Charlie Gillespie me conheceu pelo instagram quando depois de meses ele finalmente respondeu as mensagens que eu havia enviado para ele. Depois de três meses conversando com ele, finalmente o conheci pessoalmente quando ele fez uma viagem ao Brasil...
As primeiras semanas longe da Gi não foram tão difíceis como eu imaginei que seria. Acho que porque minha mente ficou ocupada quase a maior parte do tempo, pois nos primeiros dias eu aproveitei para rever meus amigos que moram em LA e depois minha mãe e meus irmãos passaram um tempo na minha casa me fazendo companhia.
Eu e a Gi sempre nos falávamos por mensagem, as vezes fazíamos chamadas de vídeo antes dela dormir e com o tempo combinamos de toda semana fazermos um encontro virtual pelo skype com direito a assistirmos o mesmo filme, enquanto comíamos e bebíamos algo.
Três meses se passaram e eu estava feliz por pelo menos ter um pedacinho dela. De vez em quando a saudade apertava e a vontade de tê-la, com seu corpo colado ao meu, aumentava, sendo muito difícil para controlar. Contudo, eu conseguia me conter e não fazer nenhuma besteira.
Até que um dia, eu não aguentava mais ficar longe dela e eu daria tudo para tê-la de novo, grudada a mim. O meu coração estava amando e eu precisava dela. No começo eu achava que a distância esfriaria meus sentimentos, mas não. Parecia que não tê-la por perto, só fez eu querê-la mais e mais.
Resolvi ler a carta que ela tinha me entregado no dia que voltei para casa. Eu ainda não tinha lido porque no fundo, eu estava guardando para quando a gente terminasse e eu tivesse alguma coisa nova dela para lembrar.
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Terminei de ler com lágrimas nos olhos. Não aguentei e surtei, criando um plano maluco de vê-la de novo.
Entrei em nossa conversa no whats para ver se ela tinha me respondido. Fazia uma semana que ela estava meio distante, dizendo que estava muito atarefada e sem tempo para ficar no celular. Mas nada de respostas. Ela não entrava no aplicativo há mais 16 horas e isso me preocupou. Tentei pensar positivamente e acreditar que ela só estava muito ocupada mesmo.
Já com tudo decidido sobre o que fazer, liguei para Owen para contar minha ideia, achando que ele me incentivaria, mas não foi bem assim.
- Você está maluco ou o que? Você não pode largar sua vida assim do nada para morar no Brasil só por causa de uma garota. Mesmo que você esteja apaixonado por ela, Charlie. - Ainda bem que não estamos em uma chamada de vídeo, senão ele veria minha careta de indignação por ele não concordar com minha brilhante ideia.
- Mas Owen, eu não consigo mais ficar longe dela. - Contrapus.
- Eu sei, só que essa não é uma solução.
- Então eu posso ir buscá-la para vir morar comigo. - Sugeri feliz por ter outra saída.
- Não, Charlie. Vocês precisam conversar sobre e planejarem devagar. Isso não é algo que se decide do dia pra noite. - Revirei os olhos ao ouvir aquilo, mesmo sabendo que ele tinha razão. - Inclusive, você já oficializou o namoro de vocês?
- Não, eu quero fazer algo decente, porque sei que no Brasil eles pedem de forma bonitinha, não é apenas "somos exclusivos agora".
- Então faça isso primeiro e depois decida como será o futuro de vocês.
