É incrível como é que um pequeno pedido e objeto consegue mudar o estado de espirito de duas pessoas tão drasticamente em tão pouco tempo. Ambos Erin e Joui estavam devastados nas horas anteriores, simplesmente perturbados com a aparição daquele bicho. Mas agora, exatamente um dia depois do monstro ter atacado a americana, nem ela nem o noivo lembravam-se da tal criatura. Tudo o que importava neste momento eram eles e apenas eles. Erin passou a viagem até o aeroporto numa euforia sem trava. Ela cantava, ela ria, ela constantemente apreciava o anel que tinha no dedo, ás vezes, ela simplesmente agarrava a cara do futuro esposo e beijava os lábios sem piedade ou aviso. Joui, por outro lado, era menos aberto com o que tinha acontecido. Era claro que ele estava muito mais feliz do que o normal, o sorriso enorme na cara que ele não conseguia conter desvendava exatamente isso. Mas a sua natureza mais reservada e o cansaço de uma longa e dolorosa noite não o permitiam cantar e rir como a sua noiva.
Eles andaram por meia hora até chegar ao aeroporto, vários homens e mulheres de diversas idades e etnias a entrar e a sair da grande construção. Amigos a cumprimentarem-se com fortes apertos de mãos e abraços, mães a beijar e abraçar os filhos com lágrimas nos olhos. Casais a beijarem-se amavelmente depois de meses sem se verem. Mas, apesar desta multidão constituída por várias emoções, um homem se destacava. Olhos azuis, cansados e sérios, boca pequena e serrada, cabelo longo cor de chocolate caído até os ombros. Ele estava a acenar e quando ele notou que o casal tinha reparado nele, o homem começou a andar na direção deles. "Jouki. Parker. Onde estão os outros?" Esta voz era familiar, mas aquela cara era completamente desconhecida.
"E você é...?" Joui perguntou enquanto levantava uma sobrancelha.
A cara do homem não mudou de expressão. "Aaron."
"Ooh o Aaron." Desta vez Erin. "Tu sabe que nos pode tratar por Erin e Joui, né?"
"Sei." Um momento de silencio constrangedor infiltrou-se entre eles.
"Huuumm... Pois... e cadê os menino, mesmo?" A Erin perguntou tentando ao máximo destruir o silencio.
Aaron suspirou. "Não sei. Eu pensei que eles viriam com vocês."
"Nope, nós vimos diretamente de minha casa." Joui explicou.
"Hmm, então vocês namoram?"
"Um pouco mais do que isso, neste momento." A americana disse com um sorriso enquanto a sua mão conectava-se com a do noivo.
O português segui a mão com os olhos e reparou no anel, a expressão na cara mudou imediatamente. Ele ficou perturbado com aquela visão e, um segundo depois, com raiva nos olhos, Aaron olhou nos olhos do japonês e socou-lhe a cara. "Tu és doido, Jouki?!" Ele gritou, fazendo toda a gente na área olhar para eles. Aaron reparou em todos os olhos neles e agarrou o Joui pelo colarinho puxando-o mais perto para murmurar. "Nós vamos numa missão e tu pedes-a em casamento?! Tu és doido?!" Nesse momento ele sentiu uma lamina no estomago a pressionar na pele. Ele olhou para baixo e rapidamente para os olhos verdes da dona de tal lamina.
"Cê vai o largar imediatamente."
Aaron ficou a olhar para eles antes de largar o japonês com um pequeno empurrão. Por sua vês Joui precisou de um segundo para se equilibrar, Aaron pelo menos sabia dar um bom soco. "Vocês não entendem?! Essa merda só nos vai atrapalhar! Nós precisamos de toda a gente a cem por cento com a cabeça na missão, não na merda de um anel!"
Foi nesse momento que a Beatrice e o Dante saíram do mesmo Cooler e andaram até o grupo. "Hey, pessoal!... Quem é este?" Beatrice perguntou sendo completamente ignorada.
"Isto é mais que um anel, Aaron!" Desta vez Joui. "É uma razão para voltarmos vivos de Portugal!"
"Aaron? Anel?... PERA, ANEL!?" Outra vez Bea que rapidamente olhou para o dedo da amiga ruiva, que, discretamente, estava a guardar a adaga que tinha sacado. A boca da mulher com sardas e do irmão abriram, ambos a olhar para o anel incrédulos.
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A Espada e a Granada
Любовные романыO mundo de Ordem Paranormal é brutal, o que menos falta para seus personagens é ver sangue de amigos e amados derramados por criaturas que nós nem conseguimos compreender. Mesmo assim, há pessoas loucas o suficiente para arriscar e criar novas amiz...