Capítulo 2

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Assim que elas chegaram na empresa cada uma foi pra sua mesa de trabalho até o Felipe chegar.
Enquanto terminava um roteiro, Viviane só conseguia pensar em S/a, e no beijo que havia recebido da mesma. Ela não parava de se perguntar o porquê daquilo, e vez ou outra lembrava da imagem de S/n parada na frente da porta de casa. 'Como ela consegue ser tão linda?', ela pensou.
S/n, por sua vez, estava preocupada com sua melhor amiga. Ficava pensando na possibilidade de coisas que poderiam ter acontecido entre a Vi e o marido dela. A única coisa do qual ela tinha certeza era de que algo estava diferente, e seja o que for, ela precisaria estar pronta pra apoiar e ajudar a Vi no que fosse preciso.
Os pensamentos das duas foram interrompidos com a chegada do Felipe.

{Quebra de tempo}

Depois de um longo e cansativo dia de trabalho, as duas amigas poderiam finalmente ir para casa da Vi.

S/n: Vamos Vi?

Ela pergunta se aproximando da colega.

Vi: Eu só preciso terminar uma coisinha aqui.

A mais nova apoiou sua mão no ombro de Vi.
O coração da ruivinha acelerou, e suas mãos começaram a suar.

S/n: Vou te esperar no carro então.

Vi: Tá bom.

{Quebra de tempo}

Enquanto esperava pela amiga, S/n se perguntava o porquê da mesma estar tão estranha. Ela sabia que a Vi estava escondendo algo, e tinha certeza de que o marido dela tinha algo a ver com isso.
A garota nunca gostou do marido de Viviane, e sempre foi contra o relacionamento deles, não só pelo fato de que o cara era um babaca que abusava psicologicamente da Vi, mas também porque S/a tem um segredo que nunca contou a ninguém. Ela tem um crush em Viviane, desde que as duas se conheceram.
Ela até pensou em contar isso a própria Vi, mas tinha medo da reação dela, e de que a amizade delas nunca mais fosse a mesma.

{Quebra de tempo}

Já no carro, a caminho da casa da Vi, as duas amigas estavam caladas, não porque não tinham o que falar, mas sim porque estavam escutando música.
Elas tinham muito o que falar uma para a outra, mas ambas tinham receio de falar.
Vi estava nervosa, pois era a primeira vez que iria dormir com S/n. 'Mas pra que tanto nervosismo?' Ela se perguntava. Afinal era só a S/a, sua amiga, que ela já conhecia a quase três anos. Não tinha porquê ficar nervosa.
Ela apoiou uma das mãos na própria coxa e respirou fundo.
S/a percebeu que ela estava nervosa.

S/n: Está tudo bem?

Ela perguntou preocupada.
Vi não disse nada, apenas afirmou com a cabeça.

S/n: Tem certeza?

Ela insistiu, apoiando sua mão em cima da mão da Vi.
A mão de Vi estava gelada, parecia que tinha acabado de sair do congelador.
S/a se assustou com a temperatura da mão de sua amiga.
Viviane, por sua vez, havia paralisado. Seu coração já estava a mil.
O desejo dela era parar tudo o que estava fazendo, puxar a mais nova pra mais perto dela, e beija-la. Sim, Vi queria beijar sua melhor amiga.
Mas ao invés disso ela apenas voltou sua mão para o volante e disse:

Vi: Absoluta. Estamos chegando.

S/n cruzou seus braços e encolheu os lábios. Se sentiu um pouco envergonhada por ter insistido. Talvez realmente estivesse tudo bem, ou talvez a Vi não quisesse falar sobre isso, e ela está insistindo. 'Melhor deixá-la em paz.' Ela pensou.

{Quebra de tempo}

Depois de alguns minutos na estrada, as duas finalmente chegam na casa da Vi.

Vi: Sinta-se em casa.

S/n: Valeu.

Ela olhou em volta. Era tudo tão lindo e tão organizado. Assim como a própria Viviane.

S/n: Uau! Sua casa é linda Vi.

A jovem disse maravilhada.

Vi: Você só diz isso porque não viu o meu quarto.

S/n: Então me mostre oras!

Ela disse se fazendo de mandona.

Vi: Oxi! Que ousadia é essa dona S/n S/s?

A Vi perguntou, entrando na brincadeira.

S/n: Eu quero ver o seu lixão... quero dizer, seu quarto.

Vi ficou de queixo caído. Quanta ousadia da S/a!

S/n: Vai ficar ai com essa cara, ou vai me mostrar o resto da casa?

Vi: Ah, eu vou te mostrar o resto da casa com prazer, mas antes...

A ruivinha dizia enquanto se aproximava lentamente da amiga com as mãos nas costas.

S/n: O que você está fazendo?

Ela perguntou se afastando, até que tropeçou no sofá e acabou caindo sentada no mesmo.

Vi: Você não pode falar assim comigo S/s, e será punida por isso!

Vi foi pra cima da garota e começou a fazer cócegas nela.
S/n acabou caindo pro lado, de modo que ficou deitada, com a cabeça apoiada no braço do sofá.

S/n: NÃO... PARA... PARA...

Ela dizia enquanto gargalhava.
Vi adorava ouvir a risada da moça, mas percebeu que ela estava ficando sem ar, por isso parou.

Vi: Você está bem?

S/n: Tô... acho que estou...

S/n falava ofegante.
As duas ficaram caladas por alguns segundos, apenas olhando nos olhos uma para a outra.
Seus rostos estavam tão próximos, seus corpos quase colados. Elas conseguiam sentir a respiração uma da outra.
Vi voltou seu olhar para os lábios de sua amiga, não conseguia parar de se perguntar qual seria o sabor daqueles lábios.
S/a percebeu que a amiga estava olhando para seus lábios. O coração dela estava a mil, parecia que saltaria pra fora do peito a qualquer minuto.
Viviane, que estava por cima da S/n, impedindo que a mesma pudesse se levantar, começou a passar os dedos por entre os fios de cabelo da amiga.
Ela então aproximou mais seu rosto do de S/a.
Mas quando seus lábios estavam a milímetros de se encostarem, o celular de S/n tocou, fazendo Vi dar um salto, e se afastar dela.

Vi: É o seu...

S/n ainda fico paralisada no sofá antes de se levantar pra atender a ligação.
Enquanto ela atendia a ligação, Viviane foi ao banheiro.

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