Eu estava no aeroporto já fazia uma meia hora. Eu estava impaciente, nervosa, ansiosa, com medo, animada e muito, mas muito feliz. Finalmente eu conheceria Charlie Gillespie pessoalmente.
Eu só conseguia pensar na conversa que tivemos há três dias sobre como a gente queria transar. Em como eu queria muito poder sentir seus lábios nos meus, suas mãos me tocando e eu gemendo seu nome enquanto ele me fodia deliciosamente. Mas eu tinha que bancar a boa moça pelo menos até chegarmos em casa.
Como ele não conhecia nada do Brasil e nós queríamos ficar juntos, aproveitei que minha amiga, que eu dividia um apartamento, estava viajando e o convidei para se hospedar em casa. Ele aceitou de bom grado, então combinei de pegá-lo no aeroporto de São Paulo quando ele chegasse dos EUA.
Era sábado de tarde quando ele chegou. Eu estava sentada mexendo no celular, conversando pelo whats com minhas melhores amigas, enquanto elas tentavam me distrair para eu não ter um treco. Após uma hora esperando, vi no painel que o avião dele havia aterrissado, então levantei da cadeira que eu estava e fiquei em pé procurando ele no meio da multidão.
Não foi difícil encontrá-lo. Aquela carinha de menino lindo com um sorriso que faz qualquer um se derreter estava bem ali, a alguns metros de mim. Ele estava com cara de perdido, mas não parava de sorrir e isso me fez sorrir também.
Charlie estava com o seu moletom da série Cobra Kai, uma bermuda bege e um tênis vans preto. Era Julho, fazia frio em São Paulo. Eu estava com um conjunto de moletom azul da adidas e meu tênis vans preto, também (o meu favorito, diga-se de passagem).
Me aproximei dele e o chamei de uma forma discreta. As fãs ainda não sabiam que ele viria ao Brasil. Ele não tinha contado a elas. Mas mesmo assim eu não queria chamar atenção de outras pessoas.
- Hey, canadense! - Chamei-o assim. Fazia parte de umas das nossas brincadeiras de inventar apelidos um para o outro. Ele olhou em minha direção, me encontrando finalmente e sorriu.
- E ai, garota brasileira. - Ele disse vindo em minha direção. Sorri para ele e ri quando ele todo atrapalhado, largou suas malas no chão para me abraçar. - Prazer em te conhecer, finalmente. - Ele disse rindo e eu o acompanhei.
- Prazer em te conhecer, Charlie. - Sorri e dei um beijo em sua bochecha. - Pronto para sua aventura no Brasil?
- Estou mais do que pronto. - Ele respondeu sorrindo, pegando novamente suas malas. Eu ajudei pegando uma mochila e caminhamos em direção ao estacionamento, aonde estava meu carro.
Colocamos suas malas no porta malas e entramos no carro. Após colocarmos o cinto olhei para ele e perguntei:
- Me diz, o que você quer fazer primeiro? - Eu olhava para ele e não conseguia parar de sorrir. Não parecia real, mas era. Eu estava com Charlie dentro do meu carro.
- Me diz você, o que quer que façamos primeiro? - Ele me respondeu com outra pergunta.
- Você é o convidado aqui, logo você decide. - Argumentei e ele riu.
- Mas você que mora e conhece muito bem aqui, então você decide. - Ele rebateu.
- Está bem. - Concordei e rapidamente me veio um lugar na mente que talvez ele adoraria conhecer. - Vou te levar a um lugar que me dá paz. Digamos que é meu porto seguro. - Falei, ligando o carro.
O lugar demorava mais ou menos 1 hora e meia para chegar. Era fora da capital, então tinha que pegar estrada. No caminho, conversamos sobre como sua viagem tinha sido tranquila, apesar de ser 16 horas dentro de um avião e logo colocamos algumas músicas para tocar.
Quando chegamos ao local, estacionei o carro perto de uma tendinha e nós compramos duas garrafas de água, pois iríamos precisar. Caminhamos por uns quinze minutos para chegarmos até o topo do morro. Nós estávamos em São Roque, no morro do Saboó. Eu fui para lá algumas vezes quando eu queria me desligar totalmente do mundo. Era só a natureza e eu. Quase ninguém subia até o topo, então era uma tremenda paz.
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Friends with benefits
FanfictionCharlie Gillespie me conheceu pelo instagram quando depois de meses ele finalmente respondeu as mensagens que eu havia enviado para ele. Depois de três meses conversando com ele, finalmente o conheci pessoalmente quando ele fez uma viagem ao Brasil...