• 5. O que leva ao laço matrimonial é a consideração pessoal e particular que temos um com o outro.
Conforme os dias passaram, eu consegui me adaptar cada vez mais em casa, às vezes ajudando nas tarefas do dia, ou até mesmo ficando à toa com Kiara e Yan. De noite, era sempre o mesmo, todos os 4 pombinhos se apossando de Simon.
Viver em uma mansão bonita era um sonho realizado, mas junto a ele e os outros amantes, tornavam as coisas muito melhores.
Momentos assim me faziam sentir na pele — outras vezes nem tanto — como era ser amada. Eu já não exigia tanto que Simon se desse ao trabalho de vir me acordar, eu me saia bem vivendo na casa, e até mesmo era eu quem o acordava com ternura.
Dias como esse me faziam levantar da cama em um pulo! Vesti um blusão confortável e sabia que agradava excepcionalmente o próprio Simon, desci as escadas correndo, eu sei, era perigoso, mas consegui alcançar a porta de seu quarto logo de manhã. Dei algumas batidas na porta e ouvi um murmúrio de volta, lentamente eu abri e vi o amor da minha vida deitado, acabado, talvez só lhe restava a alma.
— Sono...
— Já é hora de acordar!
— Saudades do café na cama...
— Nem pensar! Vamos, já devem estar te esperando.
Confesso não ser a mais delicada com gente sonolenta, mas tentava acordá-lo o mais feliz possível. Ele se movia de um lado para o outro e respirava fundo, tentei massagear os seus ombros até que estivesse bom por completo para se levantar. O que não aconteceu.
— Vamos! Pelo menos até o café da manhã.
— Não... Sei se é possível.
— Ah, o que eu faço com você, hum?
Propositadamente, deslizei minha mão por dentro da sua blusa e arranhei levemente suas costas. Uma parte indecente de Simon gostava daquilo, ele já havia se arqueado e arregalado os olhos.
Aproveitei que estava surpreso e o encarei entristecida.
— Vem, vem, vem — me cedia repentinas vezes aos seus lábios, como beijinhos de bom dia.
Quando finalmente estava tirando um sorriso desajeitado dele a porta abre bruscamente.
Na entrada estava Maya um pouco descabelada e ofegante, já sei o que ia dizer: "Daisy, eu não me importo se você passar fome".
— Mas deixe o Simon ir comer, garota!
— Eu estava justamente chamando ele!
— Você está atrasando ele, vamos, saia — ela me afastava dele, e descaradamente cuidava para que ele acorde delicadamente.
Eu ainda segurava sua mão enquanto ela cuidava dos mimos. Não senti que ele estivesse indiferente quanto a Maya ou a mim, por quem era acordado ou de quem recebia esses beijos.
— Se eu soubesse teria te dado café na cama!
Maya e Simon estavam bem, então não havia o porquê de estar ali.
Tentei não fazer questão de incomodar e saí o mais rápido que pude, já me encontrava na cozinha e para a minha surpresa: todos já haviam comido. A mesa do café ainda estava lá, mas eu tinha perdido a fome, droga aquela garota estragou o meu dia mais uma vez.
E não é de hoje, antes sempre questionava tudo o que falava, me vigiava de canto em canto, e me afastava quando pudesse do meu namorado. Criava uma barreira sólida entre ela e o resto dos namorados, e por incrível que pareça era perfeitamente normal para eles.
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Poliamor
RomanceMe apaixonei por uma pessoa adorável - eu juro - e contava com ela para me fazer feliz, o que eu não sabia mesmo era não ser a única da relação. Minha assinatura nesse contrato era essencial para ter ao meu lado quem eu queria, e eu não ficaria sozi...