CAPÍTULO 54

3.7K 155 138
                                    

Larissa borreiho

— SOCORRO! —Gritei ao acordar em um lugar totalmente escuro. — ME TIREM DAQUI, SOCORRO! — Fiquei sentada no lugar macio em que antes eu estava deitada. — ME AJUDEM, EU NÃO QUERO FICAR AQUI, SOCORRO!

— O que aconteceu, Larissa? — Vi alguém entrar pela porta e levei às mãos ao rosto por causa da claridade que quase me cegou. — Calma, eu estou aqui. — Percebi que era Gabriel e uma sensação de alívio me percorreu, ele ligou a luz e pude perceber que eu estava em seu quarto.

— Porra, Lessa! — Reclamei levando as mãos ao peito. — Por que você deixou tudo escuro?
— Gabriel sentou-se ao meu lado e me envolveu.

— Só fui levar o médico até a porta. — Ele disse e eu estranhei.

— Médico?

— Sim, você ficou um bom tempo desmaiada, Tainá achou melhor chamar um médico. — Ele me deu um selinho. — Porra, Larissa. Nunca mais faz isso comigo, nunca mais vou deixar você sair de casa sozinha.

Até então, eu não lembrava direito o que havia acontecido, mas logo minha memória começou à clarear e veio em minha cabeça a imagem de três homens atirados no chão mortos, no caso, Rafael, Jefferson e Wilson. Eu ainda me sentia completamente assustada.

Me agarrei fortemente em Gabriel e caí em lágrimas.

— Caralho, Larissa. Não chora, eu não sei lidar com essas coisas. ㅡ Ele disse de uma maneira grosseiramente fofa, fui obrigada á dar um sorriso. ㅡ Mas o seu sei o que fazer. — Gabriel disse e grudou seus lábios nos meus, me dando um leve beijo lento que teve o dom de me deixar melhor. Sequei as lágrimas e sorri para ele.

— Você disse sobre Tainá... Ela... Ela está aí? — Perguntei.

— Infelizme...

— LARI? — Tainá entrou no quarto gritando. — AMIGA, VOCÊ ESTÁ BEM? AI MEU DEUS! — Ela praticamente se atirou em cima de mim, vi Gabriel fazer uma cara nada agradável. — Quando coringa me contou do sequestro eu não sabia o que fazer e aí... — Tainá caiu em um choro intenso.

ㅡ Calma, eu estou bem. — Lhe dei um abraço.

— É, eu salvei ela. ㅡ Gabriel se pronunciou.

— Era o mínimo que você poderia ter feito, seu cabeça de gema. ㅡ Ela o xingou.

— Ah, é? E se eu não fosse a salvar, você iria?

— Eu iria, porque ela é minha melhor amiga.

— Para início de conversa, você nem acharia o local onde ela estava, porque você é burra.

— Burra? Olha o respeito comigo. — Os dois entraram em uma discussão sem fim e eu fui até o banheiro ver como estava meu estado, eu não estava com a roupa de antes, agora eu vestia meu pijama favorito.

E meu rosto tinha alguns curativos.

— Quem mudou minha roupa? — Saí do banheiro e perguntei, os dois pararam de discutir e puseram sua atenção em mim.

— Eu. — Gabriel disse. — Ou você acha que eu iria te deixar com a camiseta daquele mané? — Gabriel disse. — Alias, eu quero saber tudo o que aconteceu lá, Larissa. Você estava sem sutiã. — Estremeci e logo aquelas cenas horríveis vieram em minha cabeça, comecei á passar mal, meu estômago embrulhou.

— Não quero falar sobre isso, Lessa. Não são boas memórias.

— Larissa, se eu pudesse eu matava Rafael novamente, porque eu acho que ainda não foi o suficiente para tudo o que ele te fez. — Ele chegou mais perto e começou a passar suavemente seus dedos pelas marcas que tinham em meus braços, em seguida levou sua mão até meu rosto e começou a acariciá-lo, tomei coragem e olhei nos olhos de Gabriel, eles estavam marejados.

GÂNGSTER POSSESSIVO 1 - Fluxo BAK ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora