Capítulo 3

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Enquanto S/n atendia a ligação, Viviane estava no banheiro, se perguntando que merda foi aquela.
Ela estava quase surtando, e não conseguia entender se era porque o beijo não aconteceu, ou pelo fato de que ela tentou beijar sua melhor amiga.

Vi: Porra Viviane! O que foi aquilo?

Ela dizia olhando pro seu próprio reflexo no espelho.

Vi: Você está ficando maluca? Quase beijou sua melhor amiga!

Enquanto brigava consigo mesma, ela não conseguia parar de lembrar daquela cena. Seus corpos quase colados, as respirações ofegante, os lábios de S/n molhados, brilhando por causa do gloss, seus cabelos tão leve e macios...

Vi: O que está acontecendo comigo?

Ela respirou fundo e jogou uma água gelada no rosto, afim de afastar aquele pensamento.
Depois de secar o rosto, Vi voltou pra sala, onde S/a estava prestes a desligar o celular.

S/n: ...ok, eu preciso desligar agora, amanhã eu te ligo... beijos, também te amo.

A jovem desligou a ligação e olhou pra Vi.

S/n: Tudo bem?

Vi: Eu que te pergunto, você está bem?

S/n: Claro! Por que não estaria?

Vi: A gente... esquece.

S/a desviou o olhar pra tela do celular.

Vi: E então... quer comer o que?

Ela perguntou tentando amenizar o clima estranho que havia ficado entre as duas.

S/n: O que tem pra comer?

Viviane foi até a cozinha e abriu a porta da geladeira. S/a ficou logo atrás dela, tentando enxergar o que havia lá dentro.

Vi: Você sabe alguma receita que precise de ovos, leite e ketchup?
(Obs: S/n é vegetariana)

S/n: Definitivamente não.

Vi então fechou a geladeira e se virou para S/s.
S/a estava a alguns centímetros de distância dela. Elas estavam tão próximas... de novo.
Seus olhares estavam fixos um no outro. Viviane se perguntava o que poderia acontecer se ela beijasse aquela pessoa em sua frente.

S/ : O que foi?

Ela perguntou. Seu coração palpitava, e sua respiração estava ofegante.

Vi: S/a?

S/n: Oi?

Vi não respondeu, ao invés disso ela aproximou seus rostos e deu um selinho em S/n.
S/a paralisou por alguns segundos. Não conseguia acreditar que aquilo realmente havia acontecido.

Vi: S/a... m-me desculpe! E-eu não sei...

Ela foi interrompida por um beijo da mais nova.
A ruiva a segurou pela cintura, colando seus corpos. S/a colocou a mão na nuca de Vi intensificando o beijo.
Suas bocas se encaixavam perfeitamente, como peças de um quebra-cabeças.
S/a interrompeu o beijo assim que lembrou que sua amiga era casada.

Vi: Qual é o problema?

S/n: Seu marido Vi... você é casada, não podemos...

Vi: Hoje nós podemos qualquer coisa.

Vi sussurrou e voltou a beijá-la.
S/n se afastou dela.

S/n: Não Vi, não podemos. Sei que seu marido é um babaca e escroto, mas traição não é uma opção.

Vi: S/a, por favor...

S/n: O que está acontecendo com você Vi? Você não é assim.

Vi: O que está acontecendo é que eu finalmente estou livre pra viver a minha própria vida, sem precisar de macho escroto pra dizer o que eu posso ou não fazer! É isso que está acontecendo S/a!

S/n: O quê!?

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