Kim Taehyung era um detetive afastado de sua profissão devido a traumas sofridos no último caso em que atuara. Entretanto, por uma infelicidade, era totalmente apto para uma onda de assassinatos que surgira de repente. Então, pressionado psicologica...
Depois de muito tempo, voltei com um novo capítulo!! E saiu um teaser dessa fic que deixei na capa desse capítulo (acima do título).
(Caso não consigam acessar esse, o link também está disponível na minha bio do wattpad)
Boa leitura, meus amores!!
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Casa de Kim Namjoon e Kim Seokjin — 03h10min (um dia após o assassinato/horas depois do breve interrogatório)
A madrugada estava tão silenciosa que era possível escutar o canto longínquo dos grilos. O lento movimento do corpo adormecido de Namjoon na cama fazia o cobertor produzir um som irritante na visão de Seokjin. Nunca havia reparado que aquele tecido era tão barulhento a ponto de impedi-lo de pegar no sono. Até mesmo a luz da lua cheia, que adentrava pela pequena fresta da janela, incomodava seus olhos marejados. Era difícil acreditar que não havia fechado completamente a persiana. Tudo naquela noite parecia ser incomum... Os barulhentos automóveis não preenchiam o silêncio da noite e os gatos de sua vizinha permaneciam quietos, sem um único miar.
A respiração pesada de Namjoon mostrava o quão exausto estava. Seokjin o entendia como ninguém. Contudo, não sentia mais seu coração apertar em tristeza quando via o cansaço transbordar no rosto do amado como antes ocorria. Toda aquela empatia havia sumido repentinamente. Com os pensamentos a mil, Seokjin virou sua cabeça no travesseiro a fim de olhar o rosto sereno de Namjoon. Sentia falta dos elogios diários e dos carinhos inesperados... Sentia falta da sensação do esquentar de suas bochechas e orelhas quando o mais novo o beijava.
Em um ato desesperado para senti-lo, Seokjin esticou sua mão até o rosto de Namjoon. Faltava muito pouco para suas peles encostarem, mas sua coragem desaparecera quando o marido soltara um baixo murmúrio. Uma barreira invisível havia sido construída entre ambos conforme os anos passaram-se. Sem perceber, lágrimas começaram a escorrer por seus olhos, que se perderam no rosto do homem deitado ao seu lado. Sim. Pareciam estranhos. Completos desconhecidos que dividiam o mesmo teto. Como haviam chegado naquele ponto?
Seokjin virou-se na cama lentamente para não despertar o mais novo e enxugou suas lágrimas com suas trêmulas mãos. Por causa de uma repentina sede, levantou-se da cama e colocou sua pantufa para ir à cozinha. Certificou-se de pisar com cuidado para não produzir barulho, pois não queria dar explicações sobre seus olhos inchados e nariz rosado. Estava sem paciência para isso. Todavia, o leve remexer da cama fez Namjoon abrir minimamente seus olhos para ver o que o mais velho estava fazendo. Era de seu feitio acordar com pequenos barulhos... E já fazia um tempo que vinha notando a falta de sono alheia.
Seokjin ligou a luz do cômodo e ficou um tempo parado para acostumar-se com a luminosidade. Conforme a água caía do bebedouro e enchia sua pequena caneca rosa, o cansaço parecia tomar controle de seu corpo. Sua boca abriu para soltar um breve bocejo. Deveria estar dormindo há minutos atrás, mas a ansiedade o impedia de realizar o simples ato.