FOGO CRUZADO

Capítulo 17

REVISADO
    
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Caterina's point of view

Depois do funeral, eu e o Vincenzo fomos até o túmulo dela e ficamos ali por um tempo.

"Sinto muito." Meu irmão diz.

"Por?"

"Por ter te privado de conhecê-la, se eu não tivesse feito isso, talvez você tivesse mais memórias com ela." Vejo o arrependimento em sua voz.

"Tudo bem. Eu já estou assim sem nem tê-la conhecido direito, imagina se tivéssemos um laço maior." Falo tentando amenizar a situação.

Eu sei que o que dói em mim, também dói no meu irmão.

"Queria que tivéssemos mais tempo para sermos uma família."

"Eu também." Digo baixinho mas ele escuta mesmo assim."

"Pode me abraçar?" Pergunto receosa.

"Sempre." Diz me abraçando apertado como se a qualquer momento eu fosse sair de sua vida.

"Não se afaste de mim, okay? Eu sei que errei, mas não posso perder você também, entende?"Me aperta mais em seus braços, ele parecia querer chorar e eu não estava diferente.

"Nunca faria isso, acho que não conseguiria ficar longe do meu irmão coruja." Da um riso fraco e eu começo a me sentir um pouco melhor.

Temos um ao outro. Sempre vamos estar completos.

~ Quebra de Tempo ~

Estava sentada no banco de uma praça, não conheço bem a cidade mas ficava perto de onde eu estava estão me sentei ali.

Queria ficar sozinha para pensar sobre as minhas decisões, o Jun-Woo realmente não está para brincadeiras, e eu muito menos. Qualquer forma que faça ele sofrer, eu vou estar lá pra triplicar seu sofrimento, sou interrompida dos meus pensamentos.

"É engraçado como sempre nos encontramos de repente." Fala o Han-Seo sorrindo abertamente e se sentando ao meu lado.

Era só o que me faltava mesmo.

"Da pra' você me deixar em paz?! Aliás, não deixei você se sentar." Evito olhar em seus olhos.

"Eu soube o que aconteceu. Sinto muito."

"Obrigada."

"Eu gostaria que soubesse que eu não tive nada a ver com isso. Quando eu soube, ele já tinha mandado o cara para o hospital." Fala de um jeito desesperado.

"Tanto faz. Ele conseguiu o que queria, de todo modo." Suspiro.

"Mas você pode me ajudar, com o seu irmão para nos livramos logo do Jun-Woo."

"Por que eu te ajudaria? Meu único interesse é ver seu irmão sofrer lentamente para no final ter a morte mais dolorosa possível."

"Nossa."

"Te assustei?"

"Na verdade não. Me encanta o seu jeito."

E pela primeira vez, fico sem palavras. Não esperava que ele dissesse algo assim, o que me deixou tímida e corada.

Odeio essas malditas borboletas no estômago.

"Uhm." O clima começou a ficar estranho e de repente eu sinto sua mão em minhas costas, fazendo um leve carinho ali, olho para ele na hora e quando ia falar alguma coisa, o mesmo se adianta.