Ações Além dos Destinos

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A manhã veio apressada e todos acordaram com som do vento batendo nas arvores, Trovões e clarão dos raios, um forte temporal se aproximava e todos estavam preocupados com a casinha simples em meio a tanto vento. De repente o dono da casa se chama todos para a varanda e diz:

- Não se preocupem além do necessário, a casa vai aguentar sentem-se e assistam a este espetáculo da natureza que nenhuma tela de cinema ou de televisão é capaz de mostrar, saibam que essa magia que estão vendo agora é única e que dentro dos ciclos da natureza que giram entre destruição e criação a tempestade é uma das maiores manifestações de energia. Todos se reuniram e admirados observavam aquela imagens ao mesmo tempo estáticas mas em um pleno movimento o vento a sopra a copa das arvores hora diminuía e hora acelerava os clarões variavam entre cortes na abóboda celeste ou apenas clarões e os sons variavam de assustadores estrondos a assovios de vento mas todos observavam atentos. Roux que era especialista em pressentir a natureza chama o Elfo para um canto e lhe diz baixinho para os outros não ouçam:

Tem algo estranho com este temporal, eu não senti nenhuma alteração na natureza durante a noite estas nuvens se formaram do nada e é como se elas só existissem aqui. O Elfo concorda balançando a cabeça e acrescenta:

- Sinto uma magia enorme saindo das plantas ao redor da casa e ela está sendo manipulada por um ser humano mas, não sinto intenções ruins vamos observar por enquanto e mantenha seu Grimório por perto. Diz o Elfo apertando o livro nas mãos que estranhamente ele não conseguira transformar novamente em relicário. Roux também segurava seu livro em mãos e ambos observavam o estanho temporal. Eles se perguntavam se deveriam intervir ou o Xamã teria alguma boa intençao em mostrar aquele poder aos quatro jovens que ali estavam. Então eles ouvem uma voz em suas mentes:

Desculpem jovens amigos eu precisei tomar emprestada um pouco da magia de vocês por isso  não conseguem no momento recolher seus livros ao formato de Relicário mas vou devolver toda a magia daqui alguns instantes e não se preocupem eu apenas estou restaurando as mentes e corações destes cinco jovens com o poder da natureza somado a magia de vocês. Percebi que vocês não são seres mágicos comuns e precisava lhes mostrar isso, os seres humanos estão tão presos dentro de suas casas que mesmo aqui neste povoado já não conseguem ver a magia da natureza, acham que tudo acontece automaticamente e que estarão seguros se se trancarem em suas tarefas diárias. Bastou a vinda de vocês para conseguir tirar estes cinco da comodidade do povoado principalmente meu aluno o Pedrinho e agora mesmo depois que partirem, eles terão energia suficiente para iniciar coisas diferentes e motivar pessoas da vila a fazerem mais por todos. Sou muito grato a vocês e em troca vou mostrar como vocês podem tocar mais fácil os corações dos Seres Humanos. Apenas observem com eles a chuva e a natureza invadindo este ambiente e os sentidos de todos com imagens, odores, sons, sensações e principalmente com o toque espiritual da criação.

Eles observam e um dos jovens estavam fazendo anotações em sou caderno, o outro desenhando o que parecia o rascunho para uma pintura. Uma das jovens meditava de olhos fechados, Esperanza olhava atentamente para a chuva e para o Xamã encantada, Elfo e Roux podiam ouvir seus pensamentos, imaginando quantas historias seu amigo poderia coletar e contar em livros com a ajuda daquele senhor a sua frente e daquele ambiente tão simples e tão rico de simbologias. O Elfo percebe que o Xamã já não tinha mais tanto controle da energia e estava demonstrando cansaço então ele se aproxima e toca o ombro do Senhor dizendo para todos:

- A Natureza e mesmo bela não e mesmo, a chuva que parece destruir é ao mesmo tempo a fonte da criação e no outono ela não e muito comum e quando vem passa um pouco rápido mas basta sua ação para estender a vida e permitir que dos frutos e grãos sementes se preparem para a futura germinação. Nosso Amigo aqui quer mostrar que a natureza tem muitos mistérios. Enquanto ele falava também compartilhava sua magia para que o Xamã pudesse acalmar o tempo calmamente e recolhesse a magia espalhada para utiliza-la no ambiente. Roux então se junta a eles e vê o fluxo das energias espalhadas rodeando a todos e renovando pensamentos e atitudes inclusive do Senhor vigário também que agora apresentava um olhar calmo e confiante e dele fluíam as mais fortes intenções de melhorar as coisas no povoado.

Lentamente o sol começa a aparecer entre as nuvens que se dissipavam. E todos se recolhem para tomar o café da manhã agora admirados por tudo que viram. O Xamã segura o Elfo e Roux pelas mãos e  lhes agradece por compreenderem sua intenção ao que ele toca em suas maos os livros se recolhem em relicários novamente e ele diz:

- Conforme prometido vocês tem de volta sua magia, não sou profeta nem nada mas vejo em vocês muito mais do que o destino é capaz de coordenar. Talvez eu esteja enganado mas vejo algo novo no Horizonte, Prodígios se revelando e coisas boas se aproximando saibam que este velho já cansado é muito grato pela visita que me concederam. Não se deixem presos a nada menor do que vocês são. Sigam sempre seus caminhos juntos e olhando além dos destinos, vocês podem conseguir muito mais do que imaginam. Vamos tomar café estou esgotado mas com a sensação de missão cumprida. O Elfo sente uma conexão estranha daquele lugar e se lembra da redoma na caverna de Shialon quando as nuvens encobriam o sol era exatamente o que parecia ser aquele lugar ao pé da serra o refugio de um mago que perdeu seu domínio dos poderes. Novamente ele ouve a voz do Xamã em sua mente dizendo:

Você compreendeu tudo caro Elfo, Você compreendeu tudo. Mas por favor mantenha isso em segredo por enquanto. Assim eles tomam o Café da manha e recebem em seguida uma aula sobre as plantas medicinais que o xama ali cultivava. tudo fluindo lentamente e calmamente.




Grimório de um Elfo Sem NomeOnde histórias criam vida. Descubra agora