Cap 7: Doom

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Erin acordou presa nos quentes braços de um Joui adormecido, ela sorriu, era realmente incrível como o Joui a abraçava daquela forma. Era como se ela fosse a sua pequena filha que devia ser protegida do mundo cruel que eles viviam. Era no mínimo compreensível, Joui perdeu demasiadas pessoas para não se preocupar com a segurança de quem ama, Erin podia simplesmente se sentir honrada por estar na 'lista' dessas pessoas. Ela deu uma suave beijo na testa do homem e, lentamente, tirou o braço de cima de si mesma. Silenciosamente ela levantou-se da cama e esticou-se fazendo as costas estalar, ela ligou o seu celular que estava na pequena mesa de cabeceira. 5:01. Estranho... Erin não se lembra de adormecer assim tão cedo, e não era normal dela de acordar naturalmente, ela sempre precisou de uma musica aos altos berros para a fazer despertar. Ela abanou os ombros e atirou o telemóvel de novo para a comoda depois de ir à sua pequena mochila pegar numa muda de roupas que ela tinha preparado de prepósito para o caso de querer tomar um duche de manhã. Ela entrou na pequena casa de banho que seu namorado tinha e se dirigiu para o chuveiro, ela ligou a água, ela despiu-se e no momento que o liquido ficou quente o suficiente para ela,  Erin entrou no chuveiro suspirando de alivio. É bom tomar um bom e velho banho quente de vez em quando, ter tempo para si mesma, acordar ao seu tempo e ritmo, pensar nas coisas com o suave som da água a cair no chão. É relaxante... Mas, apesar de ser um momento relaxante, a mente da Erin começou a correr a mil nesse momento. Ela não se sentia mal, mas também não se sentia bem... ela sentia-se... estranha, como se algo não estivesse no sitio certo.  Algo não fazia sentido... mas o que?

Depois de uns minutos de água a cair sobre seu corpo ela ouviu a porta da casa de banho a ranger, ela rapidamente, com um sorriso enorme e brincalhão na cara abriu a porta deslizante do chuveiro e pôs sua cabeça de fora, pronta para mandar o Joui embora mesmo se ele se tivesse a cagar por inteiro. Mas, em vez de ver a cara do homem que ela amava ela não viu ninguém nem nada... aliás, a porta nem estava aberta por completo, estava apenas aberta o suficiente para que algo pequeno conseguisse entrar... algo como um gato, ou um cão pequeno talvez uma criança nova. Como uma boa investigadora, Erin rapidamente se lembrou do Espreitador, um monstro que ela e seus amigos tinham matado junto com a poderosa Ivete à um ano. Ela preparou-se psicologicamente e olhou diretamente para a fresta negra, mentalmente mandando o medo que estava a sentir ir tomar no meio do cu. Não foi grande surpresa aquilo não estar ali, a criatura estava morta, Kaiser tinha acabado com o pobre bicho com o melhor tiro que a Erin já o viu atirar. Com isso em mente, a americana suspirou de alivio e, decidindo que já estava a gastar demasiada água a Joui, saiu do chuveiro e vestiu a roupa que tinha escolhido vestir hoje. Uma boa e confortável T-shirt por baixo de um moletom verde escuro, por cima disso tudo ela escolheu um casaco castanho escuro que iria deixar aberto, para suas pernas ela escolheu umas simples calças de treino de cor preta mais para o acastanhado. Erin enrolou uma toalha no cabelo ruivo ainda a pingar e foi de novo para a cama.

Ainda era cedo para acordar Joui, então para ter alguma coisa para fazer, Erin ligou seu computador. Ela nunca pensou que este dia iria chegar, mas ela finalmente decidiu jogar um jogo além dos clássicos. Uma semana antes Erin achou o Doom 2016 na Smoke com uma promoção enorme, ela estava pronta para saltar e ver os próximos jogos (mesmo tendo a certeza de que não ia gostar de nenhum.) Mas antes que ela conseguisse clicar na pequena seta uma imagem do jogo saltou no ecrã do aparelho. Bem... Foi amor à primeira vista. Todo aquele sangue e carne, todas aquelas cabeças de demónios a explodir e a serem separadas do corpo. Era... simplesmente lindo, e Erin não conseguiu resistir à tentação de clicar naquele botão verde que lia 'Comprar para mim.'. Infelizmente, com todas as missões e pesadelos do namorado, a americana não teve tempo nem de ter um pequeno gostinho de todo aquele mundo sangrento... Porque não agora? Quer dizer... desde que ela não tenha som, ela consegue jogar sem acordar o homem ao seu lado, né?

A Espada e a GranadaOnde histórias criam vida. Descubra agora