Ao abrir os olhos Snape achou que estivesse sonhando, em frente ao seu rosto, a centímetros de seu corpo, estava Hermione, a garota dormia engraçado, porém, um engraçado fofo. Tinha os cabelos agora lisos e sem cor em frente ao rosto.
Os olhos fechados, o rosto pálido, as mãos sobre o rosto, fazendo sua boca ficar entre aberta e mais carnuda, a posição da garota era fetal, agarrava um travesseiro entre as pernas enquanto escondia o rosto no que estava sobre sua cabeça.
Snape ficou ali, minutos e minutos apenas a admirando, não deixou de pensar sobre as coisas que a levaram a conhecer, nada fora em pura coincidência como queria que tivesse sido, fora tudo o maldito destino, que já estava traçado entre os dois.
Não sabia o que aquela garota estava fazendo com seu coração, mas sabia que era algo forte, e que estava crescendo rápido, ele era apenas o protetor, e protetor dela, ele era como um caçador que protegia seu bicho de estimação para que nada o aconteça.
Era como um guarda costas, a garota que olhava nunca sentiria nada por ele, talvez nem mesmo afeto. Com os pensamentos rondando sua mente, devagar deixou-se levantar a mão e tocar o rosto e pálido da garota, ficou a olhando e imaginando como seria a sensação de tê-la sobre seu peito.
De poder curar as dores dela apenas com um abraço, ou um beijo, como seria amá-la em noites de luar, eram tantas possibilidades, para um amor que apenas ele iniciou, com o dedo passando sobre o rosto delicado da moça, devagar sussurrou, um sussurro baixo e melancólico.
-Almas gêmeas foram destinadas a se encontrarem - Respirou fundo a olhando com o maior carinho do mundo - Mas não a ficarem juntas.
E assim que disse aquilo tirou a mão da garota e se levantou vestindo suas botas, saiu do quarto sem nem mesmo olhar para trás, já estava de noite, estava sem sono por ter dormido metade da tarde, então, seguiu a cozinha e preparou um lanche simples.
-Severus, o que faz acordado? - Levantou o pedaço de pão com carne de porco ao meio - Está meio tarde para se comer algo pesado, não acha?
-Está parecendo Minerva, Albus - Revirou os olhos voltando a leitura de um livro que estava sobre suas mãos, um encardenado preto com folhas amareladas e cheiro de livro novo.
-Como está a senhorita Granger? - Engoliu o pão em seco, e respirou fundo.
-Dormindo - Não se opôs a dizer mais nada do que o principal estado da garota neste momento.
-Por que sinto que há algo de errado e você não quer me contar? - Sentou-se de frente com o neto tirando o livro da mão dele - Seu avô recusou este belo corpo e uma noite muito quente por um livro, então, vamos deixar esse aqui para não ter risco de incêndio - Sorriu olhando o moreno que tinha uma expressão de nojo e tacho.
-Poderia ter evitado o comentário desagradável sobre sua relação com Geralt - Fez gestos de vômito enquanto comia mais um pedaço de seu pão.
-Você está preocupado com ela posso ver, mas por que está triste? Suas expressões não me enganam - Levantou os olhos para o mais velho e respirou fundo.
-Tudo isso - Apontou em volta - Eu, ela, a floresta, tudo fora apenas o destino, sem ele nunca iríamos nos conhecer, eu nunca sentiria isso por ela, fora apenas o maldito destino, é uma farsa - Virou o conteúdo de seu copo, e no momento desejou ser algo mais forte.
-Não pense assim, sim o destino teve uma pequena intervenção, mas não deixe que ele destrua seus sonhos, você já se decepcionou com uma mulher, não deixe o destino fazer o mesmo - Avisou o mesmo que apenas encarava seu prato.
-As vezes eu apenas queria tentar ser feliz sem ninguém no caminho - Levou o novo pedaço de pão a boca e mastigou devagar.
-Me conte o que está sentindo - Fez que não com a cabeça - Tudo bem, então vou contar como fora ontem a noite enquanto você dormia - Severus engasgou com o pão e fez gestos com a mão enquanto tentava se recuperar do pão entalado em sua guela - Eu entrei no quarto e fora para o banho e depois sai apenas de toalha, Geralt estava...
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Euphoria (Snamione)
FanfictionNão amo porque é fácil; Porque tudo acontece do jeito mais tranquilo; Não amo porque tudo colabora; Porque nada sai do seu curso ou porque tudo conspira a favor. Amo por que amo, respiro porque respiro; Então pra que tentar entender? Se como o ar qu...