desarmada ( romance lésbico )

ela mexe comigo

priscila pov

o dia amanheceu 

fui até a cozinha tomar um café, deixei meu celular no bolso ele vibraria assim que iniciasse uma conversa onde plantei as escutas, com certeza o matias nunca imaginaria que estava sendo ouvido e isso era muito bom pra mim, o próximo passo é grampear o telefone, eu faria isso ilegalmente até por que não tenho nenhum indício que faça o juiz autorizar a quebra de sigilo telefonico, sei que isso configura invasão de privacidade que se descobrem isso minha carreira de policial poderá ir por água abaixo mais quem não arrisca não petisca e foi pra isso mesmo que eu virei policial pra vingar a morte dos meus pais e caçar essa mente doentia, jurei que iria fazer isso e vou até o fim, as vezes penso que em um país que reina a impunidade não vale a pena deixar esse verme viver, por que em pouquíssimo tempo ele vai estar na rua, livre leve e solto novamente quando penso nisso minha vontade é de mata-lo

afastei esses pensamentos de mim, sei bem onde levaria, e não posso me deixar dominar pelo ódio e revolta ou meus planos irão por água abaixo 

voltei para o meu quarto resolvi ver se natalie já tinha acordado, bati na porta ela não  respondeu 

 -natalie? bati levemente na porta e então entrei devagar 

ela estava no banheiro e passando mal me aproximei

-está se sentindo bem? o que houve? - estava com olhos caídos, quase fechando, ela levanta a cabeça, olha o espelho a sua frente e desfalece eu a amparo, pego no colo a levo até a cama

me senti preocupada com ela

mais eu preocupada com a natalie? difícil admitir mais estava

-priscila estou muito enjoada e tonta, já vomitei bastante por favor chame meu tio - ela diz quase em um sussurro um pouco desorientada

assim o fiz e chamei o traste ali este veio acompanhado de cida 

- o que houve minha sobrinha? o que sente?

-enjoada tio, não sei o que há estou me sentindo mal

-vou chamar o médico -disse cida pegando o celular e ligando para o médico

-isso cida chame o dr maurício peça a ele vir até aqui urgente 

- calma meu amor o dr já vem ver voce  - como ele tratava bem ela, ele parece mesmo ter um afeto por ela o que soa um tanto estranho para mim 

 o médico em questão de meia hora já estava na mansão 

-pelo que vi aqui não é nada demais, é só um mal estar mais vou lhe receitar alguns remédios para voce e se sentirá melhor - o médico disse e lhe deu uma receita com alguns remédios e matias me pediu para ir até a farmácia compra-los 

o médico pediu para conversar a sós com matias que bom que eles foram no escritório vou poder ouvir a conversa

narrador

-matias eu preferi conversar com voce antes, de falar para sua sobrinha o que está acontecendo, é um assunto delicado, e não um simples mal estar

-fez bem dr agora me fale o que há com minha sobrinha, algo grave? 

-não é doença! a sua sobrinha provavelmente está grávida 

-o que?voce tem certeza disso?  

-bem certeza absoluta não, mais pelos sintomas e pela minha experiencia como médico posso te garantir 99,9% de chance que sim, mais o correto é um exame de sangue assim não restaria dúvidas