natalie pov
aquele homens iam me matar, apontaram a arma para mim fechei os olhos e esperei a bala, escuto o barulho de tiro mais não me atingiu, quando abri os olhos vi alguém no chão com o peito todo ensanguentado e agonizando
-tia nããão - os seguranças começaram a trocar tiros e priscila atirava também, minha tia atravessou na frente da bala que era pra mim, a maior prova de amor que já recebi na vida
-calma tia vou ligar para ambulancia
-não vai da tempo por favor me escute não tenho muito tempo - ela falava com muita dificuldade a voz quase não saia a peguei nos meus braços
-aguenta firme - priscila veio correndo em nossa direção e tomou o pulso dela pra ver sua pulsação
-por favor me escute -eu cedi e a escutei
-ta bem tia fale eu vou te escutar
-seu tio quer... matar voce... -ela cada vez mais tinha dificuldade
-priscila? - ela chamou por priscila
-estou aqui - priscila apertou a mão livre da minha tia eu estava de um lado e ela do outro
-proteja.. a natalie! não deixe ele conseguir mata-la...cada vez a voz mais baixa e dificultosa
-pode deixar eu vou protege-la sim fique tranquila -ela olhou pra mim e depois para priscila e fechou os olhos
-nãão faça isso comigo tia volta - priscila veio até mim tentando me acalmar
o que será que minha tia queria dizer isso?, poderia estar delirando por conta do grave ferimento só podia ser isso e priscila parecia entender o que ela estava dizendo
minha tia disse que meu tio queria me matar
não isso não é real é impossível meu tio me ama ele jamais faria mal a mim, isso podia ser um delírio da minha tia na hora da morte
o corpo da minha tia ficou ali até o recolhimento
decidi perguntar a priscila o que ela sabia sobre isso
- priscila sabe de algo que não sei, o que minha tia quis dizer com isso e voce parecia entender o que ela disse
-se eu te contar voce acredita em mim?
-sim eu acredito agora me conte
-sua vida está em perigo nessa casa, sua tia morreu por que te salvou aquele tiro era pra voce
- pra mim ? quem teria interesse na minha morte?
-seu tio -mais isso só pode ser uma piada - escuta por acaso tem provas do que está falando? voce está acusando meu tio de tentar me matar! e eu sei que ele nunca faria isso, isso foi um delírio da minha tia na hora da morte
-não ! não foi um delírio da sua tia ela sabia o que estava dizendo e voce disse que acreditaria em mim mais pelo jeito não acredita nenhum pouco
-nisso eu não acredito mesmo a não ser que tenha provas do que diz e pare de acusar uma pessoa sem provas voce acha que eu vou acreditar em quem? no meu tio que me criou a vida toda ou em voce?
não é possível
algumas horas depois eu fui para o jardim eu precisava espairecer um pouco, priscila tentando me colocar contra meu tio era demais para mim o acusando de ter tentado me matar o que ela queria com isso afinal?
-perdida nos seus pensamentos? ela aparece atrás de mim
-pode deixar não se trata de um novo assalto -eu falo seca
-é impressão minha ou não me quer perto?
- é isso mesmo e quer saber eu não confio em voce bem que dizem que não devemos colocar pessoas estranhas dentro de casa - eu falo duramente
-as vezes uma pessoa estranha é mais confiável do que uma que voce conhece a vida inteira
-por que voce sempre de indiretas contra o meu tio? por que não arranja provas do que diz ao invés de ficar o acusando, meu tio é a pessoa que eu mais confio na vida acha mesmo que vou deixar de confiar nele para confiar em voce? uma estranha que ninguém sabe de onde veio? quero que voce vá embora pra bem longe dessa casa e deixe minha família em paz, vou te dar até amanhã pela manhã pra voce estar bem longe daqui ou contarei tudo ao meu tio não sei o que ele é capaz de fazer
-ok quer mesmo que eu vá embora?
-sim
-ok vou arrumar minhas coisas agora mesmo amanhã já estarei bem longe de voce não se preocupe
mil facas perfurando meu peito assim eu me sentia nesse momento
gosto tanto dela a ponto de me sentir mal só de imaginar ela longe que droga eu não sei o que pensar, minha vontade de ir atrás dela agora mesmo e pedir pra ela ficar mais não posso fazer isso o melhor é ela sumir da minha vida
eu gosto demais dela, meu coração está despedaçado
priscila pov
entrei no quarto que eu estava hospedada e arrumei minha roupas, me sinto culpada por deixa-la desprotegida, no mesmo teto que esse psicopata assassino louco, mais não há nada que posso fazer não posso forçar minha presença se ela não quer, ela nunca irá acreditar em mim e como ela disse sou simplesmente uma estranha e não passo disso pra ela
o que me preocupa é que ela corre sério risco se ficar aqui
terminei de arrumar minhas roupas coloquei minha mochila nas costas e fui seguir meu caminho só peço a deus que a proteja que cuide dela por mim meu coração está partido em deixa-la a mercê desse monstro
-voce vai embora agora? dou de cara com ela na escada
-claro foi isso que me pediu
-mais está muito tarde! para onde vai essa hora? pode esperar até o amanhecer
-eu vou agora mesmo não vou mais impor minha presença onde sei que não sou bem vinda
-por favor entenda meu lado, estou confusa e não sei o que pensar
- mais eu entendo não pode deixar de acreditar no seu tio pra acreditar em uma estranha - eu falei secamente
-gosto muito de voce e sentirei demais sua falta - meu coração se derreteu, seu olhar era sincero e triste ao mesmo tempo
-eu também mais não tem outro jeito voce não confia mais em mim
-posso te dar um abraço antes de voce partir?
ela me pediu um abraço e eu permiti, não sei se fiz a coisa certa em abraça-la, tornaria minha partida mais dolorosa tudo que eu queria era ficar ali com ela mais queria que ela me pedisse isso
me abraçou forte, nunca recebi um abraço tão bom, tão caloroso eu retribui e apertei o abraço e uma lágrima rola no meu rosto
ela soltou- se bruscamente do meu abraço e colocou a mão no ventre fazendo sinal de dor como se estivesse levando uma pontada, meu olhar foi para o chão e vi pingos de sangue
-natalie está sangrando!
VOCÊ ESTÁ LENDO
desarmada ( romance lésbico )
Acciónpriscila viu seus pais serem assassinados brutalmente na sua frente quando tinha apenas 10 anos, foi mandada para um orfanato onde era agredida frequentemente, e muitas vezes deixavam as crianças sem comida, sofreu muito até completar seus 18 anos...