Alfa x Alfa x Alfa

1K 61 274
                                    

Alec acordou com uma dor de cabeça infernal somado à ressaca do final de semana, ele se sentia prestes a morrer ou dormir outra vez, o que acontecesse primeiro.

O único problema nos seus planos de um domingo era a pessoa batendo insistentemente em sua porta, como se pudesse derrubá-la a qualquer momento. O alfa se levantou da cama e se arrastou até a porta, no caminho tinham roupas jogadas e Alec não se incomodou em juntá-las porque domingo de manhã não era horário para visitas.

Ele abriu a porta e no mesmo momento alguém se jogou para dentro e bateu a porta com força e a trancou. Alec esfregou os olhos e observou o adolescente com cabelos pretos e olhos azuis ofegante encostado na madeira.

—O que você...— Mas sua frase não terminou porque o garoto colocou a mão sob seus lábios e pediu silêncio, desesperado. Alec não gostava de alfas na sua casa e mesmo aquele garoto não tendo mais de dezessete anos, ele não se sentia confortável com outro dentro de sua casa, se fosse um alfa adulto ele já teria perdido a paciência.

—Ele vai ouvir a gente.— Disse o alfa mais novo e Alec suspirou irritado. Estava a segundos de perder a compostura.

—Quem é você?— Perguntou Alec, retirando a mão dele de seus lábios.

—Max.— Disse o garoto e colocou o ouvido na porta.

—Max do quê?— Perguntou Alec, impaciente.

—Max Lightwood, agora por favor, faz silencio.— Disse ele e olhou um pouco desesperado.

Alec se afastou dele e correu para o banheiro e só teve tempo de fechar a porta antes de colocar para fora os litros de álcool que bebeu na noite anterior. O pior era o beta na sua cama, deveria ter mandado ele embora quando foram dormir e não ter deixado ele lá.

Max bateu na porta e Alec levantou e lavou a boca e escovou os dentes. Ele se olhou no espelho.

Lightwood.

Aquele garoto ali era um Lightwood e ele não tinha ideia de como não o conhecia. Todos os membros da família Lightwood ele conhecia, não era possível que existisse um perdido e fosse bater na sua porta em pleno domingo de manhã.

—O que foi?— Perguntou Max.— Você parece meio morto.

Alec negou com a cabeça e foi para a cozinha, pegou um copo de água e bebeu de uma vez.

Max Lightwood.

Lightwood.

Era loucura demais para sua cabeça, muita loucura.

—Não entendo o que está acontecendo.— Disse Alec.— Você é filho de quem?

Max o encarou e Alec viu no olhar dele a mágoa de anos reprimida, uma raiva latente e forte. Seu lobo se agitou diante daquele olhar.

—Eu sou seu filho.— Disse Max e Alec engasgou com a água que bebia.

—Eu não tenho filho.— Respondeu Alec e procurou na mente quando poderia ter um filho mas sua mente de ressaca não queria lembrar disso, não queria lembrar daquele rosto, daquele homem e nem desse filho que não deveria estar aqui.

—É claro que não tem, a gente não tem filho quando abandona ele, quando deixa ele por dezessete anos sozinho.— Disse Max e se jogou na cadeira. Alec o encarou um pouco irritado.

—Se eu sou pai, esse tom não deve ser usado comigo.— Disse Alec, de maneira repreensiva.

—Você pelo menos lembra com quem dormiu para me ter?— Perguntou Max.

Alec se calou, ele se virou e pegou na geladeira um iogurte, não queria lembrar o nome dele, não queria falar sobre o ômega que dormiu a dezessete anos.— Claro que não lembra, o nome dele era…

The Alpha Type - Malec aboOnde histórias criam vida. Descubra agora