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A exatamente cinco minutos que eu estou olhando para esse maldito papel, pousei a caneta em cima de onde eu tenho que assinar mas simplesmente não consigo!

Minha vida já não é muito boa e depois de casar com o futuro don não vai ficar melhor.

- Porque demora tanto? É só assinar!

Matteo me fez olhar pra ele.

No mesmo instante subi na mesa jogando tudo que havia ali no chão, e sem pensar duas vezes me joguei em cima dele lhe dei muitos socos até minha mão doer.

-Assina você essa porra , porque eu não quero acabar com minha vida ao seu lado.

Enfiei a caneta no fundo de seu olho esquerdo fazendo ele gritar de dor.

- AMANDA! - acordei do meu pequeno transe com um grito, assinei rapidamente e joguei sobre a mesa.

Pronto já posso ir! - me levantei arrumando a minha bolsa.

Matteo se levantou pegando a carteira sobre a mesa

- Te levo em casa .

- Não precisa, meu Motorista está lá em baixo.

- Eu não perguntei vou te levar e pronto.

Suspeirei vendo que eu não poderia fazer nada. Caminhamos em direção ao elevador em silêncio dentro do mesmo eu cruzei os braços sentindo o olhar do Matteo sobre mim, mas me recuso olhar de volta.

Já no carro era a mesma coisa eu mantia meu olhar na janela vendo os pingos forte de chuva caindo sobre ela, eu não iria falar com ele até eu perceber que não estávamos mais no caminho da minha casa.

- Onde estamos indo Matteo esse não é o caminho da minha casa.

- Vamos para o meu apartamento e mais perto. Esta chovendo muito e perigoso dirigir assim!.

Ótimo e lá se vai minha maravilhosa noite! Cruzei os braços novamente.

Quando Matteo estacionou o carro e saímos em silêncio, Permaneci perto do carro enquanto ele ia para o elevador. Ele olhou sobre o ombro e
parou.

- Está pensando em fugir?

Todo santo dia.

Andei até ele.

-Você Me encontraria.

Falei simplesmente.

- Sim. Havia frieza em sua voz. Ele enfiou um cartão numa fenda e as portas do elevador abriram-se, revelando mármore, espelhos e um candelabro pequeno. O elevador deixava claro que não era um prédio normal. Entramos e meu estômago revirou.

Ficar sozinha com Matteo já ruim, mas pensar em ficar sozinha com ele em sua cobertura, de alguma forma, era pior. Este era o seu reino. A quem eu estava enganando? Quase toda cidade era seu império. Ele se encostou na parede de espelho e ficou me observando enquanto o elevador subia. Queria que ele tivesse dito alguma coisa, qualquer coisa mesmo. Iria me distrair do pânico que subia pela minha garganta. Meus olhos voaram até a tela que mostrava os andares. Já tínhamos chegado ao vigésimo e ainda não tinha parado.

- O elevador é privativo. Ele só para nos últimos dois andares do prédio. Minha cobertura é no último e o apartamento de Lucca é no de baixo.

-Ele pode entrar na sua cobertura sempre que quiser?

Luca analisou meu rosto.

- Você tem medo de lucca?

-Tenho medo de vocês dois. Só que Lucca parece mais instável; já você, eu duvido que faça algo que não queira. Você aparenta ser alguém que sempre mantém o controle.

- Às vezes eu perco o controle.

Arrumei minha bolsa sobre o ombro, evitando seus olhos. Essa era uma informação que eu não precisava saber.

-Você não tem nada com que se preocupar quando se trata de Lucca. Ele está acostumado a subir ao meu apartamento sempre que quiser, mas as coisas mudarão agora que estou casado. De qualquer maneira, a maioria dos nossos negócios é tratada em outro lugar.

O elevador emitiu um sinal e parou, então, as portas abriram-se. Matteo gesticulou para que eu saísse primeiro. Saí e imediatamente me vi em uma enorme sala de estar com elegantes sofás brancos, piso de madeira escura, uma lareira moderna de metal e vidro, aparadores e mesas pretas, assim como lustres de vanguarda. Quase não havia cor, exceto por umas obras de arte moderna nas paredes e algumas outras obras de arte feitas de vidro. Mas a parede que ficava em frente ao elevador.

A vista da janela dava para o terraço e para o jardim que ele abrigava, além da vista maravilhosa da cidade. O teto abria sobre a parte principal da sala e uma escadaria levava até o segundo andar da cobertura.

Fui entrando no apartamento e inclinei a cabeça para cima. Corrimãos de vidro permitiam uma visão clara do andar de cima: um corredor iluminado com várias portas.

Uma cozinha americana ficava do lado esquerdo da sala e uma enorme mesa de jantar preta delimitava o espaço entre a sala de jantar e a de estar. Senti os olhos de Matteo em mim enquanto eu assimilava tudo. Aproximei-me das janelas e espiei. Nunca morei em apartamento; mesmo um jardim no terraço não mudava o fato de que era uma prisão no alto, já imagino que deve ser uma merda morar aqui.

- Gostou? Você vai vim morar aqui após a festa do nosso casamento.

- A Sua Namorada Ana Lúcia, quando me mudar pra cá não vou quer ela aqui. - já vou falar logo porque nao quero olhar na cara dela. - e também tente ser um pouco mais discreto com ela por aí por favor, porque além de você eu também tenho uma reputação a zelar ,E não quero pagar de corna por aí. - falei olhando o apartamento, sem coragem de encarar o Olhar de Matteo. por fim parei os olhos em um grande espelho.- concorda?

Está com ciúmes? - Matteo sirguiu atras de mim, Ele colocou as mãos nos meus quadris e eu fiquei imóvel. Apesar de não demonstrar, vi raiva em seu rosto. Mas também notei que não respondeu minha pergunta.

Livrei-me de suas mãos e fui até uma porta de vidro que levava ao jardim do terraço. Virei para Matheo.

- Posso ir lá fora? , quando a chuva passar ?

Ele cerrou o maxilar. Não era idiota. Percebeu quão rapidamente eu me livrei do seu toque.
Não entendo o motivo de sua raiva, ele que va abraçar Ana Lúcia.

- Agora esta casa é sua também.

Olhei ao redor , não tem como eu me sentir em casa aqui, acho que não sentia como se fosse. Nem sei se algum dia sentiria.

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