados brutalmente na sua frente quando tinha apenas 10 anos, foi mandada para um orfanato onde era agredida frequentemente, e muitas vezes deixavam as crianças sem comida, sofreu muito até completar seus 18 anos...