Não demorou tanto tempo assim pra que Kim Namjoon notasse que Kim Seokjin tinha adormecido em seus braços.
Quando tentou chamar ele baixinho e o mais velho não respondeu, sabia que ele tinha dormido. Se antes já estava se sentindo calmo, com sensações extremamente boas invadindo seu corpo e seu coração por ver que tinha realmente conseguido acalmar uma possível crise de Seokjin, ficou ainda mais ao ver o rostinho alheio, sereno e adormecido. Não conseguiu não sorrir ao vê-lo com os lábios levemente separados, respirando profundamente, porque o ômega ficou ainda mais fofo assim do que já é normalmente.
Apesar de não querer sair do jardim do hospital, de não querer se separar de Seokjin, Namjoon sabe que não pode ficar com ele aqui, sentado nesse banco no meio do jardim, por muito tempo. Afinal ambos são pacientes e um deles em estado bem grave, justamente o que acabou de dormir. E se ele acordasse e tivesse novamente uma crise? Namjoon teria sorte novamente em conseguir acalmá-lo? E se não conseguisse fazer isso dessa vez? O beta tem consciência das possíveis respostas pra todas essas perguntas, e justamente por isso leva apenas alguns segundos pra chegar à conclusão de que a melhor decisão é levar Seokjin de volta pro quarto o mais rápido possível.
Mesmo que fazer isso esteja bem longe da sua vontade, já que realmente não quer se afastar dele nem por um segundo sequer.
Ao olhar pro seu lado e ver a cadeira de rodas que Seokjin estava usando ali, chega a cogitar a ideia de colocar o ômega sentado ali e empurrar a cadeira até o quarto alheio, mas logo surge o medo de, nesse processo, acabar acordando o outro sem querer. Então, decidido a voltar depois pra recuperar a cadeira de rodas, Namjoon ajeita Seokjin melhor em seu colo e se levanta, andando em direção à saída do jardim com calma e com todo o cuidado enquanto segura o ômega nos braços.
Ao andar pelo corredor, sente olhares em si o tempo todo, curiosos com esse evento inusitado, ainda mais porque é perceptível pelas roupas de hospital que se trata de um paciente carregando outro. As bochechas de Namjoon coram por causa desses olhares, mas se mantém focado em chegar até o quarto do ômega o mais rápido possível pra conseguir fugir desses olhares curiosos.
Por isso, assim que vira a esquina em um dos corredores e enxerga a porta do quarto de Seokjin, chega a suspirar de alívio. Entrando no quarto, vê que ele está vazio, que nem o médico e nem o enfermeiro que estão cuidando do ômega estão por ali. Anda até a cama e, com cuidado dobrado, se inclina, deitando Seokjin nela e puxando um lençol que estava na própria cama para cobri-lo logo em seguida.
Suspirando, Namjoon senta em um dos lados da cama, olhando pro rosto tranquilo de Seokjin e tentando entender essas sensações novas tomando conta de si. Nunca se sentiu tão feliz antes por ver uma pessoa assim, dormindo simplesmente. Nunca sentiu tanta necessidade de proteger alguém como sentiu no momento em que notou que Seokjin poderia ter mais uma de suas crises lá no jardim em que estavam. Nunca sentiu seu coração bater tão forte dentro de seu peito ao abraçar alguém como quando estava com o ômega em seus braços.
Nunca se sentiu tão triste por saber que vai ter que se separar de Kim Seokjin daqui a pouquíssimos segundos pra pegar a cadeira de rodas e voltar pro seu quarto novamente.
- Vocês já voltaram? - Namjoon escuta uma voz soar de repente, assustando-o por ter sido despertado dos seus pensamentos. Ao olhar pra trás, vê o enfermeiro de Kim Seokjin, Park Jimin, entrando no quarto com passos calmos. - O médico do meu paciente me avisou que vocês tinham ido pro jardim, então pensei que vocês dois ainda iam...
O enfermeiro se interrompe quando seu olhar recai sobre a cama e vê seu paciente deitado ali, dormindo tranquilamente. Franzindo as sobrancelhas, Jimin se aproxima mais da cama e, conforme vai caindo a ficha do que está vendo, sua expressão confusa se torna uma expressão de pura surpresa.
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Flowers • NamJin
Fanfiction[EM HIATUS] Bullying. Há três opções: se tornar o agressor, pedir ajuda ou sofrer em silêncio. Hanahaki. Há três opções: ter seu amor correspondido, cirurgia ou morrer por amor. Em ambos, qualquer uma das opções trará consequências, sejam elas boas...