Estou perdendo a esperança
Estou perdendo tudo
Pois se perco a esperança, como vou olhar para o futuro?
Tantos planos, tantos sonhos
Descendo pelo buraco
Tantos esforços tanto tempo
Tudo escapando por entre meus dedos
Serei eu alguém que nasceu só para o sofrimento?
De cabeça baixa ando já faz tempo
Pois minha dignidade foi se embora como que levada pelo vento
Não tenho mais a esperança e a alegria da menina.
Aquilo que nos faz acreditar em dias melhores, capacidade que só uma criança tem.
A mulher que existe em mim está desprezada, preterida, jogada fora como uma casca de banana, ou o papel de presente que a gente amassa e deixa de lado quando ganha um brinquedo novo.
O que me resta?
O resto do resto.
Como foi que me tornei merecedora de migalhas?
Algum ser humano merece mesmo viver dessa forma?
Me olham por cima pois me tornei um nada.
Esses olhos tristes dessa vez perderam o brilho.
Para sempre
Pois deixei de acreditar em dias melhores.
Quando você mata o sonho e arranca a dignidade, você mata também a esperança.
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Memórias da Menina
PoezjaMemórias em formas de versos sobre uma menina que foi desaparecendo. Suas tristezas, alegrias, momentos importantes, primeiro amor, decepções e segredos.
