Capítulo 1 Pesadelos

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O clima era escuro e frio, era impossível ver alguma coisa sem uma lateral à frente dos olhos. Era Joui, Erin, Tristan e a Beatrice. Eles escolheram subir as escadas daquela casa estranhamente vazia e investigar o que lá havia. Vocês podiam jurar que haveria alguma coisa lá dentro, talvez um demônio, um espírito, talvez poderia até ser uma daquelas pobres criatura que os Ocultistas adoram criar e trazer do outro lado... mas não. A tão famosa 'Mansão Endiabrada', a casa que nenhuma pessoa que se tenha lembrança viveu lá mais do que uma semana, era completamente vazia... ou achavam eles. Porque infelizmente... não era assim tão simples. Enquanto o grupo 2 estava a investigar a sala de música da mansão, passos começaram a ser ouvidos... passos pesados, firmes, aterrorizadores... Imediatamente o grupo escondeu-se debaixo dos vários instrumentos e apagaram as lanternas que tinham nas mãos, e os passos pararam. Um minuto se passou. E Tristan olhou para Joui que, mesmo com dificuldade em ver o amigo, abanou a cabeça negativamente. Mesmo assim, sendo o mais silencioso possível, Tristan foi ao pé dele com a glock em mãos e perguntou sussurrando. "Hey Joui, o que vamos fazer agora, mano?"

"Espera mais um pouco Tristan." Ele sussurrou de volta.

"Mas não tem na..."

"Só espera!" Tristan calou-se, e acenou com a cabeça positivamente. Um... dois... três... três minutos se passaram, não se ouvia uma única coisa a mais. Tristan olhou para o Joui como se estivesse a perguntar qual seria o próximo passo, e Joui, ainda um pouco relutante, acenou com a cabeça fazendo o Tristan sair do esconderijo e olhar de canto de olho para o corredor.

"Oh não." Ele suspirou, a sua cara rapidamente se transformou em terror puro. "Oh não, eu não acredito. Oh meu deus!"

"Que foi?!" Joui rapidamente saiu do esconderijo e olhou para o mesmo sítio em que o Tristan estava a olhar... nada, isso fez o homem repleto de queimaduras começar a rir à gargalhada. "Tristan! Não faça isso, meu deus!"

"Hahaha! Desculpe Joui, mas valeu a pena só por sua cara! Cê devia ter visto!"

O japonês rolou seus olhos e falou para dentro da sala. "Podem sair meninas, não há nada aqui."

"Awww." Erin disse saindo debaixo da bateria. "Eu queria explodir qualquer coisa."

"Noutra altura Erin, ainda temos de explorar este andar." Joui disse. "Eu vou à frente."

"Ah não não vai!" Erin imediatamente comandou. "Quem vai à frente sou eu, é eu tenho a shotgun."

"E eu tenho a espada!" Joui refutou imediatamente.

"Sim, mas você também tem o arco e flecha, você atira com isso e consegue acertar no bicho. Eu atiro com a shotgun e acerto o bicho e vocês junto!" Ela disse fazendo o japonês levantar o dedo para refutar mais uma vez mas palavras não vieram à sua boca.

"Ahgh! Tá bem, você vai à frente... mas tenha cuidado por favor." Erin sorriu... meu deus, O Joui amava aquele sorriso, era perfeito... ELA era perfeita, bonita, decolada e a seu gosto em armas não deixava a desejar nada. Joui, para ser honesto, ganhou uma boa crush na ruiva, mas não sabia como lhe dizer.

A Erin acenou com a cabeça com o seu lindo sorriso e virou as costas, começando a andar lentamente com a shotgun nas mãos. Até que, do nada, ela parou no meio do caminho. "Mas o que é que...? Hmmm?!"

"Erin? O que se passa?" O Joui perguntou, mas ela não fez nada além de começar a... subir? O que se passa?

"Joui ajuda! Joui!" Imediatamente, o Joui virou-a para a encarar e quando o fez... Bem... ele desejou nunca ter feito isso, ele sentiu um pedaço da sua pouca sanidade restante a se despedaçar aos bocados. A Erin tinha um enorme sorriso forçado na boca, enquanto uma lágrima de dor corria a sua bochecha. "Joui AJUDA!" Ela gritava em dor enquanto subia cada vez mais.

Joui, em um instinto protetor, puxou-a para baixo fazendo ela gritar ainda mais, e olhou para trás gritando. "AJUDEM CARALHO..." niguem estava lá, sem Tristan, sem Beatrice... ele estava sozinho com uma Erin a sofrer. Ele rapidamente ignorou a abstinência de seus amigos, eles podiam esperar, e olhou de volta para a cara de Erin. Agora sangue sai-a de suas bochechas abertas e dois dedos invisíveis, agora visíveis por conta do sangue poderiam se ver. Os dedos por um momento largaram as bochechas só para agarrar a parte superior da boca dela... um momento depois... já não havia cabeça, já não havia a bonita cara que Joui tinha se apaixonado. "NÃO!"

                                                                                             ...

"NÃO!" Joui acordou... na sua cama, seguro, suor frio a escorrer pela sua cara. Ele rapidamente olhou e pegou o seu telemóvel na sua pequena mesa de cabeceira e foi aos contatos o mais rápido possível. Erin era um deles, ele clicou e a famosa tela de chamada apareceu antes que ele pudesse espetar com o seu telemóvel na sua orelha. "Anda lá, anda lá! Atende caralho!" Uns momentos depois o telemóvel foi atendido por ninguém menos que a mulher que tinha morrido nos seus pesadelos. "Erin! Você está bem?!"

"Hmmm, o quê? Joui? São três da manhã?"

"Você está bem, Erin?!"

A mulher ruiva bocejou e suspirou. "Sim Joui, é claro que estou. Por que é que não devia estar?" O Joui suspirou aliviado.

"Graças a deus. Cê sabe que eu te amo, né?" Ele disse ficando completamente vermelho.

Ela riu, mas ele sabia que ela também estava corada no outro lado. "Sim Joui eu sei. Também te amo, tá? Foi por isso que me ligou?"

"Não... quer dizer, também. Eu tive um pesadelo bem... traumatizante, só queria saber se você estava bem."

Ela ficou calada por um momento. "Quer falar sobre ele?"

"Não... Você vai ficar pior que eu, e você precisa dormir, amanhã é um grande dia. Até amanhã Erin, te amo."

De novo... silêncio por uns momentos. "Tá... também te amo Joui, até amanhã." O Japonês desligou o telemóvel e voltou a deitar-se, mas as imagens aterrorizantes de ver seu amor morrendo da mesma forma que um de seus amigos tinha morrido, ficaram fundidas em sua mente... Ele não dormiu um segundo mais.

A Espada e a GranadaOnde histórias criam vida. Descubra agora